As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Carmen Pilotto fala sobre vida e obra de Cora Coralina no CLIP

Aracy Duarte Ferrari, Lídia Sendin, Leda Coletti, João Baptista Athayde, Carmen Pilotto, Lurdinha Sodero Martins, Ivana Negri, Silvia Oliveira, Irineu Volpato, Nelson e Cleber
Cafezinho cultural na Biblioteca
Cora Coralina
Livros da poetisa  Cora Coralina autografados para Lurdinha e Paulo Sodero martins
Cora Coralina – 25 de maio de 2013
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das principais escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais),1 quando já tinha quase 76 anos de idade.2 3
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
Biografia
Filha de Francisco Paula Lins Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho, em casa comprada por sua família no século XIX, quando seu avô ainda era uma criança. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa de Goiás. Começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos de idade, publicando-os nos jornais da cidade de Goiás, e nos jornais de outras cidades, como constitui exemplo o semanário "Folha do Sul" da cidade goiana de Bela Vista - desde a sua fundação a 20 de janeiro de 1905 -, e nos periódicos de outros rincões, assim a revista A Informação Goiana do Rio de Janeiro, que começou a ser editada a 15 de julho de 1917, apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com a Mestra Silvina. Melhor, Mestre-Escola Silvina Ermelinda Xavier de Brito (1835 - 1920). Conforme Assis Brasil, na sua antologia "A Poesia Goiana no Século XX", Rio de Janeiro: IMAGO Editora, 1997, página 66, "a mais recuada indicação que se tem de sua vida literária data de 1907, através do semanário 'A Rosa', dirigido por ela própria e mais Leodegária de Jesus, Rosa Godinho e Alice Santana." Todavia, constam trabalhos seus nos periódicos goianos antes dessa data. É o caso da crônica "A Tua Volta", dedicada 'Ao Luiz do Couto, o querido poeta gentil das mulheres goianas', estampada no referido semanário "Folha do Sul", da cidade de Bela Vista, ano 2, n. 64, p. 1, 10 de maio de 1906.
Ao tempo em que publica essa crônica, ou um pouco antes, Cora Coralina começa a frequentar as tertúlias do "Clube Literário Goiano", situado em um dos salões do sobrado de dona Virgínia da Luz Vieira. Que lhe inspira o poema evocativo "Velho Sobrado". Quando começa então a redigir para o jornal literário "A Rosa" (1907). Publicou, nessa fase, em 1910, o conto Tragédia na Roça.
Casou em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte (quando ele, Cantídio, exercia a Chefatura de Polícia, cargo equivalente ao de Secretário da Segurança, do governo do presidente Urbano Coelho de Gouvêa - 1909 - 1912), para o interior de São Paulo, onde viveu durante 45 anos, inicialmente nos municípios de Avaré e Jaboticabal onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. E depois em São Paulo (1924). Ao chegar à capital, teve de permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade.
Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a Praça do Patriarca. Um de seus filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente, mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás.
Ao completar 50 anos de idade, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nessa fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás. Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD. Cora Coralina faleceu em Goiânia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.
Primeiros passos literários
Os elementos folclóricos que faziam parte do cotidiano de Ana serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se tornasse a dona de uma voz inigualável e sua poesia atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do Centro-Oeste brasileiro.
Senhora de poderosas palavras, Ana escrevia com simplicidade e seu desconhecimento acerca das regras da gramática contribuiu para que sua produção artística priorizasse a mensagem ao invés da forma. Preocupada em entender o mundo no qual estava inserida, e ainda compreender o real papel que deveria representar, Ana parte em busca de respostas no seu cotidiano, vivendo cada minuto na complexa atmosfera da Cidade de Goiás, que permitiu a ela a descoberta de como a simplicidade pode ser o melhor caminho para atingir a mais alta riqueza de espírito.
Divulgação nacional
Foi ao ter a segunda edição (1978) de Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, composta e impressa pelas Oficinas Gráficas da Universidade Federal de Goiás, com capa (retratando um dos becos da cidade de Goiás) e ilustrações elaboradas pela consagrada artista Maria Guilhermina, orelha de J.B. Martins Ramos, e prefácio de Oswaldino Marques, saudada por Carlos Drummond de Andrade no Jornal do Brasil, a 27 de dezembro de 1980, que Aninha, já conhecida como Cora Coralina, ganhou a atenção e passou a ser admirada por todo o Brasil. "Não estou fazendo comercial de editora, em época de festas. A obra foi publicada pela Universidade Federal de Goiás. Se há livros comovedores, este é um deles." Manifesta-se, ao ensejo, o vate Drummond.
A primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais, seu primeiro livro, foi publicado pela Editora José Olympio em 1965, quando a poetisa já contabilizava 75 anos. Reúne os poemas que consagraram o estilo da autora e a transformaram em uma das maiores poetisas de Língua Portuguesa do século XX. Já a segunda edição, repetindo, saiu em 1978 pela imprensa da UFG. E a terceira, em 1980. Desta vez, pela recém implantada editora da UFG, dentro da Coleção Documentos Goianos.
Onze anos depois da primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais, compôs, em 1976, Meu Livro de Cordel. Finalmente, em 1983 lançou Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha (Ed. Global).
Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG (1983). E, logo depois, no mesmo ano, foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores. Dois anos mais tarde, veio a falecer. A 31 de janeiro de 1999, a sua principal obra, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, foi aclamada através de um seleto júri organizado pelo jornal O Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX. Enfim, Cora torna-se autora canônica.
Livros e outras obras
·         Estórias da Casa Velha da Ponte (contos)
·         Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais (poesia)
·         Meninos Verdes (livro)|Meninos Verdes (infantil)
·         Meu Livro de Cordel
·         O Tesouro da Casa Velha
·         A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (infantil)
·         Vintém de Cobre
·         As Cocadas (infantil)
·         Cora coragem Cora poesia (Biografia de Cora Coralina escrita por sua filha Vivência Brêtas Tahan)
·         Villa Boa de Goyaz
·         O prato azul-pombinho (infantil)
Cora Coralina

