MEUS NOVENTA ANOS
Lino Vitti
São raros os felizardos que alcançam, abençoados por Deus e pela vida, aos generosos e apreciados 90 anos de idade, lúcidos, dotados de uma visão feliz, dando para trincar almoço e jantar sem problemas, com possibilidades de ler 4 jornais diários, caminhar, passear de carro levado pelos filhos ou netos, ao lado de uma amada esposa octogenária, enfim vivendo ainda com todos os direitos e atuações advindos de uma vida memorável e repleta de atos e fatos que perlustram os anos.
Incluo-me entre esses felizes viventes humanos. Observo porém que tenho dois dias de aniversário: um, a dezesseis de janeiro, segundo aquela que me gerou e me trouxe ao mundo; outro, segundo registro do cartório de Vila Rezende, marcado em 8 de fevereiro de 1920. Explico: naqueles longínquos tempos, os que nasciam na roça, eram registrados oficialmente semanas depois ou até meses, quando o pai ou algum parente cioso em prestar favores, vinham à cidade para outros fins, aproveitando a oportunidade para passar no cartório do Mario Telles, da Vila Rezende ou dos Godoys aqui na cidade, e oficializar o nascimento. E nem sempre colocavam a data exata, daí o quid-pró-quó.
Pelo sim, pelo não, estou nos noventa anos, e me sinto uma pessoa grata a quem o Criador concedeu vida longa, sem os traumas que em geral acompanham os que desfrutam de idade avançada.
Alguém, entretanto, poderá perguntar se valeu a pena atingir a provecta idade, e ser agraciado por alguma felicidade por isso? Digo que sim, pois correndo os olhos pelos idos de vida, verifico que muito coisa de útil, de valioso, de importante, de necessário, de social, de religioso, de sonhado, de esperado, de realizado, enfim. Verifico que servi quanto pude e me permitiram as forças humanas à sociedade onde vivi,à terra onde nasci, à Fé que os pais me transmitiram, à cultura onde me envolvi, realizando sonhos e realidades, distribuindo os talentos de cultura com que Deus me dotou, criando uma família numerosa, servindo por mais de 40 anos ao povo de Piracicaba, como servidor municipal (Diretor da Secretaria da Câmara de Vereadores),escrevendo(até hoje) prosa e versos para os jornais da terra, dando instrução superior a todos os meus sete descendentes, todos engajados em altos postos da sociedade, unido em matrimônio a uma única esposa (Professora Dorayrthes S. SchmidtVitti), praticando a mesma religião católica, herdada dos pais e da família) respeitando a sociedade e seus lídimos princípios, preservando a própria família unida e amada, vivendo a felicidade de quem faz o bem e cumpre a vontade de Deus.
Acho assim ( devem outros concordar comigo) que vivi muito bem meus 90 anos, e (sem balofo orgulho) digo quiçá, possa ser imitada e melhorada muito por quem vem caminhando atrás. Quem sabe até ela poderá servir de um apagado modelo, o que me traria felicidade e prazer.
Lino Vitti
São raros os felizardos que alcançam, abençoados por Deus e pela vida, aos generosos e apreciados 90 anos de idade, lúcidos, dotados de uma visão feliz, dando para trincar almoço e jantar sem problemas, com possibilidades de ler 4 jornais diários, caminhar, passear de carro levado pelos filhos ou netos, ao lado de uma amada esposa octogenária, enfim vivendo ainda com todos os direitos e atuações advindos de uma vida memorável e repleta de atos e fatos que perlustram os anos.
Incluo-me entre esses felizes viventes humanos. Observo porém que tenho dois dias de aniversário: um, a dezesseis de janeiro, segundo aquela que me gerou e me trouxe ao mundo; outro, segundo registro do cartório de Vila Rezende, marcado em 8 de fevereiro de 1920. Explico: naqueles longínquos tempos, os que nasciam na roça, eram registrados oficialmente semanas depois ou até meses, quando o pai ou algum parente cioso em prestar favores, vinham à cidade para outros fins, aproveitando a oportunidade para passar no cartório do Mario Telles, da Vila Rezende ou dos Godoys aqui na cidade, e oficializar o nascimento. E nem sempre colocavam a data exata, daí o quid-pró-quó.
Pelo sim, pelo não, estou nos noventa anos, e me sinto uma pessoa grata a quem o Criador concedeu vida longa, sem os traumas que em geral acompanham os que desfrutam de idade avançada.
Alguém, entretanto, poderá perguntar se valeu a pena atingir a provecta idade, e ser agraciado por alguma felicidade por isso? Digo que sim, pois correndo os olhos pelos idos de vida, verifico que muito coisa de útil, de valioso, de importante, de necessário, de social, de religioso, de sonhado, de esperado, de realizado, enfim. Verifico que servi quanto pude e me permitiram as forças humanas à sociedade onde vivi,à terra onde nasci, à Fé que os pais me transmitiram, à cultura onde me envolvi, realizando sonhos e realidades, distribuindo os talentos de cultura com que Deus me dotou, criando uma família numerosa, servindo por mais de 40 anos ao povo de Piracicaba, como servidor municipal (Diretor da Secretaria da Câmara de Vereadores),escrevendo(até hoje) prosa e versos para os jornais da terra, dando instrução superior a todos os meus sete descendentes, todos engajados em altos postos da sociedade, unido em matrimônio a uma única esposa (Professora Dorayrthes S. SchmidtVitti), praticando a mesma religião católica, herdada dos pais e da família) respeitando a sociedade e seus lídimos princípios, preservando a própria família unida e amada, vivendo a felicidade de quem faz o bem e cumpre a vontade de Deus.
Acho assim ( devem outros concordar comigo) que vivi muito bem meus 90 anos, e (sem balofo orgulho) digo quiçá, possa ser imitada e melhorada muito por quem vem caminhando atrás. Quem sabe até ela poderá servir de um apagado modelo, o que me traria felicidade e prazer.
3 comentários:
PARABÉNS, querido Príncipe dos Poetas Piracicabanos!! PARABÉNS!! Que Deus em Sua Infinita Bondade o Abençoe Semmmmpre! Muitas Felicidades! Muitos Anos de Vida!! Grande Abraço, ao sr e dona Dora! Maria Emília Redi
Parabéns Lino!Noventa anos não é pra qualquer um!Que Deus te abençoe sempre!Felicidades!Abraços,
Parabens, Príncipe dos Poetas Piracicabanos! Sempre muito inspirado e produzindo lindos textos. Deus o abençoe! Votos de muita saúde, no corpo e na alma!
Um forte abraço da Marisa Bueloni
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