04 de outubro de 2014
Olivaldo Junior
São Francisco, irmão de Assis,
tenha pena de minhalma,
que, sem paz, quer ser feliz
e vestir a sua calma.
Oh, Chiquinho, meu amigo,
dê seus olhos para eu ver
bem além de meu umbigo
e cantar até morrer!
Sou tão pobre quanto tu,
nunca espero o vil tesouro,
moro aqui no meu Guaçu
e não penso mais em ouro.
Peço a bênção de um amigo
que me faça conhecer
minha face em samba antigo
e meu velho novo ser.
Leve logo os meus tostões,
não me vendo, meu santinho,
para os "loucos" e ladrões
que nos roubam no caminho.
Minhas flores são de estrada,
minha estrada dos meus pés,
e os meus pés da madrugada
que nasceu de igarapés.
Como um monge franciscano,
eu preciso me encontrar,
São Francisco, inda este ano,
para, enfim, me libertar.
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