“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”.






domingo, 26 de maio de 2013

Sem eira nem beira



Ludovico da Silva
Ludovico da Silva
As boas coisas que circulam pela internet podem ser relembradas, eis que muitas delas aguçam a curiosidade em torno de seu entendimento. Expressões que ficaram marcadas no tempo e relembrá-las sempre é interessante pelo que revela seu conteúdo.
Quando se fala “nas coxas” pode, em princípio, causar impressão não verdadeira. Entretanto, as palavras traduzem que as primeiras telhas usadas nas casas no Brasil eram feitas de argila, moldadas nas coxas dos escravos. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico as telhas ficavam todas desiguais devido aos diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, isto é, de qualquer jeito.
No embalo desse significado encaixa-se aquele referente aos telhados de antigamente, que possuíam eira e beira, detalhes que conferiam “status” ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significava que a pessoa era pobre, estava sem grana.
Conta-se que “ficar a ver navios” tem a seguinte história: dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcacer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Comum era as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
Quem já não ouviu falar que alguém não entende patavina? Pois é. “Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade em entender o que falavam os frades patavinos, originários de Padova, Itália. Sendo assim, não entender patavina significa não entender nada”.
Esta é de farmacêutico: dourar a pílula. Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto de remédio amargo. A expressão dourar a pílula significa melhorar a aparência de algo.
E como se explica a expressão conto do vigário? Duas igrejas –– seriam de Ouro Preto –– receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contaram com a ajuda de um burro. A explicação é a seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animal teria que caminhar até uma delas. Conta-se que a escolhida pelo quadrúpede teve treinamento do seu vigário.
Violência em família deu origem ao “voto de Minerva”. A história registra que Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe, que havia assassinado o marido Agamenon, com a ajuda do amante Egisto. No julgamento, houve empate, cabendo à deusa Minerva a decisão, que foi a favor do réu. Eis porque o “voto de Minerva” entrou para a história como decisivo em questões de empate em julgamentos

sábado, 25 de maio de 2013

VIAJANTES



Elda Nympha Cobra Silveira

Quando atravesso os ares
Ou mesmo singrando mares
Vejo rostos singulares
Que dispersos na neblina,
Lançam sobre mim seus olhares.

