As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

sexta-feira, 30 de março de 2012

CRUCIFICAÇÃO - Leda Coletti




Há muitos tipos de crucificação, que podem levar desde a molestação, até à morte. Cristo passou pelos dois. Nós mortais comuns, também temos as nossas cruzes e até reclamamos muito do peso e tamanho delas.
Se formos fazer um retrospecto da origem dos povos, nos deparamos com histórias que já demonstravam marginalização, exclusão a grupos sociais, religiosos, as quais geram cruzes de ordem imaterial, mas também material aos seus membros. Ambas provocam sofrimentos muitas vezes doloridos, quer físicos, quer psíquicos. No Brasil isso aconteceu com os imigrantes europeus, africanos, orientais.
Os males se tornaram mais acentuados, pois existiu o preconceito. Não existe pessoa que não o tenha; parece até ser inerente às pessoas. Sabemos contudo, que ele é fruto dos nossos relacionamentos. Geralmente começa na família e se propaga nos diferentes grupos em que vivemos.
Quem já não foi vítima de um ou mais deles? Também quantas vezes não discriminamos e apresentamos justificativas desses comportamentos preconceituosos?
E à medida que somos vítimas, vamos nos isolando, tentando, ou melhor, desejando que a cruz seja menor e mais leve. O aparecimento de barreiras nos abate na caminhada .Se a diminuímos por nossa conta, corremos o risco de não avançarmos na mesma. Li um texto na internet, com ilustrações de vários homens carregando cada um a sua cruz de madeira. No início eram todas quase iguais. Mas um deles lastimou sua sorte e pediu para Deus que diminuísse seu peso e tamanho, no que foi atendido. Mas qual não foi sua tristeza, quando precisou ultrapassar um precipício e não conseguiu. Seus colegas usaram as suas, com tamanhos suficientes para servirem de pontes para o outro lado; ele não pôde fazer o mesmo, pois faltavam alguns metros necessários para a travessia.
Por esta razão, se sonhamos com um final feliz, não recusemos nossa cruz; ao contrário procuremos abraçá-la e cumpri-la como ela se nos apresenta, com perseverança e apoiados na graça divina, pois só assim cresceremos como seres humanos, tendo em vista nos tornarmos cada vez melhores e imitadores de Cristo.

Um comentário:

Richard disse...

Não temos somente as nossas cruzes, temos também nossas chibatadas diárias... Fiat voluntas tua, no fim das contas!