As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Lançamento do livro dos 110 anos do Lar dos Velhinhos de Piracicaba

 Fotos Nascimento, Fran e Ivana

Carmen, Ivana, Leda, Madalena, Lourdinha e Bete, autoras do livro

Flavio, Fran e Nascimento, fotógrafos do livro e da exposição



Messias Galdino, Valdiza e Vitor

Ivana, André, Lourdinha e Antonio Messias Galdino
Antonio Messias Galdino e Cassio Negri
Carmen, André e Bete
Cassio, Ivana, Valdiza, André, Madalena e Leda
Cyonea Ramos, Vitor Vencovsky,Valdiza Capranico, Jairo Mattos e Pedro Caldari





Carmen Pilotto e família



Bete, Leda, madalena e Julia
Exposição de fotos e frases

Silvia Oliveira e Irineu Volpato























quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Lançamento do livro "Retratos de Vidas" - A Beleza do Envelhecimento


Autoras do livro: Elisabete Bortolin, Maria Madalena Tricanico, Lourdinha Piedade Sodero Martins, Ivana Maria França de  Negri, Carmen Pilotto e Leda Coletti.
Todas integram o Grupo Oficina Literária de Piracicaba (GOLP), o Centro Literário de Piracicaba (CLIP) e são voluntárias do Recanto dos Livros do Lar dos Velhinhos de Piracicaba.
Quatro das escritoras são acadêmicas da Academia Piracicabana de Letras (APL).
O livro teve o patrocínio do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba (IHGP)


domingo, 21 de agosto de 2016

MUDANDO A OPINIÃO


                                            Pedro Israel Novaes de Almeida

            Quando algum pobre muda a opinião, dizem que virou a casaca.
Se o cidadão é remediado, dizem que repensou o assunto.  Em se tratando de alguma figura ilustre, dizem que evoluiu.   
Virando a casaca, repensando ou evoluindo, estamos libertos da cantilena de que o ensino público deve ser pago, pelos alunos que tiverem condições financeiras para tanto.
A educação, do maternal à universidade, é uma das mais nobres funções do Estado. Embora haja ganho pessoal, que pode render carreiras milionárias, o ganho maior é do país, que aprimora o cabedal de conhecimentos, incentiva a pesquisa e irradia especializações as mais diversas.
O simplista, desumano, preconceituoso e injusto sistema de dividir os cidadãos em castas, cor, ascendência, origem, sexo ou outro parâmetro bovino qualquer, enxerga as universidades como justiceiras sociais, assemelhando-as a fábricas de diplomas em série, com evidente queda da qualidade do ensino, pesquisa e extensão de serviços à comunidade.
Um filho de milionário, corrupto ou honesto, tem tanto direito à educação e especialização quanto o filho do mais humilde dos trabalhadores. O país precisa de bons profissionais e cidadãos conscientes, venham de onde vierem.
A cobrança de mensalidades envolveria sistemas burocráticos e parâmetros de avaliação e acompanhamento capazes de absorver para si eventuais acréscimos financeiros à educação. É, em si mesma, a negação de evidentes direitos.
Alunos de menor poder aquisitivo podem ser objetos de bolsas de estudos oficiais, não provenientes de mensalidades dos colegas. Aliás, a humanidade não é constituída por miseráveis, de um lado, e bilionários, de outro.
Nossas universidades públicas, muitas, já não são centros de excelência, produzem poucas pesquisas e afastam-se, aos poucos, da extensão de serviços à comunidade. Com verbas cada vez menores, vivem em estado de penúria, com o ambiente degradado por guerras intestinas, travadas pela busca de funções administrativas de relevo.
Pesquisadores e estudiosos vivem à míngua, e hospitais universitários seguem sucateados. Recursos públicos existem, desperdiçados nos lodaçais da desonestidade, quando não direcionados à sustentação de nossas luxuosas e superlotadas estruturas de Estado.

Em tal contexto, soa risível a alternativa de cobrança de mensalidades, e catastrófico o discurso de transformar as universidades em justiceiras sociais.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

ENFIM


Patricia Neme


Talvez...
Seja a Misericórdia Maior
que transforma grandes ausências
em abundantes lágrimas.
Em lágrimas tantas,
tão repletas do faminto vazio,
que,
num repente,
percebemos que lavaram toda a dor guardada na alma.
Então,
já não há ausência...
Sobrevive apenas uma saudade que dorme mansa
nos rincões mais recônditos do peito.
Saudade embalada por um sonho,
aconchegada pela ternura
que alguém não soube entender.
Uma saudade que não mais vela o caminho,
não mais turva a mirada.
E permite o retorno das manhãs...
Enfim!

domingo, 14 de agosto de 2016

Conselhos de Pai


Lídia Sendin
Sobre o pecado, a escolha e a liberdade,
Pra quem se achava santo, meu pai dizia:
Que o que não se faz por incapacidade
Não é virtude, nem é sabedoria.
 
Quem não tem coragem, atitude ou artifício,
Para praticar um erro ou o seu malfeito,
Não tendo ao seu redor meio propício,
Não pode se gabar de ser perfeito.
 
Existem os que com um real pavor,
Fecham-se em mosteiros virtuais,
Com medo de pecar contra um senhor
Que pode dar castigos infernais.
 
