Para conhecer os amigos... viaje com eles!
Plinio Montagner
Acontece! Dois amigos, duas amigas que se adoram, dois ou três casais, um grupo da terceira idade, qualquer idade, resolvem viajar.
Sabem daquele lado B que a gente esconde e disfarça, e que só é demonstrado em momentos de fortes emoções? Pois é. No caso de uma viagem esse lado oculto logo se expõe nos primeiros dias. Viajar com amigos significa compromisso de um estar ao lado do outro, fazer compras, passeios, comer, beber etc. E por isso, qualquer viagem pode se tornar maravilhosa, inesquecível, ou desastrosa.
Viajar é bom de qualquer jeito. Mas existem viagens em que se perde tempo, dinheiro e se estressa além do devido.
Num restaurante, por exemplo, estando em grupo, para não haver algum constrangimento e situações embaraçosas é muito importante combinar como serão divididas as despesas. Assim, todos ficarão à vontade para pedir o prato do seu gosto e a bebida preferida.
Fatos engraçados, é claro, acontecem numa viagem.
Estávamos almoçando num restaurante em Viena, lugar maravilhoso, piano ao ar livre, e um amigo faminto encarava o cardápio. Tudo em alemão. Mas para facilitar a vida dos turistas, ao lado da descrição dos ingredientes havia um desenho do prato.
Foi pelo desenho: - Vou querer este aqui.
Quando chegou o pedido, olhou, olhou - tudo verde, e no centro um ovo estrelado - amarelinho, bonito. Devagarzinho nosso amigo começou a levantar o ovo para ver se havia alguma coisa embaixo. Era só aquilo mesmo. Tentou passar o prato problema à sua mulher.
- O que você está fazendo?
- Eu não vou comer isso.
- Foi você que pediu. Coma
Uma fome danada; espinafre e ovo... Comeu.
Turista sofre. Só não sofre o rico que viaja apenas com a bagagem de mão.
A escritora Danuza Leão escreveu em seu livro Na sala com Danuza um parágrafo apropriado:
"Muitos anos atrás eu viajava de Londres a Paris com Grace Kelly no mesmo voo. Quando o avião aterrissou, um Rolls Royce estacionou na pista, bem na porta. Ela saltou com sua bolsinha de mão e foi embora, loura e linda, sem passar por controle de passaportes, esteira de bagagem0, sem ter de trocar dinheiro, nada".
Viajar com amigos é mesmo engraçado, descobrimos comportamentos inimagináveis. Deparamos com o tipo gastador, o "mão fechada", o fotógrafo, quem gosta de piadas, de música, o nervoso, apressado, o intelectual, o distraído, esquecido...
Existe sempre o desconfiado. Esse não consegue ficar sem dar uma checada na soma e nos pedidos.
- Garçom! Tomamos quinze chopes e está marcado dezesseis. E esse prato nós não pedimos.
Essa conferência é apropriada, mas seria bom não voltar ao mesmo restaurante.
A pontualidade é sempre muito importante, principalmente numa viagem com outras pessoas. É imperdoável fazer-se esperar.
Estou entre distraídos e esquecidos. Esqueço óculos, carteira, documentos. Minha memória espacial é horrorosa. Uma vez eu entrei numa loja, dei umas voltas e saí pelo outro lado. É claro que perdi a turma e minha mulher.
Em qualquer viagem a outro país alguém precisa falar o idioma deles. O inglês é universal. Resolve problemas de malas extraviadas, no hotel, passagens, lojas, taxistas etc.
Sempre numa viagem a gente acaba conhecendo os madrugadores. Levantam às quatro da manhã e ficam zanzando pelo hotel e vizinhanças. Ah! O dorminhoco é de matar.
Viajar para ficar dormindo?
Igrejas e museus são lugares maravilhosos. É ver e rever. Mas algumas pessoas exageram.
No grupo sempre tem os tipos atletas e os cansados. Disposição demais, e quem está sempre cansado não dá certo. Confunde a turma.
Quem não fala nenhuma língua sofre muito em outro país. Estávamos num bar em Paris e uma querida amiga pediu-me para ajudá-la a chamar o garçom. Ela não entendia minha explicação. Um barulho danado. Então escrevi num guardanapo como se pronunciava: SILVUPLÉ (s´il vous plaît) - que é o equivalente ao "por favor" em francês).
Aí ficou pior: em vez falar mostrou o papel ao garçom.
Resumindo, antes de combinar uma viagem ou de comprar as passagens devemos ter cuidado para não sermos mala para os outros nem carregar - os malas.
Amigos são maravilhosos, mas às vezes é melhor ficar perto deles e eles de nós por aqui mesmo...
