As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O CASAMENTO

O CASAMENTO
Dorayrtes S.S. Vitti

José e Maria, vamos chamá-los assim, conheceram-se numa festa. Ela de vestido rosa, com flores suaves. O rosto, belíssimo, com sorrisos envolventes, uma deusa.
O rapaz, bem vestido não lhe tirava os olhos embevecidos com tanta beleza. Aquele encantamento Foi o começo do namoro que durou um ano. Época maravilhosa aquela! De mãos dadas seguiam com a cabeça cheia de projetos e sonhos.
Afinal chegou o dia mais importante para aquele casal que iria diante do altar, jurar a Deus e aos homens seu eterno amor.
O Amor é dom de Deus que demonstrou aos homens o seu imenso amor dando-se em sacrifício por eles. Maria e José, diante do altar, prometeram amor eterno, assim, foi durante a vida inteira.
A noiva foi a mais bela da temporada em seu vestido branco, esvoaçante, e diáfano fazia lembrar um anjo com a coroa brilhante sobre seus longos cabelos.
Ele, em seu terno branco, empertigado e sério, era um príncipe dos contos de fadas.
Os convidados cochichavam elogiando a beleza do par dizendo : aí está um casal destinado a viver junto para sempre.
Festas, doces, bolos, bebidas, flores, luzes, tudo a que tiveram direito na lua-de-mel na praia.
Vejamos o que acontece dois anos depois.
Nasceu o primeiro bebê para alegria dos pais, dos avôs e tios (as) encantados com aquele ser tão pequeno e frágil. Ele se tornaria o herdeiro da família.
Maria envolveu com o maior desvelo para com o bebê – o seu segundo amor – já que José era o primeiro.
Nasceu, logo depois, o segundo filho e desta vez uma menina, rechonchuda, com as faces coradas, cabelinhos louros como os da mãe.
O serviço da casa, com dois filhos, tornou-se pesado para Maria que corria o dia todo com fraldas, mamadeiras e papinhas. Mesmo assim, não se descuidava das roupas do José que trabalhava no escritório e precisava estar sempre impecável.
Aí começou ao drama do casal. Maria ficou desleixada, consigo mesma. Nem se lembrava qual foi a última vista ao cabeleireiro ou à costureira. Não achava um tempo para tomar banho e lavar os cabelos com xampus. Seu banho de demorado passou a um banho rápido com um pedaço de sabonete.
No escritório, José trabalhava com secretárias elegantes, em seus saltos altos e sempre alegres e perfumadas...
Preciso dizer o que aconteceu? Deduzam vocês mesmos.
Certo dia José chegou tarde em casa e pensou:
- Onde está aquela deusa maravilhosa, alegre e sorridente, com quem me casei?
No primeiro ano de casados ela o esperava com um grande sorriso e com um jantarzinho à luz das velas Agora, ao vê-lo chegar dizia simplesmente: o jantar está no forno.
Atentam bem, meninas casadoiras: os filhos são bênçãos de Deus, são anjinhos precisando dos pais. Devem ser bem cuidados. A casa precisa estar limpa e em ordem. Pensem bem: a mulher inteligente acha sempre um tempinho para ela.
Maria foi limpar o espelho da sala e o que viu a assustou: eu não sou essa aí. Este susto valeu-lhe uma lição. Desse dia em diante acabou o tempo para ela. Voltou a ser aquela deusa de outrora. Ganhou experiência e bom senso.
José chegou à tarde e espantou-se ao ver a mesa posta com 4 pratos , para eles e as crianças, um vasinho no centro com um botão de rosas, sorriu e lágrimas rolaram de seus olhos.
Lembrem-se porém; o casamento não será para sempre, se não houver amor, amizade, perdão, fidelidade e participação dos dois: marido e esposa.

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