As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

CRISE CONTEMPORÂNEA


Leda Coletti

Dizem os antigos que para cada coisa há um preço; também para cada ato, uma consequência. É clássica a lição do retorno, ou seja, se você atira a bola para a parede ela volta com igual ou até maior intensidade para você. Estamos vivendo uma época em que esse fato acontece a cada minuto.
A mídia, com fins publicitários, tende a propagar mais os negativos, como a violência testemunhada por meio de guerras, quer as que envolvem armamentos materiais, quer as de ordem psíquica e emocional. Falando das primeiras, se compararmos as épocas em que aconteceram, veremos que os enfrentamentos entre grupos inimigos, se deram desde lutas corpo a corpo, com instrumentos fabricados informalmente nos períodos primitivos, até outros mais pesados, atingindo a um só tempo muitas pessoas, nos últimos séculos. O que antes eram batalhas travadas em trincheiras formadas distantes das cidades, nos tempos modernos passaram a ser nas grandes metrópoles, atacando e matando populares desprevenidos. Estamos no dia de hoje, relembrando o triste episódio do incêndio-suicida cometido em 2001, por homens bombas, às torres gêmeas do Word Tride Center de Nova York.
Vamos nos deter agora brevemente sobre o outro tipo de violência, o que abrange os mais diversos segmentos da sociedade e com diferentes e destrutivas manifestações por parte dos homens. São valores humanos priorizados na vida moderna, com forte predominância da filosofia hedonista. Mesmo o homem, muitas vezes desconhecendo esta corrente, por imitação a põe em prática, principalmente quando se coloca como centro de atenção e se esquece dos demais. O consumismo e o prazer na obtenção de bens materiais e muitas vezes até ilícitos, transformam-no em homem- robô. No passado eram na sua maioria, escravos dos homens, seus semelhantes; nos dias atuais também o são de máquinas eletrônicas, que lhes ditam os programas, não permitindo que reflitam e tomem decisões próprias.
Somos de uma geração mais conservadora, talvez por ter caminhado mais devagar, vencendo obstáculos que hoje não mais existem. Notamos as grandes diferenças ocorridas ao longo da metade do século passado. Por exemplo, ( só para situar o tema Educação que foi nossa área de trabalho), quando alunos anotávamos em cadernos nossas pesquisas bibliográficas, enquanto hoje as máquinas de Xerox já nos fornecem as cópias do material. Íamos à biblioteca municipal para organizar trabalhos que dependiam dos conteúdos enciclopédicos; na época atual, os computadores com seus mais diversos programas, colocam os alunos à frente de muitos deles, já prontos.
Os escolares de hoje dominam os botões, os códigos, a linguagem digital, mas têm dificuldade para a escrita manual. Não há mais preocupação com a caligrafia e dificilmente os exercícios matemáticos são efetuados sem o auxílio de máquinas eletrônicas. Se fossemos analisar os avanços, nas diversas áreas de conhecimento ficaríamos discorrendo horas a fio.
Admiramos os avanços que as gerações atuais estão alcançando, mas diante de uma sociedade cada vez mais individualista e violenta indagamos: os progressos tecnológicos contribuirão para tornar o homem do futuro mais solidário e feliz?

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