Fim
Acontece! Dois amigos, duas amigas que se adoram, dois ou três casais, um grupo da terceira idade, qualquer idade, resolvem viajar.
Sabem daquele lado B que a gente esconde e disfarça, e que só é demonstrado em momentos de fortes emoções? Pois é. No caso de uma viagem esse lado oculto logo se expõe nos primeiros dias. Viajar com amigos significa compromisso de um estar ao lado do outro, fazer compras, passeios, comer, beber etc. E por isso, qualquer viagem pode se tornar maravilhosa, inesquecível, ou desastrosa.
Viajar é bom de qualquer jeito. Mas existem viagens em que se perde tempo, dinheiro e se estressa além do devido.
Num restaurante, por exemplo, estando em grupo, para não haver algum constrangimento e situações embaraçosas é muito importante combinar como serão divididas as despesas. Assim, todos ficarão à vontade para pedir o prato do seu gosto e a bebida preferida.
Fatos engraçados, é claro, acontecem numa viagem.
Estávamos almoçando num restaurante em Viena, lugar maravilhoso, piano ao ar livre, e um amigo faminto encarava o cardápio. Tudo em alemão. Mas para facilitar a vida dos turistas, ao lado da descrição dos ingredientes havia um desenho do prato.
Foi pelo desenho: - Vou querer este aqui.
Quando chegou o pedido, olhou, olhou - tudo verde, e no centro um ovo estrelado - amarelinho, bonito. Devagarzinho nosso amigo começou a levantar o ovo para ver se havia alguma coisa embaixo. Era só aquilo mesmo. Tentou passar o prato problema à sua mulher.
- O que você está fazendo?
- Eu não vou comer isso.
- Foi você que pediu. Coma
Uma fome danada; espinafre e ovo... Comeu.
Turista sofre. Só não sofre o rico que viaja apenas com a bagagem de mão.
A escritora Danuza Leão escreveu em seu livro Na sala com Danuza um parágrafo apropriado:
"Muitos anos atrás eu viajava de Londres a Paris com Grace Kelly no mesmo voo. Quando o avião aterrissou, um Rolls Royce estacionou na pista, bem na porta. Ela saltou com sua bolsinha de mão e foi embora, loura e linda, sem passar por controle de passaportes, esteira de bagagem0, sem ter de trocar dinheiro, nada".
Viajar com amigos é mesmo engraçado, descobrimos comportamentos inimagináveis. Deparamos com o tipo gastador, o "mão fechada", o fotógrafo, quem gosta de piadas, de música, o nervoso, apressado, o intelectual, o distraído, esquecido...
Existe sempre o desconfiado. Esse não consegue ficar sem dar uma checada na soma e nos pedidos.
- Garçom! Tomamos quinze chopes e está marcado dezesseis. E esse prato nós não pedimos.
Essa conferência é apropriada, mas seria bom não voltar ao mesmo restaurante.
A pontualidade é sempre muito importante, principalmente numa viagem com outras pessoas. É imperdoável fazer-se esperar.
Estou entre distraídos e esquecidos. Esqueço óculos, carteira, documentos. Minha memória espacial é horrorosa. Uma vez eu entrei numa loja, dei umas voltas e saí pelo outro lado. É claro que perdi a turma e minha mulher.
Em qualquer viagem a outro país alguém precisa falar o idioma deles. O inglês é universal. Resolve problemas de malas extraviadas, no hotel, passagens, lojas, taxistas etc.
Sempre numa viagem a gente acaba conhecendo os madrugadores. Levantam às quatro da manhã e ficam zanzando pelo hotel e vizinhanças. Ah! O dorminhoco é de matar.
Viajar para ficar dormindo?
Igrejas e museus são lugares maravilhosos. É ver e rever. Mas algumas pessoas exageram.
No grupo sempre tem os tipos atletas e os cansados. Disposição demais, e quem está sempre cansado não dá certo. Confunde a turma.
Quem não fala nenhuma língua sofre muito em outro país. Estávamos num bar em Paris e uma querida amiga pediu-me para ajudá-la a chamar o garçom. Ela não entendia minha explicação. Um barulho danado. Então escrevi num guardanapo como se pronunciava: SILVUPLÉ (s´il vous plaît) - que é o equivalente ao "por favor" em francês).
Aí ficou pior: em vez falar mostrou o papel ao garçom.
Resumindo, antes de combinar uma viagem ou de comprar as passagens devemos ter cuidado para não sermos mala para os outros nem carregar - os malas.
Amigos são maravilhosos, mas às vezes é melhor ficar perto deles e eles de nós por aqui mesmo...
Fim
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