As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

domingo, 31 de março de 2013

LENDA URBANA



Lídia Sendin

Nos bons tempos de outrora, nas tardes tépidas e tranquilas, quando nossas avós colocavam suas cadeiras nas calçadas e ficavam jogando conversa fora enquanto olhavam as crianças brincarem na sossegada rua do bairro, o assunto predileto sempre rondava o inusitado e o impossível.

Parecia que a todos agradava supervalorizar boatos que jamais eram provados e nunca se tornavam fatos. O certo é que essas rodas vespertinas foram responsáveis por muitas lendas urbanas que ora compõem o imaginário popular.

Hoje, não temos mais esses encontros, cada um zela por sua privacidade e sossego, porém não ficamos menos boateiros que nossas avós. Se não temos rodinhas na calçada, temos a internet, que é responsável por muitas lendas urbanas que vão ganhando adeptos, adendos e nuances diferentes a cada e-mail repassado. E dos benefícios da água oxigenada aos perigos do uso do cartão de crédito em postos de gasolina, tudo se multiplica aos milhares e ganha facilmente do prosaico boca a boca de outrora.

Do inofensivo “quem conta um conto aumenta um ponto”, que virava folclore e era usado para ameaçar crianças desobedientes, ganhamos hoje, junto com as lendas que entopem nossos e-mails, a real possibilidade de um perigoso vírus virtual.

sexta-feira, 29 de março de 2013

SEMANA SANTA: TEMPO DE ORAÇÃO, LEMBRANÇAS E SAUDADES


Adenize Maria Costa

Infelizmente há crianças que desconhecem o significado da Semana Santa. Não sei o que é pior porque a Páscoa é associada ao coelhinho que traz um ovo, dois ovos, três ovos assim! Dia desses no ônibus ouvi uma criança já grandinha, de uns oito anos, conversando com a mãe e dizendo que a Páscoa é o dia da festa do chocolate...
Quanta diferença dos meus tempos de criança! Já começava na quarta-feira de cinzas, havia um recolhimento maior, talvez até um respeito maior. Lembro-me que nesse tempo de penitência não podia ouvir rádio, não podia cantar e nem dançar. As quartas e sextas-feiras rezávamos a via sacra na igreja, eram entoados aqueles hinos tristes. As mulheres casadas usavam véu preto sobre as cabeças, as moças solteiras usavam véu branco. Íamos a pé, nós crianças sempre de mão dada com um adulto, para não ir fazendo troça pelo caminho, nada de gritaria, nada de correria, e nós respeitávamos sem muitos questionamentos porque os mais velhos eram muito mais sábios do que nós...
Quando começava a semana da Paixão do Nosso Senhor começava já os preparativos para a sexta-feira santa ou sexta-feira maior, como alguns diziam na época. Os afazeres domésticos eram permitidos até na quarta-feira. Muitas fornadas de pão fazido ( pão caseiro) eram assadas nesse dia, as vezes também broa de milho, a vizinhança sabia que alguém ia acender o forno de barro já ia tratando de preparar a massa de pão para aproveitar o calor do forno. Quinta feira também era santa, o máximo que era permitido nesse dia era fazer a paçoca de amendoim, tradição na minha família até os dias de hoje. Naquela época o amendoim era socado num pilão de madeira, junto com farinha de milho e açúcar. Por ser dia santo os homens estavam em casa, então se revezavam no pilão, às mulheres cabia a função de torrar e limpar o amendoim e durante o feitio da paçoca ir peneirando e separando os piruás, que voltariam ao pilão para serem socados novamente.
À tardinha depois de tomar banho de bacia, de lavar os cabelos e enxaguá-los com chá de sapê, sentava na varanda e minha avó fazia tranças no meu cabelo, na sexta-feira santa não era permitido nem pentear os cabelos... Todo mundo jejuava pelo menos até três horas da tarde. Quem sentisse fome tinha que comer uma lasca de pão fazido, paçoca com café, ou paçoca com banana . A noite tinha procissão. Eu chorava tanto de pensar em Nossa Senhora com uma espada atravessada no peito, eu achava que ela tinha morrido no mesmo dia que Jesus morreu... No Sábado de Aleluia o Padre Henrique vinha celebrar a Missa da Páscoa, quando a missa terminava os homens soltavam alguns rojões e depois tinha baile na tuia. Com um pouco mais de idade eu e minhas amigas íamos ao baile ia para acompanhar as moças porque elas não podiam ficar sozinhas, moça de família não podia andar sozinha. Logo batia o sono e a vontade de ir embora, às vezes voltava pra casa tomando uns beliscões nos braços porque minha prima tinha que voltar pra me levar.
No Domingo de Páscoa comemorávamos a ressurreição de Jesus com toda a pompa e circunstancia que nos era permitida: é claro que não tinha ovos de chocolate, muito de vez em quando a gente ganhava um chocolate que chamava Kicôco que é primo-irmão do Prestígio. Mas a alegria do Domingo de Páscoa estava no almoço junto com os vizinhos, um garrafão de vinho sangue de boi, fazia a alegria da mulherada. A mesa era farta, graças a Deus, porque tinha quase tudo no quintal das casas: leitoa assada, pernil e frango assado, uma bacia de macarronada. Um disco do Renato e seus Blue Caps tocando na sonata, uma grande mesa sendo montada e a alegria de estar todo mundo junto. Pra mim Semana Santa significava isso: solidariedade e união. Havia solidariedade na tristeza e também na alegria. O silêncio significava o respeito pelo tempo santo e a simplicidade na partilha do pouco que a gente tinha santificava a nossa união.
Hoje muita coisa mudou mas a gente não desiste! Continuamos tentando ensinar nossas crianças os valores e os significados desse Tempo Santo, em tempos de processador, hoje é quinta-feira santa, e a paçoca já está pronta lá em casa!