Não os tenho mais comigo!
Nem meu coração guarda seus lugares...
Engolfados  dentro do tempo
Ilusório e inclemente,
Nem deixaram marca...
Não os julgo como amigos.

São presenças inacabadas
Transeuntes da mesma estrada.
Por ironia do destino
Só seriamos companheiros
Se...
Numa tragédia, juntos
Fossemos os derradeiros... 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O milagre da visão



                      Leda Coletti

Depois de um longo e tenebroso inverno (na verdade estamos no fim do verão), retorno a escrever, só que em viés. Aliás, nestes últimos quarenta dias  enxergo tudo assim. Estou sem simetria de formas. A responsável dessa situação foi a retina do olho esquerdo que se descolou. Devo ter feito algo que não a agradou e ela se vingou, deixando-me algum tempo totalmente cega deste lado.
Ficar metade na claridade e outra na escuridão foi uma experiência que nunca sonhei; sequer imaginava pudesse acontecer comigo, pois segundo o médico que costumava me consultar periodicamente, era tida como pessoa com visão de qualidade superior. Na verdade só usei óculos no tempo em que fui diretora de escola e precisava ler Diário Oficial, pois as letras eram exageradamente minúsculas.  Fiquei orgulhosa quando após cirurgia de catarata em ambos os olhos, ele me deu atestado que apresentei no exame para renovação de carteira de motorista, onde dizia “dispensada do uso de lentes corretoras.”
 Mas, como se diz popularmente, na vida estamos constantemente aprendendo, estes dias nebulosos, me fizeram enxergar mais do que se utilizasse os dois olhos.
Consegui meditar mais, pois na ausência obrigatória dos exercícios físicos, ouvia  música e sentia o prazer da leveza e tranquilidade do repousar sereno; assistia na tevê programas religiosos, que coincidiram com o período quaresmal e que me levaram a refletir sobre a importância da vida cristã e do quanto mais precisamos para crescer no Amor.
Nas poucas saídas à rua, caminhando em calçamento irregular e com falhas, senti o quão valioso é o apoio físico. Antes sempre o ligava mais ao psicológico, mas agora que necessitei dele para me locomover sem tropeços e em segurança, senti o quanto dependemos uns dos outros. Como pessoa independente e que não gostava de pedir auxílio a ninguém, nestas condições vi como dele precisei, pois fiquei impotente para banho, executar pequenos afazeres domésticos, transportar objetos pesados e outras atividades rotineiras.
Estamos em abril/2013 e  dou graças a Deus por estar com a visão perfeita desde maio/2012. Como me senti feliz e agradecida a ELE ao ver  minha história infantil “O passeio de Joãozinho”, ao lado de outras três, no Livro “Quatro contos em quatro cantos” e “Quatro Cantos em Quatro Contos”, em 1ª edição em 2008, escritas em conjunto com as amigas Carmen Pilotto, Ivana M. França de Negri e M.Emilia  L.M.Redi (em memória), que em 12/04/2013 foi lançado em impressão braille, para dar oportunidade de leitura às crianças que enfrentam no dia a dia esses desafios visuais.
 Foi um momento especial e muito gratificante para mim, pois  após ter passado por uma centelha  dessa experiência entendi melhor como estas pessoas são guerreiras e valorosas, convivendo, lutando e vencendo as trevas.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

TEUS OLHOS...



Maria de Fatima Rodrigues

... amendoados,
distantes,
serenos,
pequenos...

Misteriosos,
silenciosos,
doces.

