As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

sábado, 28 de dezembro de 2013

Últimas trovas


Olivaldo Júnior

Quando vi a nossa foto,
desgastada, na gaveta,
vi nascer um terremoto
neste inóspito poeta.

Na valsinha da memória,
num coreto enfim desperto,
todo mundo vira história
e anoiteço em um deserto.

Meu amigo mais querido,
com histórias de aventura,
fez-se logo o preferido
da saudade que perdura.

Na historinha familiar,
o João chamou Maria,
e Maria, sem pensar,
fez a ele companhia.

Já perdi seu telefone,
só me vale seu e-mail:
hoje vivo só, “alone”,
sem a hora do recreio.

Quando a banda toca Chico,
fico alegre e, de repente,
muito mais tristonho eu fico,
porque tu estás ausente.

Para honrar o meu ofício
e “animar” a biografia,
vou pular no precipício
dos amantes da poesia.

Para o Ano Novo


Lídia Sendin

Quero o vai e vem das marés:
Altos e baixos, côncavo e convexo,
Nada linear, nada com nexo.
 Mais planícies cheias de montanhas:
Rios no meio do deserto,
Nuvens escuras, tempo incerto.

Dentro do silêncio, um ribombar fugaz:
O susto de um trovão,
O ritmo acelerado do coração.

Nada de “plácido repouso”:
“Brancas nuvens”, nunca mais,
Só passar por aqui, sem viver, jamais!

De que me adianta essa vã rotina:
Neurônios frouxos, sinapses petrificadas,
Mesmas ruas, mesmas caminhadas.

Não, ao mero desfilar de fatos:
Quero paixão, perplexidade,
Pois, para o descanso eterno,

Terei a eternidade.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Nós, relógios...


      Dirce Ramos de Lima

    Cada pessoa no mundo
             tem uma função,
    e vai vivendo metodicamente,
       cumprindo cada etapa
       da sua profissão,
    como relógios de parede
    rodando os segundos,
    minutos, horas...

Até que a pilha se acaba
 ninguém troca,
peça inútil,
 jogam fora,
  Nós, relógios humanos,
  também vamos embora:
   simples assim

   do começo ao fim...

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Ao pé da manjedoura


Maria Cecilia Graner Fessel 
  
Vem, meu Jesus Menino,
Me convidar pra brincar,
Tenho muito a aprender
Tens muito o que me ensinar.

Vem, ajuda-me a caminhar,
Abre as portas da Esperança,
Mas como ainda sou criança
Dá-me a mão prá lá entrar.
.
Sobe comigo nas árvores
Pois esqueci como se faz,
Vamos brincar na enxurrada
Que a chuva mais forte traz.

Vem comigo atrás da esquina
Espiar os namorados
E os amores de menina
Relembrar do meu passado

Carrega-me para saltar
Sem medo, neste meu chão,
Os buracos e as pedras
Que um dia talvez virão

Cresce, Menino, e me fala
Belas coisas do Teu Pai
Pois quando tua voz me embala

Toda tristeza se esvai.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Feliz Natal!



            Se você me permite, hoje quero falar de saudades, em meio das festas.
            Quando chega o Natal, ...eu sinto uma pena enorme de ter crescido,
porque o Natal é festa da inocência.
            Olho, então, para trás e vejo que fui deixando pelas esquinas da vida muito de minhas crenças, fantasias, esperanças, alegrias pueris.
            Mas, o tempo passou, muita coisa mudou e, no entanto, o natal vive ainda e se repete a cada ano, numa tentativa de despertar os corações para a alegria, o amor, a solidariedade, o verdadeiro sentido desta festa santa.
            Lembro-me de que junto ao presépio, cantávamos, com mamãe,além de Noite Feliz, o velho "parabéns a você".
            Que nesta data, o mundo ceda espaço para celebrar o aniversariante do dia com os cânticos e hosanas a que Ele faz jus; e, ao nos aproximarmos do presépio, símbolo eterno da gruta de Belém, peçamos em prece, que todas as crianças possam ser felizes e sorrir, agarrando seus presentes, saboreando guloseimas, experimentando a ternura de um abraço.
            Que nós, gente grande, possamos nos alegrar com suas alegrias e continuar trocando abraços e presentes, avaliados tão somente pelas moedas do coração.
            Em reverência ao Natal que aí está novamente, quero desejar-lhe uma festa santa, de paz e de bênçãos, que se repita em cada um dos dias do novo ano que aí vem a galope, para mudar mais uma vez a folha do velho calendário.

            Abraços, com carinho,


                        T. S. Malta     

sábado, 21 de dezembro de 2013

NATAL NO ORIENTE


Elda Nympha Cobra Silveira

Olho para o céu...
Que tristeza!
Papai Noel não vem aqui
Ele não dá mais presentes?
Ele não ouve meus pedidos?
Implorei o ano inteiro
Apenas um pai e uma mãe
Que me ame,
Água e comida.

