As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

AMIGO OCULTO


Elda Nympha Cobra Silveira

Recebemos vários e-mails sobre alimentação e um deles recomendando comer alfafa, outro indica, vejam bem, comer capim, também devemos comer milho. Fiquei pensando: deve ser para nos igualar aos animais mesmo, para perdermos essa pose de animais superiores, porque segundo as pessoas que amam os animais, estão nos comparando com eles, mas só que inferiores a eles.Vejam bem:  o cão é fiel ao seu dono, guarda a casa e o perdigueiro leva o homem à caça, o São Bernardo procura as pessoas perdidas na neve e há cães que trabalham como detetives nos aeroportos, farejando as drogas talvez escondidas dentro das malas ou no bolso dos passageiros. Há cães farejadores que ajudam a procurar bandidos. Há também os acompanhantes de cegos. Muitas pessoas solitárias e sem família têm um cão como seu amigo e companheiro, para passear, ir as compras e preencher o  espaço da casa que se tornou vazio, com o passar dos anos. Vamos fazer um paralelo com os humanos. Muitos homens e mulheres não são tão fiéis, porque talvez, a fidelidade não lhes seja inerente.
Se colocarmos alguém vigiando nossa  casa ou mesmo o quarteirão, ele usa seu apito no começo da noite, mas depois é um silêncio total, porque naturalmente estará dormindo. Já o cão de guarda não faz isso. Experimente se aproximar do portão de qualquer casa, ele late e avança sobre o intruso. Se colocarem alguém para procurar drogas num aeroporto é quase certo que esse homem não será da mesma confiança. Como policial ele também não é mais confiável, disso temos certeza.
Se forem acompanhantes de cegos ou pessoas solitárias, muitas vezes, são falhos e ingratos pois sempre abusam da confiança neles depositada.
Certa vez, quando morava no Bairro Alto -- gosto de dizer assim, não me acostumo com Cidade Alta,-- o portão da garagem estava aberto e nosso cachorro escapou. Foi um alvoroço, porque a carroçinha estava chegando. Ela iria  levar o cachorro  ao canil da Prefeitura e a Lei dizia que se os cães capturados não fossem procurados pelos donos dentro do período de quatro dias,  seriam sacrificados. Desta forma se acreditava que não restariam mais cães pelas ruas da cidade.
Como na época tinha uns sete anos de idade,  chorando, montei  no cachorro, que era bem grande, à espera dos homens que o viriam aprisionar. Nisso, minha família inteira já estava na rua e minha mãe me protegendo clamou para os tais funcionários, que assim foram embora. Por muito tempo  passei a me sentir uma  heroína, pois os vizinhos não falavam outra coisa.

Há muitas histórias sobre a fidelidade dos cães como o conto japonês “Sempre ao seu lado” que se transformou num filme americano emocionante estrelado por Richard Gere que fez o papel do professor da universidade de Tókio, que adotou um filhote que chamou de Hachiko, tornando-se grandes amigos. Todos os dias ele viajava para lecionar e o cão esperava que ele voltasse  na estação. Depois da morte de seu dono Hachiko continuou a esperá-lo debaixo de qualquer tempo por dez anos e ficou tão estimado pelo povo, que ganhou uma estátua. São exemplos como esses que nos levam a  comparar os animais com os humanos, que são animais racionais, mas nem sempre têm essa sensibilidade, e parece  até que ela está sendo abafada ou abolida pelo que se lê e se vê pelo mundo.

