Corpo presente, alma ausente
Carmen M.S.F.Pilotto
Aspiro as páginas das bibliotecas vorazmente, brinco com Lobato, relembro Alencar, dramatizo com Machado de Assis. E, assim, supro a alma repleta de carências sociais, preencho lacunas de afetividade com borbotões de palavras que geram aventuras de uma realidade virtual. Enquanto os internautas vão com o fubá, eu já voltei com a polenta sem precisar de nenhum software sofisticado. Sílabas, palavras, frases, parágrafos – destinos tracejados. Água salgada que adentra ao escritório onde estou em uma jangada ao desvario, fruta madura que derrama o sumo doce da infância, dança roubada no baile de debutantes pelo lindo rapaz de terno de linho riscado e olhar sorrateiro.
Em diversos momentos, olho pela janela e não vejo o céu nublado. A amplidão de meus sonhos soma-se ao devaneio alheio e abre-se então uma nova dimensão. Que importa a pilha de arquivo transbordando, neste momento vesti minhas asas de Ícaro e estou sobrevoando as ilhas dos mares do sul.
Aspiro as páginas das bibliotecas vorazmente, brinco com Lobato, relembro Alencar, dramatizo com Machado de Assis. E, assim, supro a alma repleta de carências sociais, preencho lacunas de afetividade com borbotões de palavras que geram aventuras de uma realidade virtual. Enquanto os internautas vão com o fubá, eu já voltei com a polenta sem precisar de nenhum software sofisticado. Sílabas, palavras, frases, parágrafos – destinos tracejados. Água salgada que adentra ao escritório onde estou em uma jangada ao desvario, fruta madura que derrama o sumo doce da infância, dança roubada no baile de debutantes pelo lindo rapaz de terno de linho riscado e olhar sorrateiro.
Em diversos momentos, olho pela janela e não vejo o céu nublado. A amplidão de meus sonhos soma-se ao devaneio alheio e abre-se então uma nova dimensão. Que importa a pilha de arquivo transbordando, neste momento vesti minhas asas de Ícaro e estou sobrevoando as ilhas dos mares do sul.
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