Na noite,
no momento,
de repente.. num instante
arderam!

terça-feira, 21 de maio de 2013

segunda-feira, 20 de maio de 2013

AS ÁRVORES



Elda Nympha Cobra Silveira

Se pudéssemos ouvir as árvores o que será que elas falariam? No raiar da aurora as luzes do sol filtrando-se nos galhos, em variados tons de verde, marrom e outras nuances de prata e dourado, insistiam em se tornar presentes, e  iam vestindo os troncos  das árvores como se fossem bordados com miçangas e lantejoulas, matizando seus galhos desnudos para a chegada dos animaizinhos, que vinham se  aconchegar  no alto da sua copa, depois de uma noite sono.
Com seu canto os pássaros recepcionavam a aurora que chegava de mansinho. Animais da mata roçavam seus corpos nos troncos das árvores fazendo carinho e recebendo toda energia contida na natureza.
As árvores ficavam estáticas, mas exalavam o perfume de suas flores e os frutos, adocicados e suculentos, e alimentavam a todos os animais.
Quando o sol, passeando pela mata, ficou a pino todos procuravam as sombras benfazejas do arvoredo. Se chovesse ou ventasse a copa servia de guarida contra as intempéries. Se apareciam predadores, de imediato, escalavam o tronco  e se escondiam na ramaria, olhando de soslaio o inimigo iminente. E o dia sempre presente foi passando até chegar a hora noturna para todos que nidificaram e saíram buscando alimentos para seus filhotes, e que voltavam,  à procura de seus ninhos, e também todos que vinham para descansar no regaço dos braços das árvores amigas.
A temperatura foi declinando e despertando em todos  a necessidade de um abrigo. Nos galhos os passarinhos se encolhiam escondendo suas cabecinhas nas asas e os casais aos pares dormiam agarradinhos. A araponga com seu canto estridente emudeceu. A coruja vigiava tudo com seus olhos arregalados e tudo foi silenciando aos poucos, parecendo um lugar desabitado. O orvalho foi caindo e umedecendo as folhas e cada vez mais todo o ambiente esfriava. Ele também queria fazer parte daquela reunião e foi se estendendo por toda a mata aspergindo gota a gota ao salpicar sua garoa.
A lua foi penetrando nas árvores junto com a aragem murmurante, parecendo que embalava em uníssono a ramaria, clareando meigamente nesse lusco-fusco essa dormida. Naquele lugar só existia a paz! A paz que a natureza sabe ter e os homens não sabem. Somos permeados com a natureza, porque fazemos parte  dela, mas nossos atos deixam muito a desejar, quando o ego impera!
 Termino assimilando o exemplo que as árvores querem nos dizer: Fazer o bem, sem olhar a quem, e sentir essa paz.

domingo, 19 de maio de 2013

Convite


LANÇAMENTO DO LIVRO DE POEMAS “SILÊNCIOS”

            No próximo dia 28 de maio ocorrerá o lançamento do livro de poemas “Silêncios” na Biblioteca Municipal “Ricardo Ferraz de Arruda Pinto”. É o terceiro livro de autoria do prof. Newman Ribeiro Simões (anteriormente publicou “A Morte Canta no Canto de um Conto” e poemas no “ilogic@mente”). “Silêncios” – (ensaios brevíssimos para odes mínimas) traz sessenta poemas curtos, todos envolvendo o tema do título. Arte eletrônica abstrata, do próprio autor, ilustra cada poema, reforçando a intenção de despertar imagens que permitem ao leitor a criar sua própria metáfora para sentimentos intraduzíveis por palavras.
Assim, o poema se complementaria no próprio ato de sua leitura.
Nas palavras do autor:
            “Eu nunca pensei que o silêncio pudesse me dizer tanto!..... Afogado em   meio a tantos estímulos sensoriais, como imaginar um silêncio sem luz, sem dor, sem solidão, sem nada?.... silêncio, em si, é cio pronto para se             engravidar de palavras. Sinto que esse silêncio, feito de tempo e luz e        que me habita, crepita feito grito a explodir.”