quinta-feira, 28 de março de 2013

AGRADECER



Daniela Daragoni Alves

Não quero pedir nada agora
Somente agradecer
Agradecer pelas coisas que tem acontecido
Coisas que me fizeram melhorar e crescer.

Coisas boas, coisas ruins...não importa
Quero agradecer por todas elas
Cada uma me ensinou a ser melhor do que sou
E o que vale é o aprendizado e não as sequelas.

Não quero cobrar, nem reclamar
Apenas dobrar meus joelhos e pedir perdão
Se por algum momento eu demorei pra enxergar
O que o senhor queria pro meu coração.

Quero apagar todas as dores
Que senti e ainda sinto quando lembro de decepções que sofri
Quero lembrar dos bons momentos, dos amigos de verdade, da alegria dos meus cães quando chego em casa
Quero lembrar só de coisas que me fazem e que me fizeram sorrir.

Obrigada Pai
Obrigada por tantas lições que me deu mesmo sem eu pedir
Pois julgou que eu precisava delas, e o senhor tinha razão...
Pois foram essenciais pra que eu pudesse seguir
E ser feliz!

quarta-feira, 27 de março de 2013

Calou-se a Grande Voz



Myria Machado Botelho

            Emílio Santiago pertence a uma geração de grandes compositores e intérpretes que marcaram a segunda metade do século passado e constituiu, sem dúvida nenhuma,  o tempo áureo e brilhante da música popular brasileira.Nomes que se tornaram legendas da arte musical, quer como criadores, quer como cantores e formadores de conjuntos.São tantos os nomes, autores de choros, sambas e melodias inesquecíveis que, inspirados pelo grande Pixinguinha, com quem alguns ainda fizeram parcerias como Tom Jobim  e Baden Powel, o mago do violão;  Caetano e Gil, Vinicius e Toquinho, Elis Regina, Eliseth Cardoso, Orlando Silva, Sylvio Caldas, Dorival Caymi e tantos outros,dignos todos eles de menções e comentários.   
             Nascido em 6/12/1946 no Rio de Janeiro, o menino pobre que trabalhou desde os 13 anos, estudou direito e foi ali mesmo na faculdade que seus colegas, conhecendo seu potencial, o inscreveram à  revelia, para um festival de canto e composição em que logrou classificar as duas músicas e ganhou o prêmio de melhor intérprete.Também à época, em 1970, graças ao apresentador de TV, Flávio Cavalcanti, que fazia um programa famoso denominado “A grande Chance”  que sua voz se tornou mais conhecida , ao defender no Teatro Municipal do Rio, a música de Altamiro Carrilho “Chiclete com Banana”.
            O talento precoce e natural para cantar, auxiliado pelo timbre inconfundível, de apuradíssima afinação e modulação, tornaram-no conhecido em pouco tempo, numa época em que se distinguiam os verdadeiros valores, levando-o a fazer da voz seu principal instrumento.Dedicou-se à carreira, gravou centenas de discos e conquistou  seu devido lugar como um dos maiores intérpretes de nossa música.