De brinquedos não preciso!

Tenho cápsulas de fuzis e
Brinco de pular minas escondidas
Só anseio poder viver

Sem levar um tiro entre ruínas!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Boas Festas

_______________________
_____________________________
CENTRO CULTURAL MARTHA WATTS 
Rua Boa Morte, 1257 - Centro 
Piracicaba - SP - CEP: 13.400-140 
Tel. (19) 3124-1889 
VISITE WEBSITE: http://www.unimep.br/ccmw 



quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Soneto de Natal


Esio Antonio Pezzato

Natal! Na terra há um hino de alegria
Anunciando a chegada de Jesus.
Em Belém, uma pobre estrebaria,
Envolve-se no brilho que seduz.

Tudo vibra de encanto e de harmonia,
A salvação do mundo jorra a flux.
Humilde serva – a celestial Maria! –
Sabe que a um Deus Divino deu a luz.

Num instante o Menino aflito chora,
E, Maria nos braços, sem demora,
Acolhe-O com carinho divinal.

Dá-Lhe o peito o nos braços ela O aquece.
Logo após em silêncio Ele adormece
Inocente no colo maternal.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Confraternização de final de ano dos grupos literários

(Fotos de Ivana Negri para o GOLP)

 Madalena sempre inventando novidades
 Uma poesia declamada ao "pé do ouvido" do Cassio 
 Esther lendo um poema de Clarice Lispector para Ivana
 Silvia e Irineu, sempre "in love"
 Carmen lendo um poema para Madalena
 A mesa natalina com os deliciosos quitutes







 Leda, Raquel, Lidia, Madalena e Lurdinha no jogral


 Angela Reyes lendo um conto de Natal

 Brindando com Coca Cola!
Angela, Ruth, Raquel e Leda
 O aniversariante
 Lidia, Madalena, Elda, Aracy, Esther e Raquel
 Abraço dos amigos secretos já revelados: Aracy e Irineu
 Elda e Leda
 Leda e Ruth
 Lurdinha e Lidia
 Carmen e Madalena
 Raquel e Angela
Ivana e Lurdinha
 Surpresa da Aracy, os livros dos amigos e as diversas coletâneas

domingo, 15 de dezembro de 2013

XII Concurso “Fritz Teixeira de Salles de Poesia” de Monte Sião

Veja como se inscrever aqui

XII Concurso “Fritz Teixeira de Salles de Poesia”
Promoção “Fundação Cultural Pascoal Andreta”
1) Haverá premiação para os três melhores trabalhos, na categoria GERAL:
a. 1º lugar: R$ 1.500,00 (Mil e quinhentos reais)
b. 2º lugar: R$ 1.000,00 (Mil reais)
c. 3º lugar: R$    800,00 (Oitocentos reais)

2) Para os três melhores trabalhos de autores da cidade de Monte Sião:
a. 1º lugar: R$ 500,00 (Quinhentos reais)
b. 2º lugar: R$ 300,00 (Trezentos reais)
c. 3º lugar: R$ 200,00 (Duzentos reais)

3) Menção Honrosa para 05 (cinco) trabalhos, na categoria GERAL.

4) Menção Honrosa para o concorrente mais jovem.

5) Todos os classificados, bem como aqueles contemplados com Menção Honrosa, receberão um livro contendo as poesias premiadas (edição comemorativa), editado por “Acervo Edições”, Diploma personalizado e assinatura do Jornal “Monte Sião” por um ano (12 edições).

6) A entrega dos prêmios acontecerá no dia 22 de março de 2014, sábado, às 20h.

7) Para os classificados do 1º ao 3º lugares, que não sejam de Monte Sião, haverá hospedagem com café da manhã.

8) No caso do não comparecimento de qualquer dos vencedores na noite da premiação, o prêmio respectivo deverá ser procurado dentro de 30 (trinta) dias, a partir da data da entrega, 22 de março de 2014. Findo este prazo o valor será devolvido ao patrocinador e o ganhador perderá o direito ao prêmio.

9) As festividades da noite serão dedicadas à memória de Segismundo Gottardello (Cid), um dos fundadores da Fundação Cultural Pascoal Andreta e do Museu Histórico e Geográfico de Monte Sião.

10) Os vencedores poderão declamar sua poesia ou, se desejarem, indicar outra pessoa para fazê-lo.


