Fantasia com floresMaria Cecilia Graner Fessel
Pegar todos os sonhos da infância e semear com eles um canteiro de singelas margaridinhas, sempre-vivas amarelas e flox coloridos, misturados com girassóis gigantes e amores-perfeitos com suas carinhas de gato. Deixar que brotem desordenadas, enroscando-se fraternalmente umas nas outras, balançando-se juntas sob a brisa, sorrindo para o sol e para as gotas de chuva, todas igualmente belas, sem discriminação de cores ou tamanhos..
.
Metamorfosear a adolescência em canteiros de rosas: brancas para os primeiros e inocentes amores, amarelas representando os mais vibrantes e alegres ideais, rosadas como as emergentes esperanças e planos de futuro, vermelhas como as primeiras iras, decepções e projetos desfeitos, mas também simbolizando os ardentes arroubos inaugurais do corpo e da alma em evolução...
Cultivar em muitas jardineiras as complicadas flores da maturidade, reunindo em um bloco as sofisticadas orquídeas das realizações, cuidadosamente semeadas e, no bloco oposto, as passifloras escancaradas, obscenas, despudoradas em seus múltiplos desejos. Acarinhar com frescas sombras as delicadas violetas das amizades doces e sinceras, adubar com zelo as azaléias do conhecimento para que cresçam muito, se espalhem, sejam duradouras e frutifiquem mil por um.
E , finalmente, na velhice, abrir totalmente os portões desse jardim , retrato de toda uma vida, como um convite ao Grande Jardineiro, e esperar de Suas Mãos Benditas as últimas podas, serenamente, até o dia da colheita definitiva, aspirando, apenas, ser um adorno a mais na obra da Criação...
Pegar todos os sonhos da infância e semear com eles um canteiro de singelas margaridinhas, sempre-vivas amarelas e flox coloridos, misturados com girassóis gigantes e amores-perfeitos com suas carinhas de gato. Deixar que brotem desordenadas, enroscando-se fraternalmente umas nas outras, balançando-se juntas sob a brisa, sorrindo para o sol e para as gotas de chuva, todas igualmente belas, sem discriminação de cores ou tamanhos..
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Metamorfosear a adolescência em canteiros de rosas: brancas para os primeiros e inocentes amores, amarelas representando os mais vibrantes e alegres ideais, rosadas como as emergentes esperanças e planos de futuro, vermelhas como as primeiras iras, decepções e projetos desfeitos, mas também simbolizando os ardentes arroubos inaugurais do corpo e da alma em evolução...
Cultivar em muitas jardineiras as complicadas flores da maturidade, reunindo em um bloco as sofisticadas orquídeas das realizações, cuidadosamente semeadas e, no bloco oposto, as passifloras escancaradas, obscenas, despudoradas em seus múltiplos desejos. Acarinhar com frescas sombras as delicadas violetas das amizades doces e sinceras, adubar com zelo as azaléias do conhecimento para que cresçam muito, se espalhem, sejam duradouras e frutifiquem mil por um.
E , finalmente, na velhice, abrir totalmente os portões desse jardim , retrato de toda uma vida, como um convite ao Grande Jardineiro, e esperar de Suas Mãos Benditas as últimas podas, serenamente, até o dia da colheita definitiva, aspirando, apenas, ser um adorno a mais na obra da Criação...
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