As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

NOVO ANO



Elda Nympha Cobra Silveira

Às vezes tenho a impressão
De não pertencer à este mundo
Todo fim de Ano é essa confusão
Essa euforia esperando segundo por segundo.
O  fim do ano velho  e novo  principiar.

Deixarei esse novo ano ser diferente?
Sim,  espero mudar atitudes e saber usar
Esperanças, solidez  e soluções inerentes
Sei que com afinco e tenacidade irei buscar.

A felicidade é buscada,
Nunca presenteada!
Vale a pena tê-la,
Se procurar e achá-la!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Ano-Novo


NOVOS TEMPOS

Lídda Sendin

A vida é feita de tempo
Que nunca volta atrás,
Às vezes, ele é lento,
Às vezes, ele é voraz.

Pra alguns, o tempo é dinheiro,
Que pensam como ganhar,
Fazendo como o guerreiro,
Que só vive pra lutar.

Pra outros, a vida é ilusão,
O que buscam é sonhar,
Usando seu coração
Para rir e pra sonhar.

Porém, no tempo de vida,
Que é dado a cada um,
Toda hora que é perdida,
Não leva a lugar nenhum.

Do tempo que a vida tem,
Nada podemos levar,
Mas sabendo viver bem,
Muito se pode deixar.

Assim, que no Ano que vem,
No tempo que se refaz,
Cada ação seja pro bem,
Pra termos tempos de paz,







NO ANO NOVO
Lídia Sendin

Quero o vai e vem das marés:
Altos e baixos, côncavo e convexo,
Nada linear, nada com nexo.

Mais planícies cheias de montanhas:
Rios no meio do deserto,
Nuvens escuras, tempo incerto.

Dentro do silêncio, um ribombar fugaz:
O susto de um trovão,
O ritmo acelerado do coração.

Nada de “plácido repouso”:
“Brancas nuvens”, nunca mais,
Só passar por aqui, sem viver, jamais!

De que me adianta essa vã rotina:
Neurônios frouxos, sinapses petrificadas,
Mesmas ruas, mesmas caminhadas.

Não, ao mero desfilar de fatos:
Quero paixão, perplexidade,
Pois, para o descanso eterno,
Terei a eternidade.





Para o Ano Novo
Lídia Sendin

É Ano Novo,
Novinho em folha,
Começa agora, neste momento,
São novos dias, novas escolhas,
É esperança de um novo tempo.

As linhas brancas e paralelas,
No infinito vão se encontrar,
O que escrevo no meio delas
Dá pra rir, dá pra chorar.

O importante é que entre elas
Sempre se acha
Alguma coisa para mudar,
Reescrever, passar borracha,
Trocar linguagem,
Não desistir e com coragem,
Reinventar.

Algumas linhas ficam em branco.
Outras, de fato, estão repletas.
Se sinuosas ou se são retas,
Estejam cheias, ou incompletas.
Tudo isso, pouco importa.
Deus escreve por nós também,
Mesmo que a linha esteja torta,
Ele escreve, e muito bem!










sábado, 31 de dezembro de 2016

A Ceia de Ano Novo


Cássio Camilo Almeida de Negri

            O menino nunca estivera em uma ceia de ano novo.
Naquele ano, porém, o décimo terceiro de sua vida, fora convidado para participar de uma ceia.
Era ainda inicio do mês de dezembro e não via a hora da chegada do último dia do ano. Nessa idade da adolescência, os anos passam tão lentamente, que ele não sabia o que fazer para os dias se apressarem, a não ser contá-los, riscando-os um a um na folhinha,o que parecia fazê-los ainda mais demorados.
Já engraxara os sapatos e colocara em cima da cômoda a roupa do domingo, a espera do grande dia.
Perguntava a si mesmo o porque de comer à meia-noite, pois nunca na vida fizera isso. Também nunca comera nozes e talvez fosse a oportunidade de fazê-lo, pois somente as vira no mercado municipal.
Uma vez, quando tinha nove anos, encontrara uma no chão.Considerando-a perdida, colocou-a rapidamente no bolso com a consciência pesada, como se tivesse roubado. Ao chegar em casa abriu-a e teve uma decepção ao encontrar dentro apenas um carocinho preto. Mesmo assim, experimentou-o, sentindo um gosto ruim e amargo da fruta estragada.
Agora, teria a oportunidade de provar nozes fresquinhas e na quantidade que quisesse.
No grande dia da passagem do ano, sentado à beira da mesa, observou como todos comiam a fruta seca após uma martelada certeira .
Foi o que fez. Colocou-a só sobre a tábua da mesa e ao dar a martelada , a fruta dura voou para longe caindo dentro do prato das lentilhas. Nova tentativa, após desculpas e esmagou-a com casca e tudo, tendo que separar as migalhas amassadas da casca indigesta e assim provar pela primeira vez da semente. Tentou outra e mais outra vez, até que pegou o jeito da martelada, que soltava as duas porções certinhas da casca expondo aquele miolo gostoso que achou parecido com um cérebro em miniatura.
Saboreou-o sentindo seu gosto real, sem pedaços de casca, nem aquele gosto amargo das membranas duras que ficam entre as suas reentrâncias.
A velha vizinha que o convidara para a ceia, vendo o menino se deliciar comenta:
-È tão gostoso porque tirada a casca, a semente contém toda a árvore em sua essência e irá produzir nova árvore.
O pequeno nunca mais esqueceu a experiência da noz de ano novo.

Hoje, já velho e com a face toda sulcada de rugas, como uma casca de noz, espera sem medo, o dia em que perderá a casca, liberando sua verdadeira essência.                                                       

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

VAI NASCER UM NOVO ANO!


Olivaldo Júnior
 
A cegonha ganha o céu,
já não pode ser engano...
Vou pegar o meu papel,
vai nascer um novo ano!
 
Nessa folha, de caderno,
eu escrevo assim, à mão,
que desejo mais fraterno
todo amigo que é irmão.
 
Amanhã, ninguém é réu,
nem juiz, nem defensor;
gira em fúria o carrossel,
 
que a cegonha, por amor,
logo cumpre o seu papel:
traz o 'Ano Novo' em flor!
 

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Logo, logo, é Ano Novo...


 Olivaldo Júnior

Da champanhe que vira suco,
do modesto pão com ovo,
sempre eclode o nosso cuco:
- Logo, logo, é Ano Novo...

Tem rapaz que joga truco
com a turma do trabalho,
garantindo que é "maluco",
mas só ganha no baralho...

Tem donzela sem o dom,
tem vovô sem a vovó
e um cantor que dá o tom...

Times Square?! Seria bom...
Mas a noite é do forró:
no Ano Novo, eterno som.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Para o Ano Novo


Lídia Sendin

Quero o vai e vem das marés:
Altos e baixos, côncavo e convexo,
Nada linear, nada com nexo.
 Mais planícies cheias de montanhas:
Rios no meio do deserto,
Nuvens escuras, tempo incerto.

Dentro do silêncio, um ribombar fugaz:
O susto de um trovão,
O ritmo acelerado do coração.

Nada de “plácido repouso”:
“Brancas nuvens”, nunca mais,
Só passar por aqui, sem viver, jamais!

De que me adianta essa vã rotina:
Neurônios frouxos, sinapses petrificadas,
Mesmas ruas, mesmas caminhadas.

Não, ao mero desfilar de fatos:
Quero paixão, perplexidade,
Pois, para o descanso eterno,

Terei a eternidade.