Ivana Maria França de Negri
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu pela retirada do livro Os cem melhores contos do século da grade de leitura obrigatória da rede estadual de ensino quando pais indignados com o conteúdo de alguns contos, altamente pornográficos, resolveram se pronunciar.
Muita gente ligada à literatura repudiou o ato, dando a entender que pais, professores e juízes têm mentalidade retrógrada e isso é a volta da censura. Sustentam que nada deve ser censurado, e em se tratando de literatura, uma arte, tudo deve ser liberado, mesmo estando longe dos limites éticos, morais e espirituais, taxando essa ação de hipocrisia de falsos moralistas.
Os nutricionistas afirmam que somos o que comemos. Se nos entupirmos de bebidas alcoolicas, de cigarros e alimentos gordurosos, nosso organismo vai chiar, e mais cedo ou mais tarde, chegam os cânceres e outras patologias resultantes dos exageros.
Além do corpo de carne, possuímos um fluído vital, que anima o corpo, ao qual damos o nome de espírito ou alma, como queiram. E esse fluído energético também necessita nutrir-se. Se alimentarmos essa essência vital com violência, pornografia, obscenidades e toda espécie de lixo mental, certamente esse bolo indigesto vai fazer muito mal à saúde da alma.
Não se trata de preconceito e nem de aversão ao sexo. O problema é a maneira de abordar certos assuntos e a escolha infeliz das palavras, já que o livro em questão ia ser lido por milhares de adolescentes.
Concordo que cada autor tem todo o direito e liberdade de escrever sobre o assunto que quiser, da maneira que lhe aprouver, com palavreado chulo ou conteúdo pornográfico, mas o Ministério da Educação tem por dever, pois essa é a sua função, rejeitar esse tipo de leitura para fins didáticos. Crianças e adolescentes são indivíduos em fase de formação e tudo o que aprendem nessa fase da vida pode influenciá-los pelo resto dela. É diferente de um adulto com opinião já formada.
Desde quando pornografia é progresso e moralidade é retrocesso? Se a literatura é a representação da realidade, estamos mal das pernas... Discorrer sobre incesto, pedofilia, perversidade e violência, é incentivar atitudes negativas.
Não existe liberdade absoluta. Ninguém é completamente livre quer seja para escrever ou agir. Ninguém tem liberdade para sair nu pelas ruas sem ser preso. E também será detido se sair esbofeteando, atirando e matando.
Para tudo existem limites, parâmetros, as pessoas necessitam de freios. E além disso, a mesma história pode ser contada de diversas maneiras, é só ter mais critério na escolha dos termos, pois muitos escritores gostam de chocar, apelam para aparecer e obter notoriedade.
A seleção dos Cem Melhores Contos do Século foi feita por apenas uma pessoa. Eram os melhores na sua concepção, tanto que muitos autores excelentes ficaram de fora.
E para encerrar, o termo censura foi muito mal utilizado pela imprensa. A palavra correta seria critérios, já que o livro em questão continua a ser vendido nas livrarias e disponível nas bibliotecas para quem quiser. Apenas não foi aprovado para ser lido por determinada faixa etária. Não existem esses mesmos critérios para filmes exibidos nos cinemas?
Isso é bom senso e não censura.
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu pela retirada do livro Os cem melhores contos do século da grade de leitura obrigatória da rede estadual de ensino quando pais indignados com o conteúdo de alguns contos, altamente pornográficos, resolveram se pronunciar.
Muita gente ligada à literatura repudiou o ato, dando a entender que pais, professores e juízes têm mentalidade retrógrada e isso é a volta da censura. Sustentam que nada deve ser censurado, e em se tratando de literatura, uma arte, tudo deve ser liberado, mesmo estando longe dos limites éticos, morais e espirituais, taxando essa ação de hipocrisia de falsos moralistas.
Os nutricionistas afirmam que somos o que comemos. Se nos entupirmos de bebidas alcoolicas, de cigarros e alimentos gordurosos, nosso organismo vai chiar, e mais cedo ou mais tarde, chegam os cânceres e outras patologias resultantes dos exageros.
Além do corpo de carne, possuímos um fluído vital, que anima o corpo, ao qual damos o nome de espírito ou alma, como queiram. E esse fluído energético também necessita nutrir-se. Se alimentarmos essa essência vital com violência, pornografia, obscenidades e toda espécie de lixo mental, certamente esse bolo indigesto vai fazer muito mal à saúde da alma.
Não se trata de preconceito e nem de aversão ao sexo. O problema é a maneira de abordar certos assuntos e a escolha infeliz das palavras, já que o livro em questão ia ser lido por milhares de adolescentes.
Concordo que cada autor tem todo o direito e liberdade de escrever sobre o assunto que quiser, da maneira que lhe aprouver, com palavreado chulo ou conteúdo pornográfico, mas o Ministério da Educação tem por dever, pois essa é a sua função, rejeitar esse tipo de leitura para fins didáticos. Crianças e adolescentes são indivíduos em fase de formação e tudo o que aprendem nessa fase da vida pode influenciá-los pelo resto dela. É diferente de um adulto com opinião já formada.
Desde quando pornografia é progresso e moralidade é retrocesso? Se a literatura é a representação da realidade, estamos mal das pernas... Discorrer sobre incesto, pedofilia, perversidade e violência, é incentivar atitudes negativas.
Não existe liberdade absoluta. Ninguém é completamente livre quer seja para escrever ou agir. Ninguém tem liberdade para sair nu pelas ruas sem ser preso. E também será detido se sair esbofeteando, atirando e matando.
Para tudo existem limites, parâmetros, as pessoas necessitam de freios. E além disso, a mesma história pode ser contada de diversas maneiras, é só ter mais critério na escolha dos termos, pois muitos escritores gostam de chocar, apelam para aparecer e obter notoriedade.
A seleção dos Cem Melhores Contos do Século foi feita por apenas uma pessoa. Eram os melhores na sua concepção, tanto que muitos autores excelentes ficaram de fora.
E para encerrar, o termo censura foi muito mal utilizado pela imprensa. A palavra correta seria critérios, já que o livro em questão continua a ser vendido nas livrarias e disponível nas bibliotecas para quem quiser. Apenas não foi aprovado para ser lido por determinada faixa etária. Não existem esses mesmos critérios para filmes exibidos nos cinemas?
Isso é bom senso e não censura.
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