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sexta-feira, 17 de junho de 2011
EXERGANDO A SI MESMO, ATRAVÉS DO OUTRO
Ivana Marisa Altafin
Eu me lembro das mulheres e dos homens de antigamente: meus avós, meus pais e meus tios. Como os valores eram diferentes!
O trabalho era o princípio de tudo, era o que importava! Era pelo trabalho que construíam seu patrimônio. Roupas, sapatos, carros, não tinham importância em suas vidas. Eles não tinham estudo, quase nenhuma instrução, mas tinham sim, muita sabedoria. Importante era a formação dos filhos, sua educação, seu estudo. Naquela época as mulheres não trabalhavam fora, seu trabalho era no lar, como esposa e mãe.
O conhecimento empírico é fundamental, passado de geração em geração, o que somos deve-se em parte ao que nos foi passado pelos nossos pais, avós, tios e outros familiares que convivemos desde pequenos. Sábio é aquele que valoriza e usufrui da vivência dos mais velhos.
Penso que não é o grau de escolaridade que faz uma pessoa, pois existem muitas sem formação acadêmica, mas com uma sabedoria diferenciada, que nos cativam e nos atraem.
Embora seja notável sua emancipação, galgando a cada dia mais espaço em diversos segmentos da sociedade, ainda vemos nos dias de hoje, muitas mulheres distantes de assuntos de relevância mundial, como meio ambiente, família e outros que envolvem a sociedade como um todo. Quem teve a oportunidade de estudar, deveria usar seus conhecimentos acadêmicos atuando de maneira eficaz em prol de uma sociedade mais justa.
Muitas mulheres fazem das suas roupas, das suas bolsas e dos seus sapatos, não o assunto predileto, mas o único de suas vidas. Claro que comprar uma bolsa, um sapato, uma roupa, é bom. Sentir-se bonita (o) é importante, faz bem para a auto-estima, mas antes de buscarmos a felicidade em coisas materiais, precisamos encontrá-la dentro de nós. Como em tudo há um lado positivo, devemos ser gratos a essas pessoas, pois é nelas que temos a oportunidade de nos enxergar.
Quanto mais observamos, mais nos conhecemos, aprendemos e crescemos. Somos humanos, com imperfeições, e, por meio dessas imperfeições diárias do nosso convívio, temos a oportunidade de mudar pois é também no outro que enxergamos nossos defeitos e nossas qualidades.
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Escritores amigos - Ivana Marisa Altafin
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