(* 17 de março de 1945 / + 19 de janeiro de 1982
Olivaldo Junior
Coração de pimentinha
não se amarga com o tempo:
ao cantar a corujinha,
vira doce o contratempo.
"Romaria" de canções
arrastando a "Madalena",
travessia e comoções:
era Elis roubando a cena.
Dezessete, mês de março,
a Segunda Grande Guerra
chega ao fim, e me disfarço:
sou "regina" dessa terra.
Vulnerável coração,
coração dilacerado:
a cantora chora, não,
é soluço marejado.
Lá do Sul, do comecinho
do pais que tanto amou,
certa Elis fez seu caminho
no país que a consagrou.
Cada história dessa vida,
no arvoredo de uma voz
que se fez de adormecida,
só renova a Elis em nós.
Já são trinta e dois verões
sem Elis cantando ao vivo;
tempo passa sem senões,
pois seu canto é redivivo.
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