As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

domingo, 25 de outubro de 2009

PROVAS DE AMOR

Provas de Amor
Leda Coletti

Na trajetória da vida, já tive muitas provas de amor. E estas nem sempre foram de amigos humanos, mas sobretudo de animais.
Bem pequena, nos meus quatro anos, morando na zona rural, fui presenteada com várias lebres. Encantei-me por uma de cor cinza, de olhos muito vivos, que vinha comer em minhas mãos, as verduras e legumes colhidos na horta, ao lado da casa.
Já tinha nove anos, quando apareceu em nossa casa, um gato amarelo com listras marrons. Por influência de uma poesia que eu declamava, batizei-o por Cetim. Ele me acompanhava o dia inteiro e inclusive à noite. Quantas vezes, ao acordar, lá estava ele dormindo, todo enrolado e quietinho, ao meu lado!
Também tive o amor-relâmpago de um pato. Já era adulta, professora e passando as férias, na fazenda com meus pais. A paixão foi recíproca. Era só eu sair e me dirigir ao pequeno lago, e o patão já me acompanhava! Conversava com ele e como resposta ele emitia sons, mexendo a cabeça, sempre alvoroçado. Digo ter sido paixão esse curto relacionamento, pois no último dia de nosso convívio, o danado me deu tamanho beliscão, deixando um dos meus dedos machucado.
Cachorros, tivemos muitos, mas um que marcou foi o Dunga. Seu olhar tão terno, sua obediência exemplar para com toda família, fizeram-no inesquecível. Morreu de velhice.
Nosso último bichinho de estimação foi um gato nas cores branco e preto, que pela sua inteligência aguçada, mais parecia gente que animal irracional. Conseguiu amansar os dois cachorros do local, e ficar dono do pedaço. Era uma festa vê-los brincar juntos. Para entrar em casa, anunciava sua chegada, com um miado especial, dando um salto para abrir a maçaneta da porta e, para sair, empurrava-a com as patinhas. Era muito dengoso e toda família disputava oferecer-lhe colo para sua soneca diária. Mas, como tudo que é bom dura pouco, ele se foi de forma misteriosa.
Agora, só tenho para me alegrar, a passarada que faz ninhos nas árvores e terraço da casa da fazenda. Fico horas absorta em observar colibris, bem-te-vis, sanhaços e até as maritacas, que de vez em quando me assustam andando no forro da casa, nas madrugadas. E como os amo, meus lindos passarinhos!

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