ASAS DO AMOR...
Maria Emília M. Redi
Era uma linda manhã de sol! O mar deslizava suavemente seus encantos por toda orla.
Da janela, semi aberta, daquele apartamento do sexto andar, Luca, um rapazinho de uns sete anos, preso em uma cadeira de rodas, observava tudo lá fora e vibrava com a euforia das crianças brincando, mesmo sabendo que não podia compartilhar daqueles folguedos infantis, nada alterava o seu ânimo e alegria de viver.
O céu escureceu de repente. Lá para os lados da serra, as nuvens, que há pouco tempo estavam espalhadas como flocos de algodão, concentraram-se em um manto negro. A tempestade não tardaria!
Luca chamou a mãe para ajudá-lo a fechar a janela escancarada pela ventania que, além de fazer esvoaçarem nervosamente as cortinas, ia derrubando tudo o que encontrava em seu caminho. Tudo foi tão rápido. Mas, a espera pela mãe parecia uma eternidade.
O menino, desesperadamente, tentava com todas suas forças fechar a janela, mas não conseguia. De repente, um objeto foi atirado em seu colo com uma fúria indescritível. Neste exato momento chegaram a mãe e a empregada.
No colo de Luca o objeto trazido do céu movimentava-se indelével.
Era um pequenino pássaro, caído do ninho, ainda com a penugem rala e com o coraçãozinho disparado pelo susto.
Luca o abrigou com carinho. Voltou para a mãe um olhar suplicante - pedindo para ficar com o pequenino ser alado até que ele pudesse voar. A mãe consentiu.
O menino, muito feliz, passou a cuidar diariamente deste seu novo amiguinho enquanto ele crescia transbordando vitalidade e encanto. O tempo voou... até que chegou o dia de soltá-lo em seu habitat.
Toda a família acompanhou Luca na entrega do pássaro às suas origens.
Abrindo as mãos que seguravam carinhosamente o seu protegido, deu um suspiro, e lançou-o ao ar - Voa livre pelos ares meu amigo! Um dia nos reencontraremos...
O menino voltou para casa e todas as manhãs observava de sua janela a vida vibrando lá fora. Às vezes, seu olhar perdia-se no infinito, viajando nos sonhos de criança ou esperando ver o amiguinho alado. - Só mais uma vez...
Numa manhã ensolarada, destas que nos trazem bons fluídos, Luca encontrou uma bela surpresa no parapeito da janela - não só era o seu amiguinho que ali encontrava-se, mas, também, sua companheira para mostrá-la ao grande amigo, que, um dia, tinha-lhe restituído a chance de voar.
Maria Emília M. Redi
Era uma linda manhã de sol! O mar deslizava suavemente seus encantos por toda orla.
Da janela, semi aberta, daquele apartamento do sexto andar, Luca, um rapazinho de uns sete anos, preso em uma cadeira de rodas, observava tudo lá fora e vibrava com a euforia das crianças brincando, mesmo sabendo que não podia compartilhar daqueles folguedos infantis, nada alterava o seu ânimo e alegria de viver.
O céu escureceu de repente. Lá para os lados da serra, as nuvens, que há pouco tempo estavam espalhadas como flocos de algodão, concentraram-se em um manto negro. A tempestade não tardaria!
Luca chamou a mãe para ajudá-lo a fechar a janela escancarada pela ventania que, além de fazer esvoaçarem nervosamente as cortinas, ia derrubando tudo o que encontrava em seu caminho. Tudo foi tão rápido. Mas, a espera pela mãe parecia uma eternidade.
O menino, desesperadamente, tentava com todas suas forças fechar a janela, mas não conseguia. De repente, um objeto foi atirado em seu colo com uma fúria indescritível. Neste exato momento chegaram a mãe e a empregada.
No colo de Luca o objeto trazido do céu movimentava-se indelével.
Era um pequenino pássaro, caído do ninho, ainda com a penugem rala e com o coraçãozinho disparado pelo susto.
Luca o abrigou com carinho. Voltou para a mãe um olhar suplicante - pedindo para ficar com o pequenino ser alado até que ele pudesse voar. A mãe consentiu.
O menino, muito feliz, passou a cuidar diariamente deste seu novo amiguinho enquanto ele crescia transbordando vitalidade e encanto. O tempo voou... até que chegou o dia de soltá-lo em seu habitat.
Toda a família acompanhou Luca na entrega do pássaro às suas origens.
Abrindo as mãos que seguravam carinhosamente o seu protegido, deu um suspiro, e lançou-o ao ar - Voa livre pelos ares meu amigo! Um dia nos reencontraremos...
O menino voltou para casa e todas as manhãs observava de sua janela a vida vibrando lá fora. Às vezes, seu olhar perdia-se no infinito, viajando nos sonhos de criança ou esperando ver o amiguinho alado. - Só mais uma vez...
Numa manhã ensolarada, destas que nos trazem bons fluídos, Luca encontrou uma bela surpresa no parapeito da janela - não só era o seu amiguinho que ali encontrava-se, mas, também, sua companheira para mostrá-la ao grande amigo, que, um dia, tinha-lhe restituído a chance de voar.
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