Na foto, Sylvio Arzola de colete xadrez com o amigo João Nassif em evento lietrário
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Nota de falecimento
Faleceu hoje, 26 e Janeiro de 2017, o colaborador deste Blog e das páginas literárias, o poeta Sylvio Arzolla, aos 93 anos, deixando viúva a esposa Dalva, filhos e netos.
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Escritores amigos - Sylvio Arzolla,
Falecimento
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
RUA SÃO CLEMENTE, 385
Maria Cecília Gouvêa Waechter
Triste, tão triste a noite
Quando na casa vazia
Meus passos ecoam sós
E meu corpo vagabundo
Flanando, não sabe o
rumo,
A direção que tomar.
Meus olhos nada
interrogam
Nada veem, pouco
sabem
Dos espaços que me
cercam.
E na cabeça cansada
Em vez do sono,
lembranças
Chegam cansadas
também.
Abraço aflita na
treva
O vazio de uma
ausência
A dor de tantas
ausências
E tudo perdeu a cor
E as coisas não têm
mais formas
(Nem sei se o dia
trará
A coragem renovada!).
Desta noite sem
sentido
Nesta casa toda
ausência
Trarei comigo a
lembrança
Das muitas horas
sozinha
Em que fui apenas eu.
domingo, 15 de janeiro de 2017
Profissões extintas
Ivana Maria França de Negri
De tempos em tempos, várias profissões desaparecem
e outras novas surgem, conforme as necessidades ou mudanças de costumes.
Por força da tecnologia esse processo
está cada vez mais acelerado, e de modo inexorável, vão sendo decretadas mortas
algumas profissões.
Alguém já ouviu falar do acendedor de
lampiões? Eles eram incumbidos de acender todos os dias os lampiões de
querosene quando anoitecia e os apagavam ao nascer do sol. Com a chegada da
eletricidade, a profissão acabou.
Telefonista era uma atividade em alta.
Dela dependiam todas as ligações interurbanas. Hoje, com os celulares, esse
trabalho não faz mais sentido.
Algumas profissões nos levam ao riso
hoje, mas na época, tinham sua importância, como o arrumador de pinos de
boliche, que a cada jogada armavam rapidamente os pinos para novas jogadas.
Hoje tudo é feito eletronicamente.
Quando não havia refrigeração, o leite
era entregue todos os dias diretamente das fazendas, e quem o fazia era o
leiteiro. E também o padeiro entregava os pães quentinhos. As cidades eram
pequenas e todos se conheciam. Hoje em dia, nas grandes metrópoles, ninguém conhece mais ninguém e
abrir um portão é tarefa difícil devido ao medo de assaltos. Somos cercados de
grades, cadeados, cães de guarda e câmeras.
Algumas profissões agonizam, como é o caso dos alfaiates e modistas, pois
comprar roupas prontas é muito mais fácil e até mais barato.
Engraxates também estão em vias de extinção. As pessoas preferem tênis ou
sapatos de outros materiais, que não o couro, e não prezam tanto sapatos
brilhantes como no passado, quando as ruas eram de terra batida e sujavam muito
mais.
O amolador de tesouras, que era ouvido pelo toque de sua gaita, não se vê
mais há muito tempo. Muitas profissões acabam
porque filhos e netos não se
interessam em seguir o ofício dos pais e avós. Preferem as áreas promissoras da
informática,
A indústria chinesa contribuiu muito para a derrocada de muitos
profissionais por terem barateado tanto os produtos de má qualidade que as
pessoas não mandam consertar nada, tudo se torna descartável. Quebrou, vai para
o lixo, e quem arrumava, ficou sem trabalho. Relojoeiros são raridade, assim
como consertadores de guarda-chuvas. Lembram-se dos vendedores de
enciclopédias? Hoje qualquer criança sabe pesquisar no Google tornando
obsoletas as enciclopédias.
Os fotógrafos que ficavam nas ruas, os lambe-lambe, já sumiram do mapa
faz tempo. Todo mundo faz suas próprias selfies.
O que me inspirou a escrever este texto foi a recente proibição das
vaquejadas no nordeste. Essa decisão provocou a ira dos amantes da vaquejada
que querem derrubar o veto alegando que é um esporte cultural e muitos “profissionais”
ficarão sem emprego. Mas desde quando tortura é cultura? Já está mais do que na
hora de acabarem com rodeios, touradas, vaquejadas, farra do boi, “esportes”
que torturam animais inocentes para deleite de sádicos que se comprazem com a
dor alheia.
E essa desculpa de desemprego não cola. Quando os canavieiros faziam as
odiadas queimadas para a colheita manual da cana, alegavam que se a prática
fosse proibida e colocassem colheitadeiras, haveria desemprego em massa. As
queimadas acabaram, e não ouvimos mais falar sobre isso. Não importaram mais
pessoas para trabalho semiescravo, e elas arrumaram empregos em novas áreas que
vão surgindo.
E assim caminha a humanidade...
