As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

terça-feira, 3 de julho de 2018

EQUILÍBRIO



Plinio Montagner

Em suas palestras o historiador e filósofo Leandro Karnal costuma abordar as causas do sucesso.  Uma frase que repete: “Sorte é o nome que o vagabundo dá para justificar o esforço que ele não fez”.
Faz sentido. Quem trabalha tem mais “sorte” do que aquele que trabalha menos ou que não faz nada.
É fato que trabalhando quase tudo acontece, que da inércia nada resulta e que nada provém do nada, talvez, por exceção, o amor. A chuva não cai por acaso e a temperatura não sobe nem baixa sem um agente. Tudo provém de uma causa.
Trabalhar, apesar de gerar conforto, quando é demais, abala a harmonia da família, se menos, conquista-se menos, mas provê o lar de mais presença e afeição. Quem não faz nada perde tudo.
Quando não há limites estabelecidos, nem regras, nem líderes, nem exemplos, nem repressão, a anarquia se instala. O Universo também necessita de equilíbrio de forças para se sustentar. A Física o define o como um sistema em que forças se anulam.
 A sociedade humana é igual, o homem necessita de regras e limites para equilibrar necessidades e desejos, deveres e direitos.
Com certeza a felicidade perderia seu significado se não fosse equilibrada pela tristeza; a saúde, se não substituísse a dor, e a abastança sem a carência.
Quanto comer, beber, ceder, negar, trabalhar, amar, descansar, para tudo há uma medida que deve ser respeitada. O equilíbrio depende do princípio da reciprocidade. Tudo que é dado volta. É a lei do retorno.
O homem precisa saber as respostas adequadas ao universo ao redor e às necessidades de seu corpo.
Velocidade, lentidão, quantidade necessitam de limites. A razão só não explica equações que envolvem sentimentos. Enquanto a experiência aponta riscos, o coração manda tentar. Nesses momentos, ser crente, agnóstico ou ateu de nada adianta para desvendar o caráter de uma pessoa, mas suas atitudes sim.
Segue um fragmento de um texto enviado por um amigo:
 “Quando o assunto é equilíbrio o problema não é você ser evangélico, católico, judeu, PT, Bolsonaro, feminista, corintiano, palmeirense, coxinha, mortadela, hétero, homo, ignorante ou sábio. O problema é o fanatismo. Fanatismo emburrece. Fanatismo gera guerras”.
Não há nada contra o fanatismo quando os focos são bem e a paz, todavia parece existir mais fanatismo do mal do que do bem, que são a bondade, o amor ao próximo, a amizade, o trabalho, o estudo, a família, a probidade etc.
            O fanático do mal parece que não ouve argumentos contrários, ou não consegue, pela sua estupidez, permanece no obscurantismo da ignorância que estimula preconceitos e desamor, renunciando a verdades comprovadas por pessoas do bem e em todas as instâncias da Justiça.
Joelmir Beting, jornalista, escreveu há uma década: “Há partidos que começam com presos políticos e terminam com políticos presos”.


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