(imagem da Internet)
Por mais que eu
tente
Léia
Paiva
Por mais que eu tente avaliar a dor dos
meus irmãos rio-grandenses, jamais saberia mensurar seu sofrimento.
Perderam tudo que tinham! Seus entes
queridos, seus animais; os pais perderam seus filhos, os filhos perderam seus
pais.
A bebezinha boiando nas águas barrentas
com olhinhos fechados, parecia um anjinho dormindo no lago lamacento.
Oh! quanto lamento. Quadro mais triste não
existe, não há coração que aguente tanta tristeza sem chorar. Se essa desgraça
persistir não haverá quem resista tanta tragédia enfrentar.
Só Deus na sua infinita bondade poderá
restituir a fé e a esperança a esse povo.
Fazer voltar de novo a prosperidade, a
felicidade.
Retornar tudo ao normal, a saúde
emocional, a cura das feridas, das desilusões, o amargor do desencanto.
Venha Senhor, com Sua doce unção consolar
cada coração
Deus onipotente e santo, venha renovar
essas vidas
Cobre-as com seu manto, traz de volta o
sol, seca o telhado, vem enxugar o solo encharcado,
Enxuga todo pranto derramado desses irmãos
que esperam
Por Seu cuidado.
VEM! SENHOR.
Resposta a essa prece poesia da Léia por
Evelize Salgado (moradora do Rio Grande do
Sul)
Corpo dolorido, Coração apertado, Pensamento
aflito!
Sentimento envergonhado
De uma inércia depressiva,
De um estresse exacerbado,
Da mente presa à enchente,
À tragédia da minha gente desconhecida, ou
amiga,
que precisa de ajuda, enquanto me acho
impotente.
Não, nunca, jamais indiferente!
E diante do muito, sou apenas um pouco...
Mas junto de amigos e parentes,
Todos mobilizados,
Ainda que em outros estados,
Juntamos o que podíamos,
e transformamos doação em partilha e
divisão
daquilo que temos...
E sentimos, e queremos para os gaúchos
sofridos:
a total recuperação, divina bênção
e amor ao nosso irmão.
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