Lídia Sendin
As trevas se espalham na rua
Abrindo da noite a fronteira.
No céu uma tímida lua,
Vigia a terra inteira.
A vida parece que fica
Nas dobras do tempo parada.
Macia qual doce pelica
Vai entrando a madrugada.
A noite procura seu dia
Buscando do sol uma chama
E o rei entre as nuvens espia
Derramando o orvalho na grama.
Ao calor, a neblina levanta.
A névoa desperta a aragem.
Enfim se descobre a manta
Da eterna e divina passagem.
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