Navigare necesse est...
Richard Mathenhauer
Matando o tempo, antes que o tempo me enterre (lembrando Machado de Assis): assim fiquei navegando neste mar não menos perigoso, que é o mar "virtual". Porque também neste mar se faz preciso navegar... talvez viver não, embora, neste mar, naveguemos para viver, por viver! E Eu queria viver e por isso navegava.
Então, num Bojador qualquer você surgiu com seus olhos azuis, e fez-se azul o céu desta tarde nublada do primeiro dia. Dois olhos azuis como se fossem o céu pousado sobre mim, não o céu de Bandeira, que Bandeira só fez pôr no papel o que o Coração sentia. E é assim mesmo, sentia como se o Céu nos (me) olhasse...
Uma pena que, assim como o céu se anuvia, os seus olhos se fecharam e se foram... Não digo que fiquei à deriva, porque voltei, e estou aqui, e escrevo. Eu penso agora é em jogar garrafas com mensagens (a quem? A um nome, e que é um nome?), como faziam os náufragos, porque naufraguei no azul dos seus olhos, que não são apenas do Céu - agora o sei -, mas deste imenso Mar Português!
Nenhum comentário:
Postar um comentário