Texto publicado na Gazeta de Piracicaba 15/01/2017
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Texto de Ivana Maria França de Negri
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Retrospectiva Literatura 2016
FEVEREIRO
20 – Lançamento da revista do Instituto
Histórico e Geográfico de Piracicaba
João
Baptista de Souza Negreiros Athayde lançou livro de poesias “Variações Poéticas
sobre a Banalidade do Mal”
MARÇO
9 – O jornalista Leon Botão reúne num
livro cinco mulheres reais. “Flores que choram” é lançado no Sindicato dos
Bancários
13 – Lançamento da 12ª revista da
Academia Piracicabana de Letras
19
– I Feira de Livros no Recanto dos Livros – Lar dos Velhinhos de Piracicaba
Paulo
Affonso Leme Machado lança a 24ª edição revista, ampliada e atualizada do livro
“Direito Ambiental Brasileiro”
ABRIL
9
– Lançamento do livro “Aprendendo com o Voinho” vol. 4 , de Geraldo Victorino
de França no Recanto dos Livros.
Camilo
Irineu Quartarolo lança “Em busca do Santo Gral”
19
– Beatriz Vicentini publicou “Meio século de oportunidades Construídas”, obra
sobre os 50 anos do Instituto FORMAR
MAIO
A
contadora de histórias Carmelina de Toledo Piza lança mais uma obra infantil “Digui,
Digui, Digui, Passa o Ponto”.
JUNHO
Milton
Martins lança o romance “Joana D´Art”
O
diretor da Rádio Educativa FM publicou seu segundo livro de poesias “O som da
pétala Ágata”
19-
Falece o Príncipe dos Poetas Piracicabanos Lino Vitti aos 96 anos
JULHO
27 Cecílio Elias Netto lança o segundo
livro da trilogia em comemoração aos 250 anos da cidade - “Piracicaba, um Rio
que Passou em Nossa Vida” no Teatro Erotides de Campos
AGOSTO
28
- Lançamento do livro “RETRATOS DE VIDAS
- A Beleza do Envelhecimento”em comemoração aos 110 anos do Lar dos
Velhinhos de Piracicaba das autoras Carmen Pilotto, Elisabete Bortolin, Ivana
Maria França de Negri, Leda Coletti, Lourdinha Piedade Sodero Martins e Maria Madalena
Tricanico
30-
Sexta edição do livro do Dialeto Caipiracicabano “Arco, Tarco e Verva” de
Cecílio Elias Netto
SETEMBRO
Ícaro
Vitti Quartarolo , 12 anos, lançou seu primeiro livro de ficção científica
“Clues - Controle Total”.
10
- No Recanto dos Livros, Adolpho Queiroz autografou seu mais novo livro, feito
com a colaboração de vários alunos “ Nem choro e nem Vela”.
OUTUBRO
O livro “Uma História
Silenciosa de Amor - Vida de Madre Teresa do Menino Jesus”, da autora Juliana
Marília Coli, foi lançado no Mosteiro das Carmelitas.
29 - Inauguração do
Quiosque de Literatura no Parque da Rua do Porto com o nome da poetisa e
escritora falecida Maria Emília Leitão Medeiros Redi.
30- Realização da primeira Festa Literária de
Piracicaba – FLIPIRA no entorno do casarão do Turismo. Projeto da escritora
Raquel Delvaje em parceria com os grupos literários Clip e Golp, Sarau
Literário e Recanto dos Livros
NOVEMBRO
11
- Beth Ripoli lançou seu livro “A Auto-Confiança, Oxigênio da Vida-Respira...”
na Nobel do Shopping
Lançamento
da 13ª Revista da Academia Piracicabana de Letras com textos e poesias dos
acadêmicos
DEZEMBRO
2 - Aconteceu no IBA – Instituto Beatriz Algodoal, o
lançamento do livro “1973, quando tudo começou" que reconta as origens do
I Salão de Humor do Brasil, ocorrido em
1973 na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
10-
Confraternização de final de ano reunindo o Centro Literário de Piracicaba,
Grupo Oficina Literária, Sarau Literário Piracicabano, Academia Piracicabana de
Letras e Recanto dos Livros.
15
– Felipe Marques de Menezes autografa sua obra “História e Memória do Teatro” –
Piracicaba das monções aos dias atuais
20
– Lançamento da revista no 22 do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba
no ICEN (Instituto Cecílio Elias Netto)
20
– No Empório do Vovô Carmelina de Toledo
Piza lançou seu 9º livro “Homens e Deusas no Erótico da Mulher”
20-
Lançamento do livro “Sem Palavras” de Bijuka B. Camargo
Dulce Ana da Silva Fernandez lança "Janelas da Vida" - Poemas com ilustrações da própria autora
Dulce Ana da Silva Fernandez lança "Janelas da Vida" - Poemas com ilustrações da própria autora
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Retrospectiva 2016
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
Na minha porta tem uma árvore...
Lídia Sendin
Não sei o nome dessa minha
vizinha. Tão quieta e prestativa, providencia sombra para os carros e ao mesmo
tempo dá um toque charmoso ao quarteirão.
Ela é bem alta, suas flores
pequenas e amarelas tecem um tapete pra calçada e juntamente com suas folhinhas
espalhadas pelo chão perturbam a faxineira, que não se cansa de empurrá-las rua
abaixo, mesmo que para isso tenha que consumir metade do reservatório de água
do prédio, numa luta diária e inglória.
O que mais gosto nela são suas
vagens secas caídas na calçada, são tortas e quando pisadas fazem um barulhinho
assim como craque, creque, craque...
Procuro por elas sempre que
passo, para pisá-las e ouvir o tal som. Isso me diverte, pode parecer
brincadeira de criança, talvez incompatível com a minha idade, mas acredito que
lá de cima, em seus últimos galhos, apontados para o céu, a velha e generosa
árvore também esteja se divertindo com essa molecagem que não estava nos planos
da natureza...
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