Vozes e ... Vozes
(palavras dedicadas a um grande amigo)
Dirce Ramos de Lima
(palavras dedicadas a um grande amigo)
Dirce Ramos de Lima
Ah! Se você soubesse... Existem vozes e vozes e todos temos a nossa sensibilidade e receptividade para cada tipo de voz.
Nem imagina quanto podemos dizer dessas vozes todas que ouvimos diariamente nas ruas, no comércio, nas conversas, nos rádios, na TV.
Algumas doem e fugimos, algumas atraem e seduzem, outras pacificam e confortam.
Engraçado! Algumas pessoas são cara e voz tão ajustadas, que não sabemos o que surgiu primeiro: a pessoa ou sua fala. Outros são tão contraditórios que parecem implante: pegaram a cara de um e botaram a voz de outro. Então olho, escuto; escuto, olho. Daí fecho os olhos e percebo o contraste. Coitados!
Algumas vozes são tão honestas que induzem à falsidade. Ninguém pode ser tão honesto assim!
Outras são tão sensuais que não dá pra suportar. Não há sensualidade que resista a tanta apelação: vinte e quatro horas por dia, em qualquer lugar?
E, já notaram que alguns forçam a barra em público. Em particular, mudam tudo, até a voz!
Detesto filmes dublados que, aliás, são os preferidos dos semianalfabetos em geral. Nesses filmes, as vozes são sempre as mesmas; mudam os personagens, o enredo, o mistério e a voz con¬tinua igual. Ah! Droga! Olha aí essa mesma voz me perseguindo em todos os dramas, comédias, romances, etc. Já foi Papa, anjo, mocinho, bandido, assassino; já morreu, ressuscitou, riu, chorou, dormiu, acordou; tramou intrigas, foi herói, virou gay, morreu de Aids; foi médico, paciente, valentão, covarde e nunca mudou de voz. Quem aguenta isso?
De idiomas estrangeiros não entendo nada. Mas ouço a voz e já sei quem é. Eles também forçam, às vêzes. Já viu o Tom Cruise na Missão Impossivel? Impossível acreditar! Aquela voz melosa dando uma de Schwarzenegger... As cenas de paixão, então! Que horror! Não faltou paixão, faltou emoção mesmo! Mas, quando me lembro de quantas vezes tais cenas foram repetidas até serem concluídas, perdoo.
Meu professor de literatura diz que sons e vozes são tão importantes, que gostamos ou detestamos ouvir até o que não entendemos o significado real, ou seja: música erudita, música estrangeira, ruídos estranhos, vozes de animais, etc.
Se após tudo isso ainda me aconselharem trocar sua voz por alguns de seus colegas de trabalho, não me justifiquei nem me expliquei corretamente. É sua a voz que combina comigo; enaltece meu ego e tranquiliza minha alma! Fale... e estarei sempre ouvindo!
Nem imagina quanto podemos dizer dessas vozes todas que ouvimos diariamente nas ruas, no comércio, nas conversas, nos rádios, na TV.
Algumas doem e fugimos, algumas atraem e seduzem, outras pacificam e confortam.
Engraçado! Algumas pessoas são cara e voz tão ajustadas, que não sabemos o que surgiu primeiro: a pessoa ou sua fala. Outros são tão contraditórios que parecem implante: pegaram a cara de um e botaram a voz de outro. Então olho, escuto; escuto, olho. Daí fecho os olhos e percebo o contraste. Coitados!
Algumas vozes são tão honestas que induzem à falsidade. Ninguém pode ser tão honesto assim!
Outras são tão sensuais que não dá pra suportar. Não há sensualidade que resista a tanta apelação: vinte e quatro horas por dia, em qualquer lugar?
E, já notaram que alguns forçam a barra em público. Em particular, mudam tudo, até a voz!
Detesto filmes dublados que, aliás, são os preferidos dos semianalfabetos em geral. Nesses filmes, as vozes são sempre as mesmas; mudam os personagens, o enredo, o mistério e a voz con¬tinua igual. Ah! Droga! Olha aí essa mesma voz me perseguindo em todos os dramas, comédias, romances, etc. Já foi Papa, anjo, mocinho, bandido, assassino; já morreu, ressuscitou, riu, chorou, dormiu, acordou; tramou intrigas, foi herói, virou gay, morreu de Aids; foi médico, paciente, valentão, covarde e nunca mudou de voz. Quem aguenta isso?
De idiomas estrangeiros não entendo nada. Mas ouço a voz e já sei quem é. Eles também forçam, às vêzes. Já viu o Tom Cruise na Missão Impossivel? Impossível acreditar! Aquela voz melosa dando uma de Schwarzenegger... As cenas de paixão, então! Que horror! Não faltou paixão, faltou emoção mesmo! Mas, quando me lembro de quantas vezes tais cenas foram repetidas até serem concluídas, perdoo.
Meu professor de literatura diz que sons e vozes são tão importantes, que gostamos ou detestamos ouvir até o que não entendemos o significado real, ou seja: música erudita, música estrangeira, ruídos estranhos, vozes de animais, etc.
Se após tudo isso ainda me aconselharem trocar sua voz por alguns de seus colegas de trabalho, não me justifiquei nem me expliquei corretamente. É sua a voz que combina comigo; enaltece meu ego e tranquiliza minha alma! Fale... e estarei sempre ouvindo!
Um comentário:
Pela importancia das vozes,mensagens no computador, sempre parecem frias, falsas,distantes. Então..."use com moderação"!
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