As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

sábado, 31 de março de 2012

Reuniões do GOLP

(foto by Ana Clara- reunião 26/03/2012 - Ivana e Cassio Negri, Cornélio, Aracy Duarte Ferrari, Elda Nympha Silveira, Madalena Tricânico, Luzia Stocco e Leda Coletti)



As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba acontecem sempre na segunda e na última segunda-feira de cada mês, às 19h30 na Biblioteca Municipal. Um ótimo momento para leitura e discussão de textos e também para escrever. 

sexta-feira, 30 de março de 2012

CRUCIFICAÇÃO - Leda Coletti




Há muitos tipos de crucificação, que podem levar desde a molestação, até à morte. Cristo passou pelos dois. Nós mortais comuns, também temos as nossas cruzes e até reclamamos muito do peso e tamanho delas.
Se formos fazer um retrospecto da origem dos povos, nos deparamos com histórias que já demonstravam marginalização, exclusão a grupos sociais, religiosos, as quais geram cruzes de ordem imaterial, mas também material aos seus membros. Ambas provocam sofrimentos muitas vezes doloridos, quer físicos, quer psíquicos. No Brasil isso aconteceu com os imigrantes europeus, africanos, orientais.
Os males se tornaram mais acentuados, pois existiu o preconceito. Não existe pessoa que não o tenha; parece até ser inerente às pessoas. Sabemos contudo, que ele é fruto dos nossos relacionamentos. Geralmente começa na família e se propaga nos diferentes grupos em que vivemos.
Quem já não foi vítima de um ou mais deles? Também quantas vezes não discriminamos e apresentamos justificativas desses comportamentos preconceituosos?
E à medida que somos vítimas, vamos nos isolando, tentando, ou melhor, desejando que a cruz seja menor e mais leve. O aparecimento de barreiras nos abate na caminhada .Se a diminuímos por nossa conta, corremos o risco de não avançarmos na mesma. Li um texto na internet, com ilustrações de vários homens carregando cada um a sua cruz de madeira. No início eram todas quase iguais. Mas um deles lastimou sua sorte e pediu para Deus que diminuísse seu peso e tamanho, no que foi atendido. Mas qual não foi sua tristeza, quando precisou ultrapassar um precipício e não conseguiu. Seus colegas usaram as suas, com tamanhos suficientes para servirem de pontes para o outro lado; ele não pôde fazer o mesmo, pois faltavam alguns metros necessários para a travessia.
Por esta razão, se sonhamos com um final feliz, não recusemos nossa cruz; ao contrário procuremos abraçá-la e cumpri-la como ela se nos apresenta, com perseverança e apoiados na graça divina, pois só assim cresceremos como seres humanos, tendo em vista nos tornarmos cada vez melhores e imitadores de Cristo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

PIRULITOS ZORRO



Ana Marly de O. Jacobino

Papai trazia sempre, dois pirulitos, “Zorro” no bolso da calça, um tesouro para o nosso paladar, enquanto, o lambíamos devagar para durar mais tempo, meu pai começava a contar histórias do mascarado de capa e espada...
O pirulito era de caramelo e grudava nos dentes a gente precisava fazer malabarismo com a língua para desgrudá-lo. Depois de muitas “linguadas” percebíamos que, ele, apenas estava grudado em outro molar. O sufoco recomeçava. Gruda daqui, desgruda de lá...
“E o sargento Garcia ao perseguir o Zorro por entre as árvores bateu a cara em uma delas e caiu do cavalo... O justiceiro de capa e espada conseguiu fugir mais uma vez!”
Minha irmã sentada ao meu lado também fazia ginástica bucal para desgrudar a bolota de massa de caramelo dentre os dentes, um sufoco delicioso este que passávamos chupando pirulito e ouvindo as narrativas do nosso pai.
Você pode pensar: qual seria o motivo de não desgrudar a tal massa adocicada com as pontas dos dedos...? Caro Leitor, eram outros tempos em que mesmo sendo pobres, valia a lei dos bons costumes, afinal, era proibido por as mãos na boca na frente de outras pessoas, mesmo que estas pessoas fossem seu pai e sua irmã, isto seria uma tremenda falta de etiqueta...Coisas de adultos... Saudades do pirulito “Zorro”! Saudades de papai! Saudade do Zorro, o alter-ego de Don Diego De La Vega !? Ah! Este, vez ou outra, está aprontando das suas na televisão na série estrelada pelo ator Guy Williams, e, nas telonas do cinema as suas aventuras levam o ator espanhol Antonio Banderas se transformar em Zorro. Que belo Zorro esses atores são!
“Trimtilimtlilimtrim...” Um dos espadachins cai ao chão com a bunda pra cima e na sua calça azul marinho podemos vizualizar a marca do Zorro:
Z

quarta-feira, 28 de março de 2012

Millôr Fernandes



*16/08/1923 +27/03/2012



"Não é segredo. Somos feitos de pó, vaidade e muito medo"