11) Os resultados do concurso serão publicados no site da Fundação Cultural Pascoal Andreta – www.fundacaopascoalandreta.com.br – no dia 23 de fevereiro de 2014.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Lançamento do livro de Luzia Stocco no Ponto de Cultura Garapa

 No Ponto de Cultura Garapa aconteceu o lançamento do livro de poesias ATEMPORAL de Luzia Stocco, com prefácio de Ivana Negri e apresentação de Leda Coletti
Luzia declamando um poema

Os Silva Cantam Roberto Carlos dando um show aos presentes
Amigas escritoras prestigiando o evento: Madalena Tricânico, Ana Marly de Oliveira Jacobino, Leda Coletti, Raquel Delvaje e Ivana Negri
Luzia autografando o livro para Ivana

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Convite - Comemoração dos 10 anos do Centro Cultural Martha Watts


Declamação de poesias natalinas pelas poetisas Carmen Maria Fernandez Pilotto, Maria Helena Corazza, Ivana maria França de Negri e Lurdinha Sodero Martins
Recital de piano -  alunos de Cecília Bellato
Canto - Rodrigo Bombach representando o Coral da UNIMEP

CENTRO CULTURAL MARTHA WATTS 
Rua Boa Morte, 1257 - Centro 
Piracicaba - SP - CEP: 13.400-140 
Tel. (19) 3124-1889 
VISITE WEBSITE: http://www.unimep.br/ccmw 

Programação completa:


O Centro Cultural Martha Watts abre suas portas para mais um evento comemorativo aos seus 10 anos de atividades. Desta vez, a programação conta com recital de piano, apresentação de coral, poesia e também com o lançamento do 10º capítulo do documentário “10 anos do CCMW”, realizado pela TV UNIMEP.
Ao longo de 2013, várias atividades já foram realizadas pra comemorar uma década desse importante espaço da cultura piracicabana envolvendo teatro com o Grupo Cochichonacoxia da Unimep, pintura ao ar livre com artistas da Apap e convidados, exposição com funcionários da instituição e recital de piano com a participação da pianista Cecília Bellato e também dos seus alunos. Além de exposições em outros espaços da cidade contando um pouco da história do CCMW.
O Centro Cultural Martha Watts é um espaço de múltiplas atividades culturais, de pesquisa e preservação de acervos históricos significativos de Piracicaba. Localiza-se em um edifício tombado pelo patrimônio histórico, construído e inaugurado em 1884, que tornou-se o segundo local de funcionamento do Colégio Piracicabano, fundado em 1881, pela missionária americana Martha Hite Watts. Reinaugurado como Centro Cultural Martha Watts, em 27 de junho de 2003.
Desde sua inauguração, promove exposições de arte (esculturas, fotografias e telas de técnicas e estilos distintos), cursos artísticos, visitas monitoradas individuais ou em grupo gratuitas; lançamento de livros; audições musicais; apresentações teatrais; saraus, consulta e pesquisa em acervos históricos (Rocha Netto, João Chiarini, Poder Judiciário, “O Diário”, Jair Toledo Veiga e IEP); reuniões e seminários de grupos e preservação de acervos fotográficos.
O CCMW está de portas abertas à comunidade, escolas e visitantes em geral. A entrada é gratuita.
Mais informações: 3124-1889
Chorinhos e Companhias com Cecília Bellato e alunos
Cecília Bellato
E. Nazareth – Espalhafatoso
W. Azevedo – Brasileirinho
Alunos do Colégio Piracicabano:Marcos A. Santana Cruz
F. Russo -1ª Valsinha
Bárbara Duarte Gonçalves
F. Russo – O Batalhãozinho Passa
Bruna Duarte Gonçalves
M. Negris – Prelúdio para Margareth
Maria Paula Ferreira da Silva
A. Rovira – Romance de Amor
Carolina Palanch Matos
Chiquinha Gonzaga – Não Insistas Rapariga …
Companhias:
Isadora Sodero Pincelli
J.S.Bach – Musette
Caio Valezin Delarco
Mark Nevin – Miniatura em Jazz
Ayla Coelho Lacerda Bonelli
Matthew Wilder – Reflection
Estela Carneiro Revesz
Chiquinha Gonzaga – Lua Branca
Fernanda Kobayashi
M. Mascarenhas – Férias na Espanha
Lucas Lopes
Marcelo Tupinambá – Tristeza de Caboclo
Caíque de Oliveira Kobayashi
Zequinha de Abreu – Sururú na Cidade
Bruna Bressan Belan
Zequinha de Abreu – Não me Toques
Glauce C. Ferrari Pachane
E. Nazareth – Brejeiro
Declamação de Poesias com:
Carmen M.S.F.Pilotto – “Reciclagem de Natal”
Ivana Maria França de Negri – “Os dois Natais”
Lourdinha Sodero Martins – “O Sonho da menina só”
Maria Helena Corazza – “Rima para um amor sem fim…”
Canto com o aluno Rodrigo Bombach, representando o Coral Unimep
Canto Della Terra
Music by Ennio Marricone / Italian lyrics by Chiara Ferran
O Infante Jesus
Pietro Ayon (1917 / Fredderich H. Martens / tradução JMF (1952).
TV Unimep apresenta o décimo episódio da série: “10 anos em 10 capítulos” -Documentário sobre os 10 anos do CCMW

PIRACICABA EM FESTA

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

AS PESSOAS NÃO ESQUECEM...


