Plinio Montagner
A vida é
assim. Tudo que você disse, fez, pagou, emprestou, doou, presenteou, parece que
não vale nada. A maioria das pessoas ignora bens materiais e o passado dadivoso,
mas não esquece como foram tratadas, seja bem ou mal.
Então, se você
fez algo que alguém não gostou, um não, um leve deslize, a ofensa será
registrada, e não aquilo que você lhe fez de bom a vida toda.
Por isso não
adianta oferecer um emprego ao filho de um amigo, dar um presente caro a alguém,
pagar uma conta astronômica numa festa com seus amigos. Esse tipo de
investimento pouco valerá se o objetivo for tirar algum proveito.
Mimos materiais
são logo esquecidos, o que não acontece quando tratamos as pessoas com delicadeza
e respeito. E vice-versa. Aí seremos inesquecíveis, seja para o bem, seja para
o mal.
Perguntemos às
mulheres se elas se lembram mais dos presentes que elas receberam, ou das
delicadezas e grosserias do namorado.
Aquele que só
pratica o bem e se dedica a uma amizade, basta um não, um só, uma indelicadeza,
para ser considerado vilão. Ingratidão é isso.
Um amigo me
contou que ele e sua esposa mantinham uma amizade há mais de 30 anos. Bastou um
“não’, o primeiro e único - um pedido de fiança -, para a amizade acabar
definitivamente.
Essa amizade,
com certeza, não era verdadeira.
A regra melhor
é esta: não pedir nada a ninguém, dinheiro, casa da praia nem bicicleta.
Amigo, amigo
mesmo, abraça com gosto, forte, aperta a mão da gente inteira, não com a ponta
dos dedos como se estivesse com medo de se contaminar.
A verdade é
que ninguém é responsável pela felicidade e os erros dos outros.
Com a vida aprendemos
que nosso trabalho, nosso carro, nosso cão, nosso trabalho, nunca irão cuidar
da gente se ficarmos doentes, mas nossos amigos e nossa família, sim.
Família é
diferente; não importa o tipo de relacionamento que temos, por exemplo, com nossos
pais, porque, com certeza, vamos sentir falta deles quando partirem.
Essa história
de felicidade vem de muito longe. Não há definição perfeita. Só sabemos que
quem a procura se ilude. Lembrando Sócrates
(470- a.C.): “Todo meu saber consiste em
saber que nada sei”. E para arrematar este texto, segue uma máxima de
sabedoria nos relacionamentos:
“Você quer ser feliz por um instante?
Vingue-se. Você quer ser feliz para sempre? Perdoe” .(Tertuliano - (0155),
Cartago – Tunísia. (escritor eclesiástico).
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