Richard Mathenhauer
("Feio": se houver um paraíso para os cães, espero que você esteja por lá roendo ossos)
Quando ele nasceu, era tão bonito quanto seus irmãozinhos. O tempo foi passando, e Frederico Jr., virou "Feio", porque ninguém o quis. E aumentou a família em casa. O Patinho Feio que de tão feio ficou bonito, tinha suas manhas e suas habilidades: gostava de ser coçado por sua mamãe Teka e conseguia passar por entre as grades estreitas do portão, pois não gostava de dormir no quintal com os outros cães, preferindo sua cadeira-cama.
"Feio" sempre foi um cão simpático. Tinha uns olhos humanos (isso me deixava com arrepios) e os dentinhos à mostra como se estivesse sempre sorrindo. Era um cãozinho especial: tinha mais que um nome, e na brincadeira Eu dizia serem apelidos, pois, filho de Frederico (o Fred), Frederico Jr. seria. Vieram "Feio", "Chuck", "Pitoco" mas o que pegou, foi o primeiro. Não era um "apelido" pejorativo: ele era lindo na sua estranheza, com os seus pelos de cores diferentes, espetados, duros, os olhinhos brilhando por debaixo deles...
Anteontem "Feio" deixou de comer de vez. Foi medicado, isolado dos outros, mas não queria ficar sozinho. Ontem lhe dei comida à base de mimos; prometi a ele que lhe daria banho e o poria para dormir na lavanderia. Não fiz nem uma coisa nem outra: ele amanheceu mais magro do que nunca, como se numa noite houvesse passado por uma transformação triste. Meu último carinho em meu Amigo foi pela manhã, quando lhe cocei a cabeça e o ajudei a deitar-se.
À tardezinha, ele foi encontrado perto do muro, lá nos fundos do quintal entre algumas caixas e materiais da reforma: já não tinha brilho os olhos de gente. Estava duro como se fosse o cão que latia para as paredes e pulava com pés-de-mola como o pai e pulava no colo quando se sentava próximo a ele...
"Feio" era lindo, mas a Morte é horrível.
Quando ele nasceu, era tão bonito quanto seus irmãozinhos. O tempo foi passando, e Frederico Jr., virou "Feio", porque ninguém o quis. E aumentou a família em casa. O Patinho Feio que de tão feio ficou bonito, tinha suas manhas e suas habilidades: gostava de ser coçado por sua mamãe Teka e conseguia passar por entre as grades estreitas do portão, pois não gostava de dormir no quintal com os outros cães, preferindo sua cadeira-cama.
"Feio" sempre foi um cão simpático. Tinha uns olhos humanos (isso me deixava com arrepios) e os dentinhos à mostra como se estivesse sempre sorrindo. Era um cãozinho especial: tinha mais que um nome, e na brincadeira Eu dizia serem apelidos, pois, filho de Frederico (o Fred), Frederico Jr. seria. Vieram "Feio", "Chuck", "Pitoco" mas o que pegou, foi o primeiro. Não era um "apelido" pejorativo: ele era lindo na sua estranheza, com os seus pelos de cores diferentes, espetados, duros, os olhinhos brilhando por debaixo deles...
Anteontem "Feio" deixou de comer de vez. Foi medicado, isolado dos outros, mas não queria ficar sozinho. Ontem lhe dei comida à base de mimos; prometi a ele que lhe daria banho e o poria para dormir na lavanderia. Não fiz nem uma coisa nem outra: ele amanheceu mais magro do que nunca, como se numa noite houvesse passado por uma transformação triste. Meu último carinho em meu Amigo foi pela manhã, quando lhe cocei a cabeça e o ajudei a deitar-se.
À tardezinha, ele foi encontrado perto do muro, lá nos fundos do quintal entre algumas caixas e materiais da reforma: já não tinha brilho os olhos de gente. Estava duro como se fosse o cão que latia para as paredes e pulava com pés-de-mola como o pai e pulava no colo quando se sentava próximo a ele...
"Feio" era lindo, mas a Morte é horrível.
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