As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Quebras...



Leda Coletti

 

A professora dialoga com sua aluna:

- Catarina, você se assustou com a história da menina quebrada? É o que mais acontece com todas as pessoas. Algumas ainda conseguem realinharem-se. Se não forem bem coladas se desintegram. Outras não conseguem e vão acumulando quebraduras.

-  Então, as pessoas vêm a este mundo e não ficam inteiras?

-  Assim nascem, mas, pela convivência e assimilação de alguns  valores egoístas e estímulos ambientais não propícios, vão se machucando, se desestruturando  e  se tornam dominadores e até impiedosos com os demais, principalmente com os familiares.

- E essas rachaduras acontecem durante toda existência?

- Se formos analisar com detalhes, essas quebras poderiam ser evitadas, se o mundo fosse habitado somente por pessoas, que se amassem   se respeitassem...

-  Como explicar esses senões? Serão constantes na vida de cada um de nós?

- Conscientes ou inconscientes, isso é real e pessoalmente acho muito triste, pois há muitas agressões e até guerras entre nações, por causa do egoísmo e desamor entre as pessoas. Acrescentaria que, o poder de uma minoria predomina sobre a maioria, composta por pessoas sem formação instrucional, dependentes de mínimas  condições  materiais, para uma vida digna para si e suas famílias.

-  Mas, como deveríamos viver para que isso não ocorresse?

- Todo ser mortal comete erros e acertos. Se priorizar o “Eu” estará cometendo os primeiros. Se ao contrário, valorizar o “Outro”, será mais solidário e sábio, preocupando- se e possibilitando um universo amplo de oportunidades para os menos privilegiados, economicamente falando.

- Concordo e, desde já me candidato a conviver de modo mais fraterno.

- Tenhamos a certeza de que assim vivendo, estaremos colaborando para a construção de um país mais próspero. Em consequência também seremos cada vez mais plenos e felizes.

Para nós ouvintes desse diálogo, há uma pergunta que fica, para a qual ainda  não encontramos a resposta satisfatória. Mesmo sendo otimista, ousamos indagar: Quando isso irá acontecer?

 

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