Plinio Montagner

A vida é assim. Tudo que você disse, fez, pagou, emprestou, doou, presenteou, parece que não vale nada. A maioria das pessoas ignora bens materiais e o passado dadivoso, mas não esquece como foram tratadas, seja bem ou mal.
Então, se você fez algo que alguém não gostou, um não, um leve deslize, a ofensa será registrada, e não aquilo que você lhe fez de bom a vida toda.
Por isso não adianta oferecer um emprego ao filho de um amigo, dar um presente caro a alguém, pagar uma conta astronômica numa festa com seus amigos. Esse tipo de investimento pouco valerá se o objetivo for tirar algum proveito.
Mimos materiais são logo esquecidos, o que não acontece quando tratamos as pessoas com delicadeza e respeito. E vice-versa. Aí seremos inesquecíveis, seja para o bem, seja para o mal.
Perguntemos às mulheres se elas se lembram mais dos presentes que elas receberam, ou das delicadezas e grosserias do namorado.
Aquele que só pratica o bem e se dedica a uma amizade, basta um não, um só, uma indelicadeza, para ser considerado vilão. Ingratidão é isso.
Um amigo me contou que ele e sua esposa mantinham uma amizade há mais de 30 anos. Bastou um “não’, o primeiro e único - um pedido de fiança -, para a amizade acabar definitivamente.
Essa amizade, com certeza, não era verdadeira.
A regra melhor é esta: não pedir nada a ninguém, dinheiro, casa da praia nem bicicleta.
Amigo, amigo mesmo, abraça com gosto, forte, aperta a mão da gente inteira, não com a ponta dos dedos como se estivesse com medo de se contaminar.
A verdade é que ninguém é responsável pela felicidade e os erros dos outros.
Com a vida aprendemos que nosso trabalho, nosso carro, nosso cão, nosso trabalho, nunca irão cuidar da gente se ficarmos doentes, mas nossos amigos e nossa família, sim.
Família é diferente; não importa o tipo de relacionamento que temos, por exemplo, com nossos pais, porque, com certeza, vamos sentir falta deles quando partirem.
Essa história de felicidade vem de muito longe. Não há definição perfeita. Só sabemos que quem a procura se ilude.   Lembrando Sócrates (470- a.C.): “Todo meu saber consiste em saber que nada sei”. E para arrematar este texto, segue uma máxima de sabedoria nos relacionamentos:

Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se. Você quer ser feliz para sempre? Perdoe” .(Tertuliano - (0155), Cartago – Tunísia. (escritor eclesiástico).

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Se minha mesa falasse


Esther Vacchi Passos

Nestes mais de trinta anos que estamos juntos, muitos fatos aconteceram entre nós e aqueles que tiveram o prazer de sentar com você nos cafés da manhã, almoços, lanches da tarde, jantares, confraternizações, festa de aniversários, ceias de natal, viradas de ano.
Tivemos, e ainda temos, muitos momentos agradáveis ao seu lado e também divergências, debates, discussões acaloradas durante nossos encontros. Pessoas de outras nacionalidades já cearam com você, trocando ideias e costumes.
Hoje, você já está desbotada pelo tempo, mas os netos aproveitam para brincar com jogos, fazer lição escolar, pintar desenhos e comer a comida gostosa da vovó. E a família toda ainda se reúne ao seu redor.
A mesa é um lugar sagrado, onde as pessoas ficam à vontade, conversando e crescendo através da convivência e do amor, e também se deliciando com os quitutes caseiros e trocando receitas de vida.

Querida amiga mesa, que esse nosso costume seja mantido e que a correria e  a modernidade vigente na sociedade atual não nos separe. Que a partir deste Natal e festas de final de ano, todas as famílias possam ter essa oportunidade de conversar e se reunir ao redor de sua mesa.

domingo, 8 de dezembro de 2013

RESTO DE NADA



Lídia Sendin

Buscando a multidão
Quando estou ensimesmada,
Faz-me falta a solidão
Pra mergulhar no meu nada.

A vida é muito mais sonho
Do que pensa a realidade.
Tudo proponho,
Mas faço só a metade.
Sou quase inteira:
Uma parte é conteúdo
A outra é só besteira,
A tal de “encher linguiça”.
Nunca faço tudo,
Boa parte é só preguiça.

Parte descuido, parte conserto,
Vislumbro algo no todo invisível.
Mas...
Como não há nada certo,       
Ainda me resta o impossível.