Luzia Stocco
-Sim, respondi,
acho que posso, agora que estamos em 2042, falar sobre aquilo. -Aquilo que
ficara em meu passado, ao menos eu imaginava, vem hoje como uma bala de canhão
à minha lenta memória. Um repórter alto e atrapalhado, postado em pé à minha
frente, pôs-se a gravar, usando um aparelhinho, bem menor que os gravadores de
antigamente. “Senhor Jacobino, pois o senhor era vegetariano? Sei que já faz
muito tempo, mas conte-me os detalhes, por favor!”, pediu-me ele, quase a
implorar. Minha boca, fina e úmida, parecia querer morder as palavras. Minha
voz fraca acompanhava meu olhar apagado, fruto do trabalho do próprio tempo,
que, às vezes é amigo, outras tantas, inimigo. Iniciei a narração sentando-me
lentamente, coisa que também faria o repórter, com agilidade:
Estava eu,
vidrado em meu computador na sala de casa, e Anaãn, meu filho adolescente, em seu
quarto, diante do notebook, jogávamos “merfe”, um jogo on line que envolvia
quatro jogadores. Cismei, de repente, que devia olhar meus e-mails e olhei.
Antes não tivesse olhado. Por que tínhamos que olhar as mensagens a cada hora,
quando estávamos com o computador ligado? Vaidade ou simples curiosidade? Acho
que queremos saber se alguém se preocupou conosco, ou melhor, necessitamos de
atenção! Eis a grande busca da humanidade! Um recado curto “mostre quem és, que eu me mostro a ti!” Curto e seco, o recado completou-se,
num segundo e-mail: “ao pé da Grande Mãe,
tu te revelarás! Vá para o Monte Fúlgido, leve os outros três!” Fui
verificar novamente o remetente, nem sinal do nome. Saí do jogo e desliguei o aparelho,
assustei-me com Bingo, nosso pequeno cachorro, quase invisível a mim nos
últimos tempos, ia pra lá e prá cá. Ainda confuso, apanhei minhas coisas de
acampamento. Anaãn, eufórico, pegou sua mochila com o kit completo. Eu, ele e
os dois outros jogadores, Jubri e Romão, na reserva de Fúlgido, a 630 km da cidade. Nenhum
bilhete à Mara, minha ex-esposa.
Um jato
relativamente silencioso nos deixara próximos à montanha e partira. Fomos
caminhando, sentindo a quietude dos outros e da atmosfera que nos envolvia. À
medida que adentrávamos, pude perceber a selva a minha frente, ao meu lado e
atrás de mim com seus ruídos que aumentavam de intensidade para em seguida aquietarem-se.
Sabe, meu caro
repórter, 2012 quase findando, não fora um bom ano para mim. Eu e Mara nos separáramos, nem sabíamos por
quê. Talvez eu não a entendesse ou vice-versa. Sentia falta da companhia dela,
não sei se ela lamentava a ausência de um homem enfadonho, beirando aos 55 anos.
- Concluí que o entrevistador não estava muito interessado na minha vida
particular, queria ouvir a conclusão da história e não mexia um só músculo. E foi
ele quem pediu que eu detalhasse, embora
soubesse a que fatos ele queria enfatizar. Porém, sendo eu agora, três
décadas depois, um simples idoso, creio ter algumas regalias como a de poder minuciar
as façanhas daquela aventura.
Então, um
zumbido, ainda de mim desconhecido, chegava-me aos ouvidos e meu olhar se
deteve numa árvore alta, suas folhas como longos cílios macios, em tons verde e
gelo, lembravam a cabeça de um cão peludinho. “Até parece o Bingo”, disse eu a
Anaãn, quase a sentir saudades ou compunção pelo cão repelido. Romão lançou um
olhar duvidoso, ainda não acreditava que fora convencido a participar dessa
loucura. Estava prestes a conferir seu bilhete de loteria que jogara antes de
partir. Sim, naquela época ainda havia esses jogos medíocres. Ele agasalhou-se
com sua jaqueta marrom e pronunciou:
- O que tanto
olha essas árvores, Jacobino?