            Elegante, culto e educado, modesto sobretudo, como o devem ser aqueles que conquistam seu espaço  graças ao empenho  e ao valor, Emílio destacou-se e deixou-nos  interpretações  maravilhosas que ajudaram a sonhar e dulcificaram inúmeros de nossos momentos. Impossível esquecer a ternura e o encanto da voz melodiosa em composições como “As rosas não falam”,” Guacyra”, “Brigas”, “Só danço samba”, “Falaram tanto de você”,” Copacabana”,”Viver”, “ É bonita “...  Arte, beleza e paixão que nos deixam enorme saudade e, certamente, vão prevalecer e permanecer entre a soma dos maiores artistas e intérpretes brasileiros!

segunda-feira, 25 de março de 2013

Lançamento da revista do IHGP

Numa noite agradável, nas dependências da Biblioteca Municipal, o Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba lançou a revista de número 19, servindo em seguida delicioso coquetel aos presentes
Composição da mesa: Orlando Guimaro Júnior, Luiz Antonio Balaminut, o presidente do IHGP Vitor Pires Vencovsky  e a diretora da biblioteca Rosana Oriani 
Toshio Icizuca apresentando o livro
Newman Ribeiro Simões, Rubens Braga,  Rodrigo Reis, Cassio Negri
Integrantes do IHGP e convidados

Vitor Pires Vencovsky, Elias Salum, Luiz Antonio Balaminut e Geraldo Claret de Mello Ayres

Valdiza Maria Caprânico e Ivana Maria França de Negri





domingo, 24 de março de 2013

PÁSCOA, CRISTO, CHOCOLATE e COELHO

Maria de Fátima Rodrigues


Quem foi aquele
de longos cabelos,
descendente dos essênios
Uma seita tão secreta
existente há milênios ...
Um judeu nazareno,
seu voto era
o da perfeita pureza
da abstinência e castidade...
e por isso mesmo
tantas vezes desmascarou
os fariseus e suas maldades.

Quem foi aquele
Que refletia nos olhos a simplicidade
E proferia eternas verdades...
da alma e do “espírito que vivifica”
não das aparências
e das palavras que matam.

Quem foi aquele
que desafiou os escribas ...
orgulhosos secretários dos reis de Judá
doutores se achavam das leis de Moisés.
Aquele que ousou enfrentá-los
nas Sinagogas
e apesar de tão jovem,
menos da metade de suas idades,
o fez tão brilhantemente
e com tanta autoridade!

Aquele foi um verdadeiro Homem
de nome Jesus
com a energia de “Cristus”,
a “Grande Luz”.

E é por causa desse Homem,
temido pelos samaritanos e saduceus
e tão amado pelos defensores
da LEI de Deus,
que comemoramos a “Paschoa”.
Antigamente uma festa anual dos hebreus,
em memória de sua saída do Egito ...
E hoje nossa Páscoa
está escrito,
é em memória de um rei!

O rei de uma história
de FÉ, AMOR, LUZ e LIBERDADE.
Uma comunhão coletiva
de nossa própria identidade!

