Raquel Delvaje
De vez em quando sonhamos tanto que
Esquecemos de viver...
Outras vezes ficamos sem sonhos.
Esquecemos de viver...
Outras vezes ficamos sem sonhos.
Mas os sonhos são que nem passarinhos,
Vira e mexe se vê um ou outro resistindo na
Selva de pedra.
Vira e mexe se vê um ou outro resistindo na
Selva de pedra.
Meus sonhos são de passarinhos de vidro,
Do tipo que pode se quebrar a qualquer som
De uma nota mais aguda.
Do tipo que pode se quebrar a qualquer som
De uma nota mais aguda.
Então eu fico assim...
Segurando com todo cuidado
E não fazendo barulho.
Segurando com todo cuidado
E não fazendo barulho.
Esses dias, um caiu ao chão,
Quebrou-se todo
E havia gotas de lágrimas espalhadas
Entre os cacos...
Não entendi o porquê de tanta tristeza.
Eram só vidros quebrados...
Quebrou-se todo
E havia gotas de lágrimas espalhadas
Entre os cacos...
Não entendi o porquê de tanta tristeza.
Eram só vidros quebrados...
Mas aí olhei para o lado
E vi o que realmente houve...
Tudo se quebrou...
A louça fina virou cacos.
E vi o que realmente houve...
Tudo se quebrou...
A louça fina virou cacos.
Fiquei lá, a tarde inteira...
Depois mais outra manhã e tarde, e outra...
E outra...
Depois mais outra manhã e tarde, e outra...
E outra...
E assim foi...Fiquei juntando os cacos...
Dos meus sonhos,
Enquanto isso, a tarde ardia de quente
E só as lágrimas tentavam refrescar tudo,
Fingindo chuva de tempo nublado.
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