            Newman Ribeiro Simões, nascido em Pindorama-SP e cidadão piracicabano de coração, é professor de matemática no CLQ - Curso e Colégio, é engenheiro Agrônomo e mestre em Estatística pela ESALQ-USP. Publicou os livros citados, incluindo contos e poemas premiados em concursos literários.
            O lançamento será no dia 28 de maio (terça-feira), às 20h, na Biblioteca Pública Municipal. Os convidados serão recebidos no auditório, onde uma idéia do conteúdo do livro será apresentada numa breve performance teatral com roteiro escrito com base em alguns poemas e com elaboração conjunta por Carlos ABC e Romualdo Sarcedo, além do próprio autor. Para tanto, participação especial dos atores Romualdo Sarcedo, Luciana Felipe; dos músicos Renata e Paulo Bandel; iluminação de Jorge dos Santos e direção de Carlos ABC.

Local: Biblioteca Municipal (R. Saldanha Marinho,333 – centro)
Dia 28 de maio – terça-feira
Horário: 20:00h (no auditório)

Editor: Newman ribeiro Simões
Editoração eletrônica: ELIANE ZAIDAN
Capa: JULIANA MESQUITA
Revisão: CIMARA PEREIRA PRADA
Projeto Gráfico e Arte Eletrônica: Newman

sábado, 18 de maio de 2013

Infância...



As palavras dóceis 
" como você cresceu, minha filha!" das tias avós
desapareceram junto com os sapos,
com as rosquinhas de nata,
com o fim da rua que dava para lugar nenhum...

A sombra no chão




Marisa Bueloni


     Aqui vai uma tímida e pálida teoria humanística para o tempo, este nosso amigo tão bom quanto implacável e invencível. O tempo vai passar, queiramos ou não. Quer façamos o curso, ou tranquemos a matrícula. Mudemos de país ou fiquemos por aqui. Vai passar. Até o horário de verão já passou. E o outono vem aí.
     Quem nunca leu sobre a virtualidade do tempo? Na verdade, nós é que passamos e envelhecemos. Tal a dialética do nascer do sol: a essência e a aparência. Nós dizemos: “o sol nasce a leste e se põe ao oeste”, ou ainda, “tão certo como o sol vai nascer amanhã”. E a ciência destes fenômenos reside no fato de que existe o movimento de rotação da Terra em torno de seu próprio eixo, o que resulta no dia e na noite. No seu giro, ora uma face do planeta está voltada para a luz do sol, ora está no escuro. Na passagem da noite para o dia, dizemos que “o sol nasceu”.
     Bom, mas e o tempo? Se ele passa para nós e para os super-heróis da tevê, para a moda, para os costumes e o comportamento, passa para a Terra também. Tenho algumas teorias que vou construindo ao sabor de humildes reflexões. Não pretendo ter seguidores, como no twitter da vida; apenas ouso apresentar ao leitor a temporal temática do que é real e irreal: o tempo.
     Para uns o tempo é mera questão de lógica. Além do senso comum que, em geral, poucos questionam. Levantam quando o despertador toca, tomam café, vão para o trabalho, almoçam, retornam ao trabalho e no fim do dia voltam para suas casas. Para outros, o tempo é uma realidade palpável, demonstrável, uma equação bem resolvida. E há os que conseguem a superação da rotina diária.
Mas, certamente, para todos nós, o tempo é um elemento vital. Basta ver a linha da sombra no chão. Ela vai avançando, à medida que as horas passam, enquanto a luz solar vai mudando de tom e de posição. Mas há uma outra inspiração acerca deste tempo que vai além da projeção da parte sombreada.
     Estamos imersos na temporalidade de todas as coisas e isso é irreversível. Tente lutar contra. É impossível. Ontem, éramos jovens, nossa pele era firme, a coluna uma fortaleza e a vida uma valsa eterna. Hoje, conhecemos melhor o ferrão da finitude. Sentimos algumas dores pelo corpo, precisamos de uma ajuda cosmética e nossa energia baixou um pouco. O que houve com o tempo e a linha do sol?
     Estamos em órbita. E há tanto a fazer antes que o tempo passe. Uma amiga querida me diz que nós, as viúvas, não podemos perder uma só oportunidade (a parte bela da vida, sabe?). Pois, argumenta ela, “o tempo está passando”.
     Sim, minha doce amiga, o tempo está passando. E não há nada a fazer. Para os viúvos, idosos, casados, solteiros, jovens e crianças. Para todos os que trilham a sua estrada neste planeta, virá um dia após o outro, na imensidão da nossa galáxia, no brilho da estrela Vega. E lá vai o astro-rei, e lá vamos nós e assim será. Ninguém pode perder nenhuma “oportunidade”. Cada um agarre a sua, aperte bem contra o peito e, à noite, antes de dormir, agradeça a Deus, faça uma prece, porque isso é o que conta na vida. Sobretudo, a oportunidade de amar.
     Ah, que o tempo não passe, sem que tenhamos amado o necessário e o suficiente. Que a inexorável marcha dos ponteiros não nos encontre apáticos e insensíveis, quando ainda há tempo para dar e receber amor, todo tipo de amor. Amar pode deter a passagem do tempo: esta é a minha teoria. Abraçar o outro, saber expressar o amor, beijar a barriga da filha que espera um menino, dizer “pai, eu te amo”, “mãe, você é maravilhosa”, fazer um elogio, tudo isso faz parar o tempo.
     Amar não deixa ninguém envelhecer. O amor é o antídoto para a suposta velhice, o elixir milagroso da juventude eterna. O amor é o remédio ideal que combate todas as dores, as do corpo e as da alma. É a grande descoberta para os seres “que passam”. E estamos todos de passagem.
     Na contagem do tempo, o passado de cada um é algo bem íntimo, enraizado nos fundamentos do coração. Quanto eu amei? Quanto me doei? Quanto abracei, beijei e disse “eu amo você”? Quantas vezes eu soube expressar meu amor, minha fé, minha esperança, não apenas para mim, mas principalmente para o outro?
     É este o tempo precioso, inestimável, digno. O tempo que passamos amando, o tempo gasto no amor. A sombra no chão jamais concorrerá com as horas vividas na plenitude do amor.
     As pessoas dizem que vivemos num mundo sem amor. É porque já não vemos mais o amor como ele era antes. E porque a caridade esfriou em muitos corações. Deus Pai, o que faz o amor! Do que ele é capaz! Poucos conhecem sua têmpera, seu domínio, sua soberania! Cuidado quando forem amar. Prudência com os arroubos do afeto. Cuidado com a força do amor...

