Olivaldo Júnior
Quando vi a nossa foto,
desgastada, na gaveta,
vi nascer um terremoto
neste inóspito poeta.
Na valsinha da memória,
num coreto enfim desperto,
todo mundo vira história
e anoiteço em um deserto.
Meu amigo mais querido,
com histórias de aventura,
fez-se logo o preferido
da saudade que perdura.
Na historinha familiar,
o João chamou Maria,
e Maria, sem pensar,
fez a ele companhia.
Já perdi seu telefone,
só me vale seu e-mail:
hoje vivo só, “alone”,
sem a hora do recreio.
Quando a banda toca Chico,
fico alegre e, de repente,
muito mais tristonho eu fico,
porque tu estás ausente.
Para honrar o meu ofício
e “animar” a biografia,
vou pular no precipício
dos amantes da poesia.
Um comentário:
Singelo e inocente como as almas das crianças,nostálgico e suave com as lembranças dos adultos...Adorei!
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