Mas ... existe outra versão desta festa,
dos filhos desta geração...
Pergunte a uma criança
o que é a Páscoa ?
Ela responderá a você:
- Tem gosto de chocolate
   Que pode ser Garoto, Lacta ou Nestlé...
- Tem cara de coelho...
   de pelos cinzas ou branquinhos,
   de olhos pretos ou bem... vermelhinhos!


sexta-feira, 22 de março de 2013

Amar você (em Cristo)...



Raphaela da Costa Jardim Mendonça 
(Senhor, obrigada por me permitir comemorar ao lado do meu esposo mais um aniversário)

Hoje procuro amar você
De modo a agradar o Senhor
Não pra minha ou pra sua satisfação ou vaidade
Nem pra suprir quaisquer necessidades.

Busco agir segundo a vontade de Deus
Em cada área da minha vida, mesmo que não com perfeição
Quase termos perdido um ao outro
Me fez aprender essa lição.

Quando o Senhor diz pra que O amemos acima de todas as coisas
Devemos acreditar
Pois o mesmo Deus que nos dá
Tem poder pra tirar.

A provação tem me possibilitado viver I Coríntios 13:7:
“Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, paciência e esperança”
Para isso é preciso confiar no Senhor
Como em relação ao seu pai age uma criança.
                       
Ainda aprendi com tudo o que o Senhor tem permitido nos acontecer
Antes de qualquer coisa e diante de qualquer situação
A agradecer, e isso a cada manhã
Se um dia primeiro o amei como mulher e agia em função desse modo de amar
Hoje primeiro o amo como irmã...

quarta-feira, 20 de março de 2013

1918... 1939



Ana Marly de Oliveira Jacobino
                                                                                                                           
Pétalas ao vento
Soltas como seres alados
Divagam o futuro no presente,
Cruento no farfalhar do calendário
Lúdico ou não...
Homens apagam os vestígios,
Das guerras entre as nações
Rosas despetaladas
Vermelho sangue.
Canhão e fuzil dão o tom
Morteiro.

terça-feira, 19 de março de 2013

Deus e a ciência


            
                                    Dirce Ramos de Lima

    O cientista não pode provar
    que o Deus dos humildes era falso
    então uniu-se a eles ,
    para provar ao mundo que Deus existia.

    Juntou as fórmulas,
    reuniu os elementos,
    fez todas as operações matemáticas
    que sua mente de sábio  arquitetara                                                                     
    e, foi dando as equações
   uma nova descoberta
   No cadinho ferviam e referviam cinzas,
   nos tubos destilavam e surgiam novos gazes,
   até que um dia,
   para zombar do homem,
   para castigar o homem
   um fluído, incandescente e novo,
   gemeu dizendo: Eis-me aqui, sou Deus!

  O cientista olhava alucinado,
  o coração ressuscitado e jovem
  enlouquecia dentro do peito.
 Murmurava cabisbaixo e estranho:
 descobri Deus, tenho em minhas mãos,
  concreta e visível, a existência de Deus.

 Nesse dia, não havia mais segredos
  pois descobrira com seu saber potente mas glorioso
  o segredo dos segredos,
   porquê dos porquês.
  Era tudo claro e patente...
  A natureza resignada curvara-se ao homem,
  A vida definira-se num laboratório,
  A Fórmula Divina respondia todas as perguntas.

  Então o cientista,
  E todos os homens que creram nele,
  Aturdidos atiraram-se ao desespero
  Pedindo clemência por tão nefando crime.
  Suplicaram a Deus que se fosse de seus olhos para sempre,
  que se escondesse num reino sobrenatural,
  pois desde o dia em que se provou que Deus existia
  deixou de existir Deus no coração dos homens!

sábado, 16 de março de 2013

sexta-feira, 15 de março de 2013

Tradicional distribuição de poesias no Dia Nacional da Poesia

Grupo de poetisas que participaram da entrega dos poemas
Poetisas Leda Coletti e Aracy Ferrari na tradicional distribuição de poesias
Poetisa Maria Cecília Figueiredo entregando um poema

Poesia faz bem à alma!