sábado, 19 de novembro de 2016

FLASHES DO PASSADO

Elda Nympha Cobra Silveira

Que olhar enigmático
Com aquela pose estática
Naquela fotografia.
Dentro do incógnito tempo
Qual seria seu sentimento?
Esperança num futuro alvissareiro?
Devia estar com o coração pleno de amor
Sonhando com sedas e brocados, e
Que a vida só lhe daria vantagens.
Mas ela não sabia que, às vezes,
Tornam-se chitas ou
Panos de  aniagens

domingo, 13 de novembro de 2016

Coluna Social

http://tudoorna.com/tag/ilustracao/

Ivana Maria França de Negri

            A gente se acostuma ao glamour das páginas sociais e não resiste à tentação de dar uma espiada naquelas notinhas no rodapé da página com os nomes dos descolados em negrito. Gente sempre de bem com a vida e de alto astral.
            É incrível como todo mundo do high soçaite é inteligente, elegante e posa com aquele ar de felicidade perene, sempre escancarando o mais largo sorriso, o famoso “colgate”  bem cuidado pelo dentista, brindando nas festas  com flutes de champanhe.
Ninguém, em hipótese alguma, passa por dificuldades ou é infeliz. Todos vencem nos vestibulares e vão às mais badaladas praias do Brasil e do mundo. E pegam sempre tempo bom, em “temporada de sol e mar”. Chuva? Só os pobres mortais não colunáveis é que pegam tempo ruim. Borrachudos, pernilongos, trânsito engarrafado na serra, congestionamentos, filas e falta d’água nas horas de pico também são coisas para infernizar a vida dos comuns.
Socialites não comparecem às festas, eles “marcam presença”. Também não viajam como todo mundo, eles “aterrissam” nos lugares da moda como Miami, Londres, Paris ou Milão. Ou então viajam em transatlânticos e se hospedam em hotéis 5 estrelas. Existe um linguajar próprio para designar os feitos desse povo cheio de charme que curte badalação e vive coberto de jóias. De agito em agito, compram nos brechós de Nova York e assistem aos musicais em voga na Broadway. Também não encaram os paparazzi como qualquer um, eles “acendem os faróis” e vivem “antenados”.
O pessoal da dolce vita não vai ao Play Center mas leva os filhos para os parques da Disney. E no curto-circuito da moda, dão o tom de sua presença nos desfiles das lojas de griffe, sempre bem vestidos, bronzeados – mesmo que o almejado tom seja adquirido com raios ultravioleta em câmaras de bronzeamento artificial.
Também não se mudam de casa simplesmente, eles “inauguram” apês ou abrem as portas da nova mansão para os outros vips e haja flashes para registrar todos os ângulos e o melhor “kolynos” dos convidados. E não se medem esforços para conseguir uma brecha para aparecer. E quando isso acontece, é a glória!
Nesse mundo restrito ninguém fica doente. Doenças são escondidas a sete chaves. Se morre algum figurão, transformam-no logo em santo, pessoa caridosa que emprestará seu nome a logradouros, escolas ou vias públicas, tendo feito trabalhos em prol da comunidade ou não.
Se por ventura alguém some dos holofotes por algum tempo a gente até pensa: “por que será que fulano sumiu dos meios sociais?” Mas um dia ficamos sabendo por outras vias que seu negócio faliu, empobreceu, ficou doente e acabou perdendo todos os “amigos”.  Já colocaram outro em seu lugar, alguém que emergiu e está com a “bola toda”.
No mundo das patricinhas e dos mauricinhos, só se admite glamour e beleza, e não se amofine quem não nasceu com belos dotes naturais, sempre há o infalível “banho de loja” e a eficiência dos bisturis dos cirurgiões plásticos deixando todos lindos e perfeitos.
E como diria o carnavalesco Joãozinho Trinta, sobre o luxo que impera nas escolas de samba nascidas nos morros mais pobres do Rio de Janeiro: “quem gosta de miséria é intelectual, pobre gosta mesmo é de luxo!”.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Foi um sucesso a primeira edição da FLIPIRA - Festa Literária de Piracicaba!

Créditos das fotos: João Carlos Nascimento, Ivana Negri, Leda Coletti, Claudia Assencio,
Luciano Vasconcelos, Reinaldo Diniz e Antonio Donizete Raetano






















Matéria na Gazeta de Piracicaba

Matéria no Jornal de Piracicaba
Matéria no Jornal de Piracicaba
Texto na GAZETA de PIRACICABA











































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