Escritor e poeta André Bueno Oliveira |
Acabei de ler
“Rosa Parks: não à discriminação racial”.
Autoria de Nimrod,
tradução para o Português por Marcos Bagno.
1ª edição brasileira: agosto de 2009. 2ª impressão,
2011.
Trata-se da
discriminação racial sofrida pelos negros nos Estados Unidos, na década de 1950.
Os estados do sul, não concordavam com a abolição da escravatura que já era aceita nos estados do Norte. Rosa Parks, então com 42 anos de idade,
residindo na cidade de Montgomery, estado do Alabama, enfrentou corajosamente tal discriminação, e
tornou-se famosa na história dos Estados Unidos. Assumiu a liderança em
boicotar as linhas de ônibus de sua cidade e de seu Estado, onde os negros eram
humilhados, ofendidos e até presos, quando não cediam seus assentos aos brancos. O movimento atingiu uma adesão fantástica,
que durou um ano e dezesseis dias. Finalmente, em 20 de dezembro de 1956 foi
decretada a abolição total e definitiva
da segregação racial nos ônibus do Alabama.
Faleceu em 2005, aos 92 anos de idade.
Um livro de agradável
leitura, que embora narre discriminações raciais ocorridas há mais de 4
décadas, ensina ao leitor que jamais
deve aceitar calado qualquer humilhação nesse sentido.
As discriminações
continuam existindo e talvez nunca deixarão de existir. Mais uma razão para que o exemplo de Rosa
Parks continue sendo seguido em qualquer lugar do mundo. Prova disto, tivemos recentemente em Brasilia, onde no início deste mês de maio,
num Cinema do Shoping Liberty, uma
funcionária de bilheteria, Marina Serafim dos Reis, negra, foi discriminada e humilhada
por um médico psicanalista (com doutorado!)
de nome Heverton Octacilio de Campos de 62 anos. E não é a primeira vez que fez isto. Já teve um processo em 2002. Segundo o
noticiário nacional, ele será processado por Injúria Racial.
*Entrevista publicada na PROSA & Verso da TRIBUNA PIRACICABANA (20/05/2012)
*Entrevista publicada na PROSA & Verso da TRIBUNA PIRACICABANA (20/05/2012)
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