Ana Clara também gosta de poesia
Ana Clara, Ivana, Ruth e Leda
Tão bom ganhar um poema!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Hoje é Dia da Poesia!


POESIA
Ivana Maria França de Negri

Uso minha poesia
   para me fazer ouvir
Não quero nem saber
   de forma ou escola
Poesia é dor
    é alegria
É realidade
    e fantasia
A poesia protesta
    faz festa
se oculta
     se mostra
Só não pode calar
    pois senão,
o Universo silenciará...

TROVA
Olivaldo Júnior
 
Hoje eu quero, ó, Poesia,
que pessoas façam versos,
e que os versos, fantasia,
façam bem aos universos!
 

POESIA 
Eloah Margoni

Para ela, há que se ter espaço!
como quem, na despensa, guarda o pão
o vinagre e o sabão,
as ervas boas e as apodrecidas.

Poesia é isso tudo:
doce, azeda, alegre, leve,
chorosa, mentirosa,
melosa ou corrosiva.

Nem só de grana vive a alma humana,
Ou de avenidas
Mas também de luz e água,
letras e rimas.



LABOR POÉTICO
Ésio Antonio Pezzato

O Poeta trabalha, e seu duro trabalho
É visto com desdém, como um porto inseguro.
E sua inspiração mais lembra um espantalho
Feito de trapos sobre um monte de monturo.

O Poético Labor não serve de agasalho.
Ao corpo mais aquece o espírito, que é puro.
Cada rima tem brilho e o sol é como o malho
Que traz Força, Beleza e Saber sobre o escuro!

O hipócrita condena os versos do Poeta,
Mesmo assim ele, em transe, as suas rimas medra
E tudo o que ele sente em cantos interpreta.

Só o Poeta consegue em inóspita trilha
De ímpia mina tirar as lascas de atra pedra,
Dar-lhe a lapidação e deixá-la com brilho.

DIA DA POESIA
Leda Coletti

Há comemoração para muitos eventos. Nada mais justo que haja também uma para exaltarmos a poesia.
Nós poetas sabemos o bem que ela nos proporciona. Nos momentos poéticos vivemos novos mundos. Mesmo quando o conteúdo da mensagem exprime dor, ela tem seu valor, pois nesse caso tem efeito catártico.
Há ainda certo preconceito por parte de algumas pessoas em relação à poesia. Criticam a sensibilidade do poeta, que externa por meio de palavras escritas com melodia e ritmo, os seus sentimentos pessoais e interpreta os comportamentos dos seres vivos da natureza, inspirando-se nas suas manifestações de vida, como o prazer, sofrimento, alegria, tristeza, etc.. Até os seres inanimados não são esquecidos.
Por esta razão, nós poetas nos confraternizamos no dia 14 de Março - dia da Poesia – e para demonstrar o quanto a amamos, queremos desfrutá-la com um número grande de pessoas da cidade. Portanto se você ganhar uma poesia nesse dia, saiba que cada escritor-poeta está levando para você com muito carinho, uma mensagem de Amor, Amizade e muita Paz! 



SENHORES DA PAZ
Maria de Fátima Rodrigues

Almas de poetas
assim serão
os Seres de Nova Era.
Nobre planeta azul
o que te espera?
Sabes por que ainda tens luz?
são os poetas...
senhores da PAZ
que lhe emprestam a calma,
a alma,
o AMOR.
E nesta hora
eles podem ajudar
compreendem melhor ... a dor.

