CARTAS DE AMOR III
Elias Jorge
Querida, algo me preocupa no momento, quando me vejo envolvido por uma espécie de clareza que se atribui aos insanos. Escrevo minhas cartas a ti e, mentalmente, sinto receber as respostas. Sinceramente não sei como reagir a essa situação, se real ou irreal, se fruto da minha mente, ou das lembranças a que estou algemado. Estas me provocam e às vezes me machucam, pois o amor que jorrava de ti para mim jamais o percebi no melhor momento da vida. Desertor que fui de tuas virtudes, por castigo vivo agora o gelo do arrependimento. E por este vou cavando buracos no silêncio para esconder-me de mim mesmo. Mas em vão. Breve o cobertor do frio das horas paradas deverá me agasalhar. Beijo-te, retalhando meu coração com lâminas de amor, para que sintas o quanto te amei sem ter sabido demonstrar.
Elias Jorge
Querida, algo me preocupa no momento, quando me vejo envolvido por uma espécie de clareza que se atribui aos insanos. Escrevo minhas cartas a ti e, mentalmente, sinto receber as respostas. Sinceramente não sei como reagir a essa situação, se real ou irreal, se fruto da minha mente, ou das lembranças a que estou algemado. Estas me provocam e às vezes me machucam, pois o amor que jorrava de ti para mim jamais o percebi no melhor momento da vida. Desertor que fui de tuas virtudes, por castigo vivo agora o gelo do arrependimento. E por este vou cavando buracos no silêncio para esconder-me de mim mesmo. Mas em vão. Breve o cobertor do frio das horas paradas deverá me agasalhar. Beijo-te, retalhando meu coração com lâminas de amor, para que sintas o quanto te amei sem ter sabido demonstrar.
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