SONHO DE CONSUMO
Carmen M.S.F. Pilotto
- A Estação da Paulista foi sabiamente revitalizada. Com jardins estruturados, permite que os usuários possam usufruir de momentos de esporte, lazer e interação familiar. Os funcionários estrategicamente dispostos zelam cuidadosamente pelo bem público. A iluminação permite um convívio harmonioso e saudável. Todas as classes sociais estão presentes, trata-se de mais um espaço coletivo que resgata a valorização do cidadão piracicabano -
Eram duas senhorinhas de frágil compleição. Trajadas franciscanamente, sem preocupação em portar vestes esportivas, apresentavam camisa, saia e rasteirinhas. Os birotes, arquitetonicamente arranjados, de uma maciez alva e rala denotaram uma idade já avançada. Mas a agilidade dos movimentos e a cumplicidade das prosas iluminavam a pista dos caminhantes. Em um pôr-do-sol alaranjado, integravam um cenário de simplicidade voluntária, que poderia servir de citação em qualquer artigo científico sobre desapego material. Olhavam-se e no reflexo de suas almas sorriam risos da mais pura felicidade. Tive inveja delas, daquela leveza de recortar um momento e esvair-se na fluidez de uma ausência voluntária. A fonte, repentinamente, jorrou águas aos borbotões, como se saudasse um convívio harmonioso. As flores, de amarelo aveludado, formaram molduras douradas nos pisos simetricamente assentados.
Ao fundo, um teatro de fantoches, artistas entoam ternamente: “Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado”. Música perfeita para uma cena esteticamente inesquecível...
Carmen M.S.F. Pilotto
- A Estação da Paulista foi sabiamente revitalizada. Com jardins estruturados, permite que os usuários possam usufruir de momentos de esporte, lazer e interação familiar. Os funcionários estrategicamente dispostos zelam cuidadosamente pelo bem público. A iluminação permite um convívio harmonioso e saudável. Todas as classes sociais estão presentes, trata-se de mais um espaço coletivo que resgata a valorização do cidadão piracicabano -
Eram duas senhorinhas de frágil compleição. Trajadas franciscanamente, sem preocupação em portar vestes esportivas, apresentavam camisa, saia e rasteirinhas. Os birotes, arquitetonicamente arranjados, de uma maciez alva e rala denotaram uma idade já avançada. Mas a agilidade dos movimentos e a cumplicidade das prosas iluminavam a pista dos caminhantes. Em um pôr-do-sol alaranjado, integravam um cenário de simplicidade voluntária, que poderia servir de citação em qualquer artigo científico sobre desapego material. Olhavam-se e no reflexo de suas almas sorriam risos da mais pura felicidade. Tive inveja delas, daquela leveza de recortar um momento e esvair-se na fluidez de uma ausência voluntária. A fonte, repentinamente, jorrou águas aos borbotões, como se saudasse um convívio harmonioso. As flores, de amarelo aveludado, formaram molduras douradas nos pisos simetricamente assentados.
Ao fundo, um teatro de fantoches, artistas entoam ternamente: “Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado”. Música perfeita para uma cena esteticamente inesquecível...
Um comentário:
Data: 13/10/2009, 11:27:11 pm
Nome: Marisa Bueloni
Amigos do GOLP: Paz e Bem!
Venho cumprimentar a todos por esta beleza de blog, pelo conteúdo, pelas matérias publicadas. Quero agradecer à Ivana a publicação do meu texto "Buganvílias" e manifestar o quanto me sinto honrada por figurar neste espaço tão digno!
Um forte abraço da Marisa Bueloni
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