  

segunda-feira, 11 de março de 2013

14 de Março, Dia da Poesia

Distribuição de poesias no Dia da Poesia - 2012


Leda Coletti


No dia 14 de Março comemoramos o dia da Poesia. Não poderia ser escolhida melhor data, pois no ano de 1847 nascia em Curralinho, Bahia, o grande poeta Castro Alves, o que marcou a poesia social. Não só a liberdade ele exaltou, mas também os sentimentos e emoções pessoais:
Nada mais significativo homenageá-lo através das poesias. Escritas com ou sem rimas, metrificadas ou livres, mas sempre manifestações literárias que podem começar na infância e sem limites de idade, sexo, raça, ideologias, religiões  e sem idade para acabar.
É por esta razão que nós poetas, pertencentes às diversas entidades piracicabanas: Clip (Centro Literário de Piracicaba), Golp (Grupo Oficina Literária de Piracicaba), Clube dos Escritores e APL (Academia Piracicabana de Letras) estamos comemorando com outros piracicabanos, também literatos, essa data. Temos certeza, que nas escolas, os professores se encarregarão de fazerem a Festa da Poesia, reunindo e distribuindo entre os alunos, não só poemas de vários autores nacionais, piracicabanos, mas também os escritos pelos próprios estudantes.
A contribuição do nosso grupo é pequena, mas a fazemos com a maior alegria. Todos os anos, nessa data, oferecemos cestas de poesias às pessoas em alguns pontos principais da cidade. Dentre alguns locais escolhidos para a distribuição, já o fizemos na Praça José Bonifácio, na Estação da Paulista, nos Terminais Central e Inter-Municipal, Esalq, Santa Casa, estabelecimentos comerciais centrais,  condomínios residenciais, etc.
Quem quiser se juntar a nós nesse encontro, faça sua cesta e  distribua os seus escritos poéticos para amigos, parentes, em estabelecimentos comerciais, repartições, que assim o desejarem.
O mundo está  precisando de muita paz, alegria (e por que não)  de Muita POESIA!

sábado, 9 de março de 2013

MARCO



  Homenagem - Dia da Mulher, 08/março

Sílvia Oliveira


da minha história
                                me pego louca
                                me vejo aflita!
sem outro jeito
num gesto extremo
                                estalo os dedos                            
                                espremo sumos
e, sobretudo,
                                afasto os medos
                                irrigo a terra
                                                      cavando sulcos
                                                      _ _ _ _ _ _ _ _
                                                      
                                                      na própria vida

O Arco-Íris


Adenize Maria Costa

Estamos desaprendendo a ver Deus nas pequenas coisas e a ouvir Deus através das pessoas que passam por nossa vida. Tenho me esforçado para não perder as oportunidades de vê-Lo e ouvi-Lo. Sei que as minhas misérias, minha pequenez são empecilhos, mas acredito na Misericórdia Divina e sei que Deus sabe e conhece minha fragilidade, conhece o meu coração.

Deus acontece na nossa vida de maneira processual; a medida que amadurecemos como pessoas nossa fé e nossa pertença devem também amadurecer, solidificar.

Pois bem, meses atrás passei por uma experiência muito difícil em que pude ouvir a voz de Deus de maneira muito clara e objetiva. Talvez para aqueles que não creem pode parecer bobagem ou coisa da minha cabeça, pouco me importa, como sempre digo “eu sei pra quem eu peço”.

Estava “entre a cruz e a espada” como dizem, sabia que aquele momento chegaria e já estava em oração há muitas semanas pedindo Sabedoria para decidir e toda a palavra que era dirigida nas minhas leituras diárias da Bíblia se resumiam em “tenha coragem” ou “tenha fé” ou “ você não está sozinha. Mesmo imbuída dessa certeza quando chegou a hora h minha miséria humana me fez titubear e naquele momento em pensamento falei ”Senhor, sabe das minhas necessidades, sabe da minha miséria, me perdoe se estou sendo incrédula mas preciso, Senhor, de um sinal para ter certeza de que estou fazendo a coisa certa” .

Quando saí ao entrar no carro para voltar pra casa da rodovia via que na cidade já estava chovendo forte e a chuva avançava com toda a sua força e beleza e o céu escuro estava recortado um lindo arco íris. Naquele momento em que olhei para o céu e vi aquele espetáculo agradeci a Deus porque pra mim aquele arco íris era o sinal que eu precisava para ter a certeza de que tinha feito a melhor escolha.

