Ana
Marly de Oliveira Jacobino
Sua velhice nada tinha a ver
Na sua poesia! Nada!
Escreve versos para dar conta
Da alma surrada pela vida.
A morte nesta hora faz presente,
sempre!
Num amigo que se vai,
No pai que lhe deixou
Mas, ainda amando as mulheres
Mesmo no seu leito de morte!
Mulheres! Promessas de versos
Poemas repletos de redondilhas
Esquematizadas ou não pelo poeta.
Ele ainda tão jovem
Resvala com a morte, sempre!
De onde ela surge assim,
imprevisível
No meu Eu ou no seu...
Somos a mesma pessoa...
lá vem a morte...
Mancando com marca do meu nome
Num escrutínio amassado.
Amarelo, ressecado, empoeirado!
Imagem do que fui e ainda sou
Poeta das desventuras
Sentado no banco do destino,
Vendo-me passar!
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