- Curioso...
- Não vejo nada
de curioso nelas, são apenas monótonas! – replicou ele. –E vamos adiante, óh my
God! Que essa brincadeira tenha fim!
Digo-lhe que
Romão, meio século vivido, não era homem que conhecia dificuldades. As coisas,
para ele, eram acompanhadas pela suave brisa da boa sorte. Desde pequeno, assim
vivia Romão. Não via e não sentia aquilo que os humanos geralmente sentem, os
percalços e as expectativas de um porvir. Proprietário de um frigorífico, nada
sabia da loucura, esta companheira solitária, a mesma que, em certas ocasiões,
tira-nos da solidão e nos convida a seguir. Jubri e Anaãn iam adiante, fixados no celular,
não sei se por vício ou pela preocupação com uma futura mensagem, uma pista que
não tardou a chegar: “o que parece, não
é!”
Nesta noite nos
acomodamos em nossos sacos de dormir, comemos o mínimo. Com duas horas de
repouso preferimos caminhar aproveitando a sinalização das estrelas e, ah! que
céu claro, tão claro eu há muito não enxergava, desde que mudáramos do sítio,
ainda criança. Meu filho, deitado, com as mãos sob o pescoço, chamou-me junto a
si, extasiado:
-Pai, deite-se
aqui e relaxe. Aquele deve ser o caminho de Santiago, né? Olha essa claridade,
parece até que acenderam as chamas estelares! – Seus olhos pretos e joviais
reluziram e eu pude ver dentro deles uma vida e uma beleza que não notara até
então. Sorri, satisfeito, quase a esquecer-me o que viera fazer ali. Afinal, a
quê viera mesmo? Outra vez, aquele zumbido...voltei o olhar aos demais, nenhum
sinal de estranhamento. Preferi calar-me, embora tentado a alardear, pensei nos
benefícios obtidos com o silêncio nos últimos anos. Quantas brigas evitadas,
quantas mágoas esquecidas e agora eu aqui, com meu filho, sem a menor ideia de
quanto tempo não ficava assim, junto a ele, sem nada a fazer.
Foi a única
noite a que nos guiamos pelo cruzeiro do sul e constelação de escorpião. Nas
seguintes, céu nublado, breu total. “Cadê a bússola, Anaãn?” “Sinto muito, mas
a esqueci na mesa da cozinha” “alguém se lembrou de trazê-la?” Olhares e
suspiros de desculpas. Uma pontada de medo avançou sobre mim naquele instante,
interrompido por um toque no celular de Romão: “a cabra morreu, eis a senha secreta, guarde, pois precisará dela.
Caminhe. O cabrito sobreviveu”.
Estávamos cada
vez mais confusos. Nossas provisões se esgotando. Na terceira noite uma lua
cheia nos surpreendeu iluminando a trilha e voltou a ocultar-se. Observei que, nalgumas
árvores, em seus troncos e galhos haviam pelos curtos ou longos em forma de
folhas. É mágico e eu as via cada vez mais parecidas com o ser humano, talvez
até mais especiais que nós. Seriam elas pessoas disfarçadas? Eu procurava pela
Grande Mãe, a grande árvore! A escuridão e a vegetação fechada nos amedrontava.
Seguíamos em fila, calados, creio ter ouvido um zunzum de oração. Minha boca
secara, lambi os lábios, como era costume, e apertei-o, sem perceber, também
costume. Um líquido morno umedeceu meu lábio inferior, olhei à mão que levara à
boca, uma pequena mancha vermelha mostrou-me um besouro branco esquisito, agora
esmagado pelos meus lábios. Limpei com o lenço. De repente, surgiu a nossa frente um pequeno
cachorro de pelagem branca, foi caminhando acelerado e silencioso a nos mostrar
o caminho. Seguimo-lo e o medo cedeu lugar ao alívio. Meia hora, passado esse
trecho, assim como ele apareceu, desapareceu!