Conta a lenda do arco íris que no outro lado existe um pote de ouro e pra mim era como se a voz de Deus a me dizer:” o seu pote de ouro está do outro lado mas você precisa dar o primeiro passo para fazer a travessia”

O rapaz que dirigia o carro me olhava sem entender porque que eu ria e chorava ao mesmo tempo, mas no meu coração eu tinha a certeza de que já havia dado o meu primeiro passo.

Ainda estou na travessia e eu sei que do outro lado muito mais que um pote de ouro está Deus de braços abertos, com um sorriso estampado no rosto, feliz por eu não ter desistido porque Ele nunca desiste de mim.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Orgulho de ser Mulher


Ivana Maria França de Negri

Guardo o "M" de Mulher
impresso em minhas mãos

Tenho orgulho de ser fêmea,
de ser mulher por inteiro.

Pago o tributo com sangue
que flui de mim todo mês

E levo em minhas entranhas
sementes que plantam Vida!

leia aqui:
Entrevista

quinta-feira, 7 de março de 2013

SEU SOBRENOME, QUAL?



Luzia Stocco
                                       
Quem enfiou o sobrenome do João em Maria?
E quem, o sobrenome de Alfredo, tacou em Sofia?
Quantas Senhora Smith
Senhora Arth
Senhora Vasconcelos
Via -se na televisão
Há até pouco tempo, então!
A famosa família Andrade
Dos Albuquerque
E até dos Silva!
Cadê a sabedoria?
Há menos de meio século
Casada, a mulher perdia
A pouca identidade que tinha
Perdia seu sobrenome
E pertencia ao marido
A tudo acatava
Consultava e acolhia.
Final do século XX
No Brasil, uma revolução na lei se deu
A esposa não precisa
Daquela imposição
E o marido também pode
Acrescentar o nome dela ao seu!
Alguém aceitou?
Alguém condescendeu?
Se a mulher é independente
Se ela tem liberdade
Tem estudo, autonomia
Inteligência e dignidade
Como encarar essa nova possibilidade?
Se o inverso acontecesse
Que gostosa cumplicidade!!
Vêm os filhos e o estereótipo se repete:
Ficam com o sobrenome do pai
E quando há separação
E, ele vai embora, vai à farra, lava as mãos
Ou quando, ela trabalhando
Ele bebendo ou dormindo
Ou ferindo, violentando, grunhindo.
Quando ela resiste firme
Todas as responsabilidades assumindo
Implorando uma parca pensão.
Vê no nome de seus filhos
Escrito ou pronunciado
Num ritual, num evento escolar
O sobrenome da mãe abreviado
E o paterno destacado.
A memória, a história dela
- Ela que gerou, acolheu,
Colheu, nutriu, não matou –
Em segundo plano ficou!
Diga então, o que mudou?
É ainda esse poder
O ex poder patriarcal
Enaltecido pela mídia
Influência do social
Da manipulação cultural
Ou é ignorância, acomodação
Medo, neurose
Dependência afetiva, emocional?!?
Coisa nada banal

Angelas, Izabellas, Joanas, Luizas...



Ana Marly de Oliveira Jacobino

Fome do outro lado do mundo,
Fome do outro lado da vida...
Fome do outro lado da morte!
Angelas, Izabellas, Joanas, Luizas...
Mulheres discriminadas
Flagelo humanitário
Carregam no corpo
Vida marcada...
Angelas, Izabellas, Joanas, Luizas...
Mulheres desabrigadas
Faveladas da esperança
Abrigam no útero
Vida pulsante...
Angelas, Izabellas, Joanas, Luizas...
Mulheres desesperadas
Madres solidárias
Levam a doação
Vida solitária...
Angelas, Izabellas, Joanas, Luizas...
Mulheres denominadas
Dominadas
Domadas...
Mulheres!