As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Era um plástico que destoava na linda natureza...



Amargo desgosto
Lea Paiva

Era uma tarde tépida, azul e serena,
Passeava calmamente, apreciando o rio.
Na margem, as arvores tremulavam sob a brisa amena,
O céu espelhava nas águas um pôr do sol arredio,
A resplandecer raios de dourados fios
Estilhaçados entre as sombras dos arvoredos,
Despedia-se de mais um dia findo.
Eu, encantada, desfrutava aquele entardecer tão lindo!
Mas eis que volto meu olhar ao meu entorno
Encontro um enorme pedaço de plástico branco
Jogado, ali, para o meu espanto.
O vento movia e ondulava o monstro,
Parecia um fantasma, uma miragem,
Esvoaçando no chão o velho entulho,
Todo engelhado entre cascalhos, gramas e pedregulhos,
Tirando todo o encanto da paisagem.
Pensei: “Como pode alguém em sã consciência
Ter tanta maldade, displicência,
Desprezar, assim, a natureza?”
O riso sumiu do meu rosto
Dando espaço à tristeza,
Ao amargo desgosto.
Tentei desabafar neste poema
Ao ver o impermeável, implacável
Asfixiando os vergéis, o ecossistema, a vida, o fluxo-floema.


É preciso enxergar
                        Leda Coletti

A natureza é uma dádiva divina,
ao exibir matas luzidias,
rios e mares de águas transparentes,
campinas com mimosas flores,
bichos e pássaros cantantes.

Mas, ( quase sempre há um mas...)

O homem parece não entender
e valorizar essa formosura,
quando derruba, coloca fogo nas matas,
destruindo o “habitat” dos animais
 e aves,  que então,  migram para bem longe.
Polui rios despejando  esgoto, detritos,
manchando os mares com óleo viscoso,
que mata peixes e animais marinhos.

Então ficamos a pensar:

Quando o homem irá acordar,
enxergar, respeitar, amar
e preservar o nosso Planeta Azul?

VERDES VIDAS
Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins

Ao silêncio/Natureza, verdes vidas se entrelaçam.
Emprestam à doce brisa o puríssimo frescor
do orvalho imaculado a gotejar espécies!
Impregnados ao aroma e sabor da seiva viva,
ímpares  tons, envolventes,
(do verde-água ao bandeira)
tecem por todo canto, recanto,
muralhas macias, sedosas;
uma oferta permanente,
do Mágico Deus Criador
à vida das  efêmeras  criaturas,
mais bela, mais verdadeira
se adornada de  vidas verdes!

Vital cor encantada da natureza em festa!
Lindos verdes , verde total, verde vida,
das florestas imensuráveis,
das matas,  plantas, folhagens ,
vegetais de formas  mil ,  infindas tonalidades
 a saudar, com abraço misterioso,
 os seres vivos a decorar o Universo,
espaço plausível dos filhos da Terra
e toda a incomparável criação.
Um viva ao Verde! Ao VERDE VIDA!

DEPOIS DO APOCALIPSE 
Andre Bueno Oliveira

As trevas reinarão por um milênio!
A Terra, esfumaçada, sem ozônio,
talvez até respire o gás argônio,
na falta – que haverá- do oxigênio!

O Homem, que pensava ser um gênio...
Coitado! Evaporou-se qual criptônio!
Não tem mais latifúndio ou patrimônio...
Seu ouro, vale menos que o selênio.

E Deus, sentado em trono de alumínio,
tristonho, apreciará o extermínio
do mundo incandescente pelo Urânio.

Se alguém sobreviver ao infortúnio,
jamais verá no céu um Plenilúnio,
e nunca colherá... um só gerânio!

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