NOVOS TEMPOS
Lídda
Sendin
A
vida é feita de tempo
Que
nunca volta atrás,
Às
vezes, ele é lento,
Às
vezes, ele é voraz.
Pra
alguns, o tempo é dinheiro,
Que
pensam como ganhar,
Fazendo
como o guerreiro,
Que
só vive pra lutar.
Pra
outros, a vida é ilusão,
O
que buscam é sonhar,
Usando
seu coração
Para
rir e pra sonhar.
Porém,
no tempo de vida,
Que
é dado a cada um,
Toda
hora que é perdida,
Não
leva a lugar nenhum.
Do
tempo que a vida tem,
Nada
podemos levar,
Mas
sabendo viver bem,
Muito
se pode deixar.
Assim,
que no Ano que vem,
No
tempo que se refaz,
Cada
ação seja pro bem,
Pra
termos tempos de paz,
NO ANO NOVO
Lídia Sendin
Quero o vai e vem das marés:
Altos e baixos, côncavo e convexo,
Nada linear, nada com nexo.
Mais planícies cheias de montanhas:
Rios no meio do deserto,
Nuvens escuras, tempo incerto.
Dentro do silêncio, um ribombar fugaz:
O susto de um trovão,
O ritmo acelerado do coração.
Nada de “plácido repouso”:
“Brancas nuvens”, nunca mais,
Só passar por aqui, sem viver, jamais!
De que me adianta essa vã rotina:
Neurônios frouxos, sinapses
petrificadas,
Mesmas ruas, mesmas caminhadas.
Não, ao mero desfilar de fatos:
Quero paixão, perplexidade,
Pois, para o descanso eterno,
Terei a eternidade.
Para o
Ano Novo
Lídia Sendin
É Ano Novo,
Novinho em folha,
Começa agora, neste momento,
São novos dias, novas escolhas,
É esperança de um novo tempo.
As linhas brancas e paralelas,
No infinito vão se encontrar,
O que escrevo no meio delas
Dá pra rir, dá pra chorar.
O importante é que entre elas
Sempre se acha
Alguma coisa para mudar,
Reescrever, passar borracha,
Trocar linguagem,
Não desistir e com coragem,
Reinventar.
Algumas linhas ficam em branco.
Outras, de fato, estão repletas.
Se sinuosas ou se são retas,
Estejam cheias, ou incompletas.
Tudo isso, pouco importa.
Deus escreve por nós também,
Mesmo que a linha esteja torta,
Ele escreve, e muito bem!
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