Lídia Sendin
Hoje
eu levantei com um verso na cabeça,
Cheio
de saudade e pleno de paixão.
Escrevo
agora para que ninguém se esqueça
Das
tantas coisas que nos doem no coração.
O
toque sonoro ecoando pela rua.
Oh!
Como era bom o coreto do jardim.
Como
testemunha uma clara e branca lua:
Sua
mão está na minha, até que enfim!
E no
banco azul de madeira envelhecida,
Nós
sentamos com as promessas de amor,
Mal
sabia o tempo que tudo nesta vida,
Tem
começo, fim, alegria e muita dor.
A
eternidade nos foi interrompida
Pela
mão severa do tempo que passou
E a
felicidade um dia pretendida
Foi
como um momento que a gente só sonhou.
Esta
dor maior é do que ficou ausente,
Que
saudade eu tenho daquilo não vivido,
Como
um desejo a morar eternamente
Na
minha lembrança sem nunca ter partido.
Mas
quando lembro que sonhos são fugazes,
Embalo
na alma essa dor inevitável,
Penso
nas conquistas de que fomos capazes
E já
não me importo com o que não foi durável.
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