Solidão humana
Ivana Maria França de Negri
Nunca a solidão humana se mostrou tão presente como nas populosas metrópoles.
Ninguém conversa com ninguém, as pessoas nem se cumprimentam. Ninguém cede lugar aos mais velhos, às mulheres grávidas ou com bebês de colo nos ônibus e nas filas. Só se for uma exigência legal e nesse caso, são obrigados a fazê-lo, mas sempre de mau humor, contrariados, não como um gesto educado, fraterno ou prazeroso.
Não existem mais cavalheiros que abrem as portas para as damas e nem distribui-se gentilezas. Economiza-se até no simples ato de sorrir.
Isolada, desconfiada, enclausurada, a humanidade cada vez mais mergulha num universo interior onde só há espaço para a solidão.
Assisti a um filme que conta a história de um robô-criança, capaz de amar e de sorrir, cujo maior desejo é tornar-se humano. É mais ou menos uma versão do conto do Pinóquio para o século XXI.
E a situação se inverte. Enquanto o robozinho anseia se humanizar, o ser humano vai virando máquina, o coração se tornando de aço e a insensibilidade vai amortecendo os sentimentos.
Apenas nesta época do ano, por ocasião do Natal e das festas, reacendem-se levemente emoções adormecidas e as pessoas se tornam um pouco mais humanas . Pena que após o período das festas de final de ano, a solidão das grandes metrópoles faz retornar o inverno rigoroso nas almas e acaba congelando os sentimentos bons que brotaram nos corações...
Ivana Maria França de Negri
Nunca a solidão humana se mostrou tão presente como nas populosas metrópoles.
Ninguém conversa com ninguém, as pessoas nem se cumprimentam. Ninguém cede lugar aos mais velhos, às mulheres grávidas ou com bebês de colo nos ônibus e nas filas. Só se for uma exigência legal e nesse caso, são obrigados a fazê-lo, mas sempre de mau humor, contrariados, não como um gesto educado, fraterno ou prazeroso.
Não existem mais cavalheiros que abrem as portas para as damas e nem distribui-se gentilezas. Economiza-se até no simples ato de sorrir.
Isolada, desconfiada, enclausurada, a humanidade cada vez mais mergulha num universo interior onde só há espaço para a solidão.
Assisti a um filme que conta a história de um robô-criança, capaz de amar e de sorrir, cujo maior desejo é tornar-se humano. É mais ou menos uma versão do conto do Pinóquio para o século XXI.
E a situação se inverte. Enquanto o robozinho anseia se humanizar, o ser humano vai virando máquina, o coração se tornando de aço e a insensibilidade vai amortecendo os sentimentos.
Apenas nesta época do ano, por ocasião do Natal e das festas, reacendem-se levemente emoções adormecidas e as pessoas se tornam um pouco mais humanas . Pena que após o período das festas de final de ano, a solidão das grandes metrópoles faz retornar o inverno rigoroso nas almas e acaba congelando os sentimentos bons que brotaram nos corações...
Um comentário:
PARABÉNS! Texto excelente e real! Bjs Mel Redi
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