Plinio Montagner
Em suas
palestras o historiador e filósofo Leandro Karnal costuma abordar as causas do sucesso.
Uma frase que repete: “Sorte é o nome
que o vagabundo dá para justificar o esforço que ele não fez”.
Faz sentido. Quem
trabalha tem mais “sorte” do que aquele que trabalha menos ou que não faz nada.
É fato que
trabalhando quase tudo acontece, que da inércia nada resulta e que nada provém
do nada, talvez, por exceção, o amor. A chuva não cai por acaso e a temperatura
não sobe nem baixa sem um agente. Tudo provém de uma causa.
Trabalhar,
apesar de gerar conforto, quando é demais, abala a harmonia da família, se menos,
conquista-se menos, mas provê o lar de mais presença e afeição. Quem não faz
nada perde tudo.
Quando não há
limites estabelecidos, nem regras, nem líderes, nem exemplos, nem repressão, a
anarquia se instala. O Universo também necessita de equilíbrio de forças para
se sustentar. A Física o define o como um sistema em que forças se anulam.
A sociedade humana é igual, o homem necessita
de regras e limites para equilibrar necessidades e desejos, deveres e direitos.
Com certeza a
felicidade perderia seu significado se não fosse equilibrada pela tristeza; a
saúde, se não substituísse a dor, e a abastança sem a carência.
Quanto comer,
beber, ceder, negar, trabalhar, amar, descansar, para tudo há uma medida que
deve ser respeitada. O equilíbrio depende do princípio da reciprocidade. Tudo
que é dado volta. É a lei do retorno.
O homem precisa saber
as respostas adequadas ao universo ao redor e às necessidades de seu corpo.
Velocidade, lentidão,
quantidade necessitam de limites. A razão só não explica equações que envolvem sentimentos.
Enquanto a experiência aponta riscos, o coração manda tentar. Nesses momentos,
ser crente, agnóstico ou ateu de nada adianta para desvendar o caráter de uma
pessoa, mas suas atitudes sim.
Segue um
fragmento de um texto enviado por um amigo:
“Quando o
assunto é equilíbrio o problema não é você ser evangélico, católico, judeu, PT,
Bolsonaro, feminista, corintiano, palmeirense, coxinha, mortadela, hétero,
homo, ignorante ou sábio. O problema é o fanatismo. Fanatismo emburrece.
Fanatismo gera guerras”.
Não há nada
contra o fanatismo quando os focos são bem e a paz, todavia parece existir mais
fanatismo do mal do que do bem, que são a bondade, o amor ao próximo, a
amizade, o trabalho, o estudo, a família, a probidade etc.
O
fanático do mal parece que não ouve argumentos contrários, ou não consegue,
pela sua estupidez, permanece no obscurantismo da ignorância que estimula preconceitos
e desamor, renunciando a verdades comprovadas por pessoas
do bem e em todas as instâncias da Justiça.
Joelmir Beting,
jornalista, escreveu há uma década: “Há partidos que começam com presos
políticos e terminam com políticos presos”.
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