Mas, se houver meios e oportunidades,
De errar e você permanecer decente,
É porque mora em você o bem e a vontade
De continuar com fé em Deus entre os descrentes.

sábado, 6 de agosto de 2016

CORAÇÃO RASGADO


Maria Cecilia Gouvêa Waechter

Pára de pulsar, meu coração,
Preciso de descanso.
Ou você não está
Cansado também de tanto susto?
Ora surpresas alegres, ora tristes
E você pulsando, pulsando.
Meu corpo envergou nesses tantos anos
Cansou das tantas lutas,
Das tantas batalhas para provar quem sou
Das tantas caminhadas por este mundo de Deus!
Em terras estranhas vivi por tantas vezes
E tantas vezes me arrependo de, numa delas,
Não ter ficado para sempre.
Rasgaram você, meu coração, rasgaram
E você se nega a me dar o último repouso.
Mesmo rasgado me empurra pra esta vida
Vazia de verdades, só esgotos
Afora o  riso  das crianças, os animais
E as flores. Pára, coração. Aos pedaços
Não poderá ir muito longe e só então
Terá pena de mim e me dará o derradeiro sono.

                                       

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Escandinávia, Terra dos Sonhos



Estocolmo - Suécia
 (Fotos by Ivana Negri)

Ivana Maria França de Negri

Quem faz a travessia de navio entre os fiordes da Noruega, volta com a certeza de que Deus existe!
A exuberância da natureza é escandalosamente bela. Cascatas espumosas de neve derretida, descem pelas gigantescas montanhas de pedras parecendo chantilly. Deslizam pelas rochas formando rios de águas cristalinas e inúmeras cachoeiras.
O azul turquesa das dezenas de riachos confunde-se com o céu em dias claros.
Numa das paradas do trem, uma cascata gigante despenca das alturas fazendo grande barulho e espargindo gotículas brilhantes. É a cachoeira da Fada. Reza a lenda nórdica que uma sílfide muito bela seduzia com seus encantos os homens que por ali passavam. Eles desapareciam sob a espuma e nunca mais retornavam.
E não é que a fada apareceu acenando ora de um lado, ora do outro? E os turistas vibravam, todos com suas máquinas e celulares a postos. Não sei se eram duas atrizes ou uma holografia, mas para quem vive o momento, é tudo muito lindo e mágico.
As paisagens parecem saídas diretamente dos contos de fadas de Hans Christian Andersen. Esse famoso autor morava em Odense, cidadezinha dinamarquesa que abriga um museu e a casa onde ele viveu.
As coníferas - pinheiros, abetos - são abundantes nas estradas e o cenário de montanhas nevadas ao fundo nos remete ao Natal. As casinhas coloridas de madeira, janelas com cortinas rendadas e flores, muitas flores, parecem mesmo saídas dos contos de fadas.
Dentre as lendas nórdicas, há a história do Troll, um ogro muito feio e narigudo, com cauda semelhante a dos animais, que vivia nas florestas e montanhas, em cavernas ou grutas subterrâneas, acusado de sequestrar as moças. Mas seus maridos, valentes guerreiros  Vickings, lutavam bravamente com ele e traziam suas mulheres de volta.
Eu sempre quis saber porque os Vikings usavam aquele chapéu estranho com chifres. E a explicação é que eles adoravam festas e cerveja, e os chifres eram removíveis, retirados dos chapéus e utilizados para beber cerveja.
As mais belas paisagens da Europa, certamente se encontram na Escandinávia, região que abriga a Noruega, Dinamarca e Suécia. As vastas florestas de pinheiros, que nos invernos ficam impregnadas de neve, nos reportam à terra do Papai Noel como é chamada a Lapônia, área que compõe também a Finlândia e parte do norte da Rússia. Alces, renas e ursos são os animais que predominam naquela região.
No inverno a natureza apresenta a aurora boreal, espetáculo lindíssimo de cores e brilhos que aparece no céu.
No verão é o sol da meia noite o fenômeno intrigante. Nos verões quase não existe noite, por isso o sol da meia noite. Mas nos rigorosos invernos, o astro rei  desaparece e o cenário é de neve, muito frio e escuridão. O desaparecimento do sol traz depressão a muita gente e é a principal causa de suicídios.
Fazer turismo e conhecer lugares, pessoas e comidas diferentes é maravilhoso, e voltamos enriquecidos espiritualmente. Mas retornar ao nosso cantinho, ao nosso Brasil de clima ameno, à nossa fartura de frutas, vegetais, ao nosso delicioso prato de arroz com feijão, e onde o rei sol reina a maior parte do ano, é melhor ainda!
Faço minhas as palavras da Dorothy, personagem do Mágico de Oz, que foi levada num furacão, matou a Bruxa má do Oeste e viajou pela estrada de tijolos amarelos: “Não há lugar como o nosso lar!”

 Castelo em Tallin - Estonia
 Montes nevados Noruega
 Paisagem na estrada entre Dinamarca e Noruega
 Fiorde dos Sonhos - Noruega
Odense, cidade onde nasceu e viveu Hans Christian Andersen, famoso autor de Contos de Fadas (A Pequena Sereia, O Patinho Feio, O Soldadinho de Chumbo, A Vendedora de Fósforos, A Roupa Nova do Imperador, A Rainha da Neve - que inspirou Frozen de Disney, entre outros)
Cachoeira em Steindallfossen - Noruega
O Troll , personagem das lendas nórdicas
Monumento que retrata a lenda da fundação de Zelândia - Dinamarca
Castelo de Kronborg - Dinamarca
Estátua de Hans Christian Andersen