Léa Paiva
Enquanto houver primavera
A terra renovar-se á em flores
multicores,
O sol continuará brilhando, as
sementes germinarão,
Pássaros cantarão, borboletas
voarão, ao sabor dos ventos
Semearão felicidades sem fim.
Enquanto houver primavera
Haverá vozes de alegria a dizer
sim,
Aos Monet que retratarão jardins
em belas telas,
Poetas comporão poesias embalados
em inspirações
De ternuras, volúpias, sonhos e
quimeras.
Ah! Quem me dera!
Que nunca findasse essas tochas
de rosas,
Este reflorescer resplandecente à
luz da aurora,
A reverberar nas gotas
cintilantes de orvalho
Como broches de brilhantes, em
cada galho,
A perfumar os prados, a vida, a
alma
Qual corrente de um rio
incessante
Serpenteando o universo.
Enquanto houver primavera...
Eu serei este ser intensamente
ardente, poeta, amante
Buscando palavras que se encerram
Neste poema errante,
Mesmo não encontrando
Na pobreza dos meus versos
Sigo cantando, sempre a espera...
Enquanto houver primavera!
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