As pessoas podem mudar...
Leda Coletti
Tinha um ar humilde nas mínimas ações. Procurava servir a quem dele se aproximasse. Até parecia adivinhar os desejos das pessoas. Quando convidado para uma festa, cerimônia social ou religiosa, não pestanejava e se preciso fosse arregaçava as mangas e se dispunha a qualquer trabalho. Fiquei sabendo por algumas pessoas que em certa ocasião foi em surdina matricular no curso preparatório para vestibular um rapaz inteligente, mas sem recursos financeiros. Isso ocorreu quando adulto e em boa situação econômica, acompanhava um trabalho comunitário num dos bairros periféricos e ficou conhecendo esse adolescente estudioso e capaz. Hoje este é pessoa de destaque na área econômica do estado.
Nas horas em que não vivia para seu negócio, ou os trabalhos sociais, entregava-se ao seu hobby predileto: cuidar do seu jardim. Nele se destacavam lindas rosas, lírios, margaridas, crisântemos, folhagens no meio do gramado verde que se estendia à frente da espaçosa e confortável residência, onde vivia com a esposa rodeado dos netos.
Mas afinal quem era esse cidadão tão exemplar que todos admiravam?
Sua trajetória na juventude não seguiu esses mesmos passos. Filho de pais pobres, favelados e separados, logo cedo aprendeu o caminho das drogas, convivendo com moleques de rua, com histórias parecidas. Participou de pequenos roubos, geralmente em supermercados, para matar a fome; até de um assalto participou funcionando como “olheiro”. Chegou a ser preso e novamente em liberdade teria continuado nesse caminho, se não encontrasse um anjo protetor, na pessoa de um voluntário preocupado com a juventude abandonada. Este o levou para uma fazenda, onde pessoas abnegadas cuidaram dele, com muito amor e o transformaram nesse cidadão respeitável. Alguém mais atento teria percebido no seu gesto de dar oportunidade àquele jovem e a outros que beneficiou, buscando sempre promovê-los, o agradecimento por ter tido um dia, uma pessoa amiga que lhe estendeu as mãos e fez dele um homem bom e feliz.
Leda Coletti
Tinha um ar humilde nas mínimas ações. Procurava servir a quem dele se aproximasse. Até parecia adivinhar os desejos das pessoas. Quando convidado para uma festa, cerimônia social ou religiosa, não pestanejava e se preciso fosse arregaçava as mangas e se dispunha a qualquer trabalho. Fiquei sabendo por algumas pessoas que em certa ocasião foi em surdina matricular no curso preparatório para vestibular um rapaz inteligente, mas sem recursos financeiros. Isso ocorreu quando adulto e em boa situação econômica, acompanhava um trabalho comunitário num dos bairros periféricos e ficou conhecendo esse adolescente estudioso e capaz. Hoje este é pessoa de destaque na área econômica do estado.
Nas horas em que não vivia para seu negócio, ou os trabalhos sociais, entregava-se ao seu hobby predileto: cuidar do seu jardim. Nele se destacavam lindas rosas, lírios, margaridas, crisântemos, folhagens no meio do gramado verde que se estendia à frente da espaçosa e confortável residência, onde vivia com a esposa rodeado dos netos.
Mas afinal quem era esse cidadão tão exemplar que todos admiravam?
Sua trajetória na juventude não seguiu esses mesmos passos. Filho de pais pobres, favelados e separados, logo cedo aprendeu o caminho das drogas, convivendo com moleques de rua, com histórias parecidas. Participou de pequenos roubos, geralmente em supermercados, para matar a fome; até de um assalto participou funcionando como “olheiro”. Chegou a ser preso e novamente em liberdade teria continuado nesse caminho, se não encontrasse um anjo protetor, na pessoa de um voluntário preocupado com a juventude abandonada. Este o levou para uma fazenda, onde pessoas abnegadas cuidaram dele, com muito amor e o transformaram nesse cidadão respeitável. Alguém mais atento teria percebido no seu gesto de dar oportunidade àquele jovem e a outros que beneficiou, buscando sempre promovê-los, o agradecimento por ter tido um dia, uma pessoa amiga que lhe estendeu as mãos e fez dele um homem bom e feliz.
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