Dirce Ramos
de Lima
O cientista não pode
provar
que o Deus dos
humildes era falso
então uniu-se a eles ,
para provar ao
mundo que Deus existia.
Juntou as
fórmulas,
reuniu os
elementos,
fez todas as
operações matemáticas
que sua mente de
sábio arquitetara
e, foi dando as
equações
uma nova
descoberta
No cadinho ferviam
e referviam cinzas,
nos tubos
destilavam e surgiam novos gazes,
até que um dia,
para zombar do
homem,
para castigar o
homem
um fluído,
incandescente e novo,
gemeu dizendo:
Eis-me aqui, sou Deus!
O cientista olhava
alucinado,
o coração
ressuscitado e jovem
enlouquecia dentro
do peito.
Murmurava cabisbaixo
e estranho:
descobri Deus, tenho
em minhas mãos,
concreta e visível,
a existência de Deus.
Nesse dia, não havia
mais segredos
pois descobrira com
seu saber potente mas glorioso
o segredo dos
segredos,
porquê dos porquês.
Era tudo claro e
patente...
A natureza resignada
curvara-se ao homem,
A vida definira-se
num laboratório,
A Fórmula Divina
respondia todas as perguntas.
Então o cientista,
E todos os homens
que creram nele,
Aturdidos
atiraram-se ao desespero
Pedindo clemência
por tão nefando crime.
Suplicaram a Deus
que se fosse de seus olhos para sempre,
que se escondesse
num reino sobrenatural,
pois desde o dia em
que se provou que Deus existia
deixou de existir
Deus no coração dos homens!
Um comentário:
Que bom ser relembrada nesse importante e querido blog!
Acompanho, com o maior carinho, tantas atividades!
Escrever já nem é arte: é semear devoção pelo milagre da vida!
Grata!
Postar um comentário