- Coisa
sinistra, meu pai!!
-É só um
cachorrinho, Anãan, não se preocupe!
-Jacobino, você
sabe que não é apenas um cachorrinho, não é? Indagou Romão, com olhos
arregalados.
Nada respondi. Fomos
subindo por uma estrada íngreme, eu não ouvia a respiração de Romão embora
todos ofegantes, seu porte magro bem o ajudava. Recomposto, achei conveniente
falar:
- A dúvida é,
muitas vezes, parceira da sensatez e há mistérios que ocupam um lugar
privilegiado nas acepções míticas. Não massacre a dúvida, pois pode ser ela uma
aliada da sabedoria.
- Romão, o
cachorro é amigo do homem, esqueceu-se?, disse Jubri, estamos cansados, e sob
pressão nosso inconsciente prega-nos peças, apenas isso! relaxe, homem! Tentando
ser agradável ou camuflando o próprio medo, senti que o mais sereno e
confiante, entre os quatro, era Anãan. – Tudo isso deve ser alguma pegadinha, vamos
aproveitar a chance de escapar do stress urbano e nos divertir, não foi para
isso que viemos?! Minhas férias se findam no domingo. – Ouvindo Jubri, preferi
novamente calar-me sobre o estranho inseto que eu mordera.
– Viva a
aventura, gritei eu, mas não ouvi nenhum eco. Quando paramos novamente para beliscar
algo e descansar, abaixei-me e cavei a terra roxa com as mãos, senti sua
temperatura morna. Enfiei a mão, escurecida pela terra, num dos bolsos, apalpei
uma semente e a inseri no buraco. A manhã viera como um consolo. Um belo
pau-brasil brotaria como uma dádiva divina e seu topo acolheria os ninhos de diversas aves. A semente foi-me dada por meu filho mais velho
que estuda fora e mora em república, “pai, ache um lugar legal e plante pra
mim, depois você me avisa se nasceu!”, porém eu nunca soube se a semente brotou.
-Ei, Jubri!
Nenhuma outra mensagem? – Indaga Romão, obtendo reposta negativa. – E você,
Anãan, alguma dica em seu celular?
-Nada. Estou
aguardando, mas temo que a bateria está por um fiooo...Ei! esperem!! Está
chegando algo! Que sinistro! Pai, Romão, Jubri, vejam essa! Vocês não vão
acreditar! – Paramos de caminhar, percebi que éramos impulsionados por nossos
pés e pernas, sem desejo, sem raciocínio. Somente no quarto dia veio-me tal
percepção. Peregrinos, saímos em busca de algo que talvez não quiséssemos saber.
Sei que, a partir daí, passei a estranhar o comportamento natural dos três.
Romão se amansara com um conformismo imediato. Jubri, com seu sorriso faceiro e
sempre esperto, agora em letargia. Alguma coisa estaria terrivelmente errada.
“Continuem caminhando. Cheguem ao alto da Grandona. O
que avistará será queimado. O açúcar, transmutado...mantenham segredo”. A quarta mensagem. Não entendi
o que poderia haver de sinistro nessa mensagem, como Anaãn bazofiara. Os três
continuavam conectados ao mundo lá fora, não sei como. Parecia que ninguém
queria discutir o assunto, fugíamos de suposições e qualquer hipótese denotaria
uma quebra do segredo ou da magia que emanava do lugar e da nossa singular situação.
Tampouco a redução do alimento parecia preocupá-los. Não conseguiam enviar mensagens ao remetente
misterioso, nosso carrasco, ou quem sabe, salvador. Observei Jubri concentrado
em algum jogo no celular, descansava suas costas num tronco, parecia alheio
àquela nova realidade. Em seus 35 anos, prevalecia uma beleza nobre, a tez
escura realçava com suas vestes claras,
um sorriso acolhedor. Naqueles dias eu o via cada vez mais compenetrado no
universo virtual e confesso que estranhei a conexão quase perfeita desses
aparelhos, apesar das montanhas.
