O Cará
Leda Coletti
Conta a história daquela aldeia indígena, que um garoto da tribo foi salvo por comer legume extraído de uma planta encontrada na roça, que abastecia os seus moradores.
Poti era seu nome. Ninguém sabia explicar a doença de que fora acometido. Já se passaram três luas e ele estava cada vez pior. Chegaram a dizer que estava sob influência maligna, desde que definhava dia-a-dia. Cada vez mais pálido, amuado num canto sem quase conversar e brincar com colegas da aldeia.
Foi então que o milagre se deu. Aquela irmã missionária, que vinha nos finais de cada mês, com um casal, quis conhecer de perto as plantações do local. Ao lado da mandioca, subindo em uma das estacas improvisadas, viu o cará, parecido a uma pedra marrom, que a fez lembrar a infância distante vivida também no campo. Com que saudade recordou a sopa gostosa, que a mãe preparava para todos no jantar, onde o cará era o ingrediente principal. Sugeriu então, aos que a acompanhavam, cozinhar naquela noite aquele prato especial. Acrescentando mandioca, batata ao cará e com os temperos de ervas encontrados no local, fez uma lauta sopa que os índios já semi-civilizados, apreciaram muito.
Poti gostou tanto da comida que surpreendeu a todos, querendo repetir a dose.
A partir daquele dia o cará passou a fazer parte da alimentação da tribo e, especialmente de Poti, que se tornou um adolescente sadio e líder da aldeia.
Leda Coletti
Conta a história daquela aldeia indígena, que um garoto da tribo foi salvo por comer legume extraído de uma planta encontrada na roça, que abastecia os seus moradores.
Poti era seu nome. Ninguém sabia explicar a doença de que fora acometido. Já se passaram três luas e ele estava cada vez pior. Chegaram a dizer que estava sob influência maligna, desde que definhava dia-a-dia. Cada vez mais pálido, amuado num canto sem quase conversar e brincar com colegas da aldeia.
Foi então que o milagre se deu. Aquela irmã missionária, que vinha nos finais de cada mês, com um casal, quis conhecer de perto as plantações do local. Ao lado da mandioca, subindo em uma das estacas improvisadas, viu o cará, parecido a uma pedra marrom, que a fez lembrar a infância distante vivida também no campo. Com que saudade recordou a sopa gostosa, que a mãe preparava para todos no jantar, onde o cará era o ingrediente principal. Sugeriu então, aos que a acompanhavam, cozinhar naquela noite aquele prato especial. Acrescentando mandioca, batata ao cará e com os temperos de ervas encontrados no local, fez uma lauta sopa que os índios já semi-civilizados, apreciaram muito.
Poti gostou tanto da comida que surpreendeu a todos, querendo repetir a dose.
A partir daquele dia o cará passou a fazer parte da alimentação da tribo e, especialmente de Poti, que se tornou um adolescente sadio e líder da aldeia.
Um comentário:
Que bela história envolvendo a descoberta de algo que modifica a saúde e os costumes de um povo.
Ana Marly de Oliveira Jacobino
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