sexta-feira, 17 de maio de 2013

terça-feira, 14 de maio de 2013

Entrega das Medalhas MMDC

Composição da mesa com várias autoridades presentes
Ivana Negri recebendo a medalha (representando a classe dos escritores piracicabanos)  das mãos do presidente do Núcleo MMDCde São Pedro, junto com Anna Thereza Prado de Almeida, vice- presidente do Núcleo de Piracicaba


Major Adriana e Anna Thereza
Edson Rontani Júnior, presidente do MMDC/32 de Piracicaba

Com a palavra o presidente da Sociedade dos Veteranos de 32-MMDC Coronel Mario Fonseca Ventura
Major e deputado Sergio Olimpio Gomes
Escritoras e membros da Academia Piracicabana de Letras, do GOLP e do CLIP,  Leda Coletti, Carmen Pilotto e Ivana Negri
Historiador e membro da Academia Piracicabana de Letras Cezario de Campos Ferrari recebendo a láurea do presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, João Manoel dos Santos
Auditório do Armazém da Cultura, na estação da Paulista

A presidente do Museu Histórico Prudente de Moraes, Maria Antonieta Sachs Mendes também laureada
Capitão Silas Romualdo recebendo a medalha de Tarcísio Mascarin

Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba Vitor Pires Vencovsky recebendo  a medalha
Conselheiro Egydio João Tisiani, vice presidente Maria Thereza Prado Almeida e presidente Edson Rontani Júnior
Vereador Pedro Cruz já com sua  medalha e presenteando Edson Rontani Junior com a estatueta do Nhô Quim, personagem criado pelo seu pai, Edson Rontani

Poestisa Ivana Negri lendo o poema de Paulo Bomfim "Os Jovens de 32"



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