O cachorrinho
voltou a aparecer e a nos acompanhar dia a dia. Já não havia lua cheia, nem
estrelas. Prosseguíamos perdidos ou por intuição. Somente ele aparecia, de
quando em quando, com algum alimento na boca.
- Pai!! Gritou
Anãan, vocês não estão vendo? Pelo amor de Deus, este é o mesmo trecho que
passamos nas últimas noites. – Passou as mãos pelos cachos sujos de seu cabelo
e abaixou a cabeça, foi em direção ao cão, tentou tocá-lo: e é no mesmo lugar
que o cachorro aparece, semmmpreee... Cambaleou e caiu desmaiado, no instante em
que o cão desapareceu ao ser tocado pela mão, agora pálida. Assustados, topamos
uma árvore, que de tão grandiosa, assombrava-nos. Acudimo-lo com a lanterna de Jubri
e o carregamos até ela. Confuso, mas ainda lúcido, o garoto logo se recuperou
com o pouco d’água que sobrara. Animais silvestres e pássaros quase não os
víamos, agora.
Habilmente,
afinal já fora escoteiro, meu filho subiu à Grandona - sabíamos que era aquela árvore -, como nos disse a
mensagem. Seu tronco, de casca preta e úmida, abrigava em seu corpo galhos e
troncos de outras espécies. Abaixo, um buraco grande, próximo à raiz, parecendo
uma vagina aberta, na qual Anaãn quase caiu dentro; ao lado deste, um tronco
retorcido, que em relevo parecia uma criança nascendo ali. Algumas partes do
tronco estavam descascadas, mostrando sua carne branca, enrugada. Muito velha.
Seria a Grande Vó ou a Grande Mãe?! Figura arquetípica!?
- Gente! É um canavial!!! – lá do alto advertiu Anaãn, agarrando-se aos
tortuosos galhos. -Um canavial?
Droga! Exclama Jubri, desanimado pelo fim da bateria do seu celular. – O que
faz um canavial aqui?
- Não há ninguém
para cuidar dele, disse Romão, enquanto nos aproximávamos das canas. - Quem plantou, plantou e só volta pra cortar,
sete meses depois; tentei usar minha racionalidade, que já era ínfima. Chamei
meu filho e estiquei os braços trazendo-o de volta ao chão, lancei uma olhadela
e captei a pouca expressão de Romão e a neutralidade de Jubri. A fome nos
abatia, as guloseimas escasseavam. Uma pequena reserva para a volta. Umedeci
minha boca, ressecada pela ansiedade e falta d’ água. Nenhum ribeirão ou lago,
a não ser alguns cocos que raramente encontrávamos. A esperança de encontrar o
enigma nos alimentava. “O que avistará
será queimado, o açúcar transmutado!” Eureka, pensei.
Armamos todo o esquema
para a queima das canas, pois acreditei ser o que a louca mensagem pedia.
Ativei minha memória e o conhecimento adquirido na infância, quando acompanhava
minha mãe à roça, tornou possível essa operação. Labaredas estralavam dando a
impressão de que atingiria o céu, avermelhado como pimenta, num calor dantesco.
Suores escorriam pelas nossas peles ressecadas, misturando-se às lágrimas.
- Meu Deus! Vai
pegar fogo no mundo! Exclamou Rubri, afastando-se rapidamente, assustado. A
letargia se fora.
-Não vai não,
gritei-lhe, na tentativa de acalmá-los. - A brisa suavizou!! As chamas estão
diminuindo e perdendo a força. Olhem as canas e sintam o cheiro! Ah! Que
delícia, é melado puro, como mel, vejam! – Lambi o meu dedo indicador e, por um
momento, suavizei meus pânicos, relembrando a minha infância, paralisado agora
por um grito de pavor rasgando a garganta de Anaãn.
