As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ivana Maria França de Negri

Troca de correspondência com o escritor Ignácio de Loyola Brandão


Caro Loyola

Espero que goste destas minhas impressões sobre o bate-papo literário no Sesc. O texto será publicado nos jornais de maior circulação aqui em Piracicaba, nas páginas semanais literárias sob minha responsabilidade. Se me passar um endereço, posso enviar os exemplares.
Espero que venha mais vezes a nossa Piracicaba!
Grande abraço e obrigada
Ivana Negri

Resposta do Loyola:
Ivana,

Como poderia não gostar do seu texto? Carinhoso, sincero, autêntico. Gostei muito da abertura, da sua não esperança, da crença em minha arrogância, de me imaginar alçado ao altar da glória, um altar que não existe. Minha cara (rosto) muitas vezes atrapalha, transmitindo essa sensação. Fazer o quê? É a minha cara, não tenho outra. O que procuro fazer, acima de tudo, é comunicar que escrever é prazer, que literatura é prazer. O que você poderia contar em seu espaço é que me emocionei muito ao ver que uma atividade modesta de 20 anos atrás pegou, frutificou, que as pessoas decidiram, se reuniram, continuaram, conversam, discutem, produzem. Criar é a única maneira de combater a rotina, a mediocridade do cotidiano. Fiquei triste pela ausência do Ludovico, uma das pessoas mais esforçadas e firmes que conheço. Foi um prazer tê-lo como aluno. Outra, a ausência da Floripes. Talvez estivesse viajando. Mas revi tantas caras amigas, conhecidas, risos de gente com quem eu encontrava, e que me devolveram o clima gostoso daqueles dias. Até hoje me lembro das viagens semanais de ônibus, da turma reunida, dos textos, as conversas, os encontros, o hotel no fim da noite, o silêncio da noite piracicabana cortado pela ruido das águas. Pena que o restaurante do Mirante se foi. Ali escrevi um conto, A Sexta Hora, dedicado a Joana Fomm, por quem fui apaixonado em 1966. Namoramos um tempo, até hoje temos uma terna amizade. O conto saiu primeiro na Claudia, depois no livro Cabeças de Segunda-feira.
Obrigado Ivana, pelo seu texto.
Se puder, coloque essas palavras minhas no jornal.
Beijos Loyola

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