Apontava seu
dedo para um vulto no meio das canas pretejadas, envolto nas cinzas. Eu não
podia acreditar. Nosso cachorrinho mágico devorado pelas cinzas. Colocamos seus
restos sob uma pequena árvore, cuja forma apelidamo-la de melancia, em formato
de sombrinha, carregada por melancias minúsculas. Um espetáculo a venerar a alma
do cachorro ou do anjo.
Qual o
significado daquilo? Indagamos, sem respostas. Vi Romão desolado, ombros
caídos, manchas de carvão escureciam seu rosto, braços e mãos. Notei em Anaãn
um abatimento e em Jubri um tremor no olho direito não pronunciado anteriormente.
As árvores ao redor sufocavam e eu podia sentir a respiração ofegante de cada
uma delas, inclusive dos arbustos.
-Elas não usam
roupas apropriadas e tampouco máscaras, pai! – a voz afundada de meu filho
completou meus pensamentos. Visualizei suas roupas rotas e ele coçava seus
braços e pernas.
Pela primeira vez, se esqueceram de seus sofisticados
aparelhos. O meu, do mais simples e necessário, jogara-o no fundo da mochila e
lá ficara a descansar. Quando Romão e o meu garoto se deram conta, as telas
todas apagadas, obviamente, pensei eu, as baterias... já eram!
Anaãn apanhou
meu celular, incrivelmente funcional, no momento em que entrara uma mensagem, a
única e, quem saberia senão a última? “A
cabra não morreu, senha errada, a cobra morreu. O que parece não é. Tu te
revelarás”.
Não compreendia
essa história de cabra. Teriam se confundido na hora de digitar? Alguma coisa
ali possuía significado? Talvez só para mim. As mensagens pareciam endereçadas
somente a mim. E qual a finalidade da senha? Afinal, quem eram eles, ou seria
ele? Ela? Poderia ter sido uma cabra ou cabrito queimado e não o cão, talvez.
Romão e Jubri
saiam à caça e nada, enquanto tentávamos fazer o caminho de volta. Inutilmente.
Ninguém encontrava a saída. A fome nos apertou de vez. Romão feriu-se ao cair
num buraco, socorrido e não se recuperando, logo faleceu.
Sentado à sombra da Grande Mãe, uma luz atinou-me.
Jubri caçava migalhas, eu e Anaãn éramos vegetarianos. Antes que nossa mente
paralisasse e sucumbíssemos ali, no coração do Monte, fiz a única opção que me
sobrou, moço. Você acredita em mim, então? – Deslizando minhas mãos úmidas por
meu cabelo branco indaguei ao jovem repórter, que, silenciosamente, não menos
tenso, me escutava há horas. Subitamente, interpelou-me, uma única vez:
- Sr Jacobino, o
senhor não se arrepende? E o seu filho, não se opôs?
- Anaãn não
tinha escolha. Só temos a agradecer à alma de Romão e ao seu corpo,
incrivelmente saboroso naqueles últimos dias fatídicos. Se não fosse essa
atitude, não teríamos força para retornar à nossa casa e jamais veria meus
netos e bisnetos e nem me reconciliaria com Mara, se eu estou aqui a lhe contar,
neste ano de 2042... Ah! agradeço a confiança
e a discrição de Jubri.
- Mas o senhor
não era vegetariano? – O repórter repetiu a pergunta, impulsionado pela
incredulidade, inerente a sua natureza profissional, emendou outra, desligando
o minúsculo aparelho que gravava. – Ele não era seu amigo.
- Era e sou
vegetariano por amor aos animais, não está incluída aí, a categoria humana, meu
jovem! Eu mal os conhecia, durante a viagem sim, de fato, tornamo-nos amigos!
Descobri quem eu sou, a essência e as limitações. E olhe, o que parece não é.