Microconto



Marcelo Oriani ‏

Quando o coração da gente se enche de saudades, ele transborda para que ela possa escorrer pelos olhos.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Os três nomes do gato (*)


Lázaro Barreto

Dar nome aos gatos não é tarefa fácil nem fútil. Muitas vezes quando digo que o gato deve ter TRÊS NOMES DIFERENTES, olham-me de novo, julgam-me biruta.
Mas assim é, por mais que estranhem e gozem. Primeiro o nome corrente, de uso da família, que pode ser Poetinha, Alípio ou Conceição.
Depois o escolhido de pessoas refinadas (extravagantes ou mesmo sóbrias), como Menelau, Polonaise ou Pixinguinha. Por último o mais íntimo e solitário, que ele mais necessita para manter o orgulho e esticar os bigodes, enrodilhar-se na cadeira ou pular o muro como num voo - e que pode ser Diadorim, Caracóia ou Ana Lívia Plurabelle, que nenhum outro gato deste mundo ostenta.
Mas além desses e acima de tudo e de todos, há um nome especial de sua preferência e esse ninguém sabe e nunca saberá.
É o nome que nenhuma pesquisa humana pode descobrir e que só o próprio gato sabe, mas que nunca dirá a ninguém.
Assim, quando vir um gato em profunda meditação, os olhos abertos e cegos, as unhas em inocente repouso, saiba que a razão é sempre a mesma: sua mente está ocupada na contemplação de seu misterioso e inescrutável e singular NOME.

(*) Paráfrase de Um Poema de T. S. Eliot).

sábado, 24 de março de 2012

quarta-feira, 21 de março de 2012

CIO DAS ÁGUAS


Ivana Maria França de Negri

Espumosas águas canoras
chacoalham nos leitos dos rios
Roçam pedras, descem montes,
escorrem lânguidas, sedutoras

Águas brumosas
jorram de fontes airosas
matam a sede voraz
inundam a paisagem de paz

Cachoeiras sedosas
leves e silenciosas
despencam borbulhantes

Romance ardente
paixão crescente
do rio que se une ao mar

Profundos poços
de águas esverdeadas,
limbosas, escuras
mas sempre puras

Doce saliva do rio
que lambe a terra
num longo beijo molhado

É a maneira das águas,
de amar...



terça-feira, 20 de março de 2012

QUARTO MINGUANTE

Carmen M.S.F.Pilotto
(miniconto)

Dizem que as energias lunares trazem algo de malévolo. Observo o meio círculo no céu que banha a cidade de luz indireta ao som de um luzidio gato preto miando longamente. Ao fundo, uma sirene faz dueto insistindo em revelar qualquer delito. Ruídos e imagens de uma rotina urbana, cujos personagens contam histórias de desacertos. Um raio espreita pela janela mais um insone perdido em meio a uma triste madrugada de abril...

domingo, 18 de março de 2012

POESIA AO VENTO

Professora Terezinha Malta e Irineu Volpato

Terezinha S. Malta, de Rio Claro, professora aposentada de Literatura e autora de diversos livros e também de livros didáticos infantis, promoveu um debate juntamente com Irineu Volpato sobre os 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 no SESC durante o Poesia ao Vento.

(foto by Ana Clara)

sábado, 17 de março de 2012

sexta-feira, 16 de março de 2012

CONTEMPLAÇÃO

José Gonçalves Pereira Neto
Maria Cecilia Graner Fessel
( poema baseado em versos de Irineu Volpato)

Amo as almas crianças desses corgos
que perseguem virgemente seus caminhos
riozinhos despenteados, murmurantes,
desesperada e velozmente seguindo
sem nem saber onde vão indo...
Igual a eles, quero conformar-me à realidade
Torná-la pouco mais do que imperfeita
Nesse pouco que estivermos por aqui.
Preocupar-nos por que prá onde vamos
Se quando a vida nos largar já nem mais somos?!

Às vezes, como riachos que congelam,
a vida nos devolve ao nosso dentro
E então já não sobram mais vaidades
Da gente tentar se acontecer.
Aliás, esses regatos,
de tão perdidos rumos,
Só se percebem e viram panorama
Quando se partem em mil gotas brilhantes
E se despencam alegremente pelo abismo.

Quem não almeja, quando a vida despencar-se,
Multiplicar-se em luminares pelo céu
E assim também tornar-se panorama?

DESILUSÃO


Sonia Amaral

Como é difícil amar
Quando somos humilhados.
Como é difícil respeitar
Quando sofremos preconceito.
Como é difícil querer
Quando somos agredidos.
Às vezes não podemos falar
Porque somos impedidos
Pelos entraves da sociedade.
Mas, podemos sim, pedir:
Senhor! Dai- nos a paciência
Para perdoar nosso irmão.
E sabedoria para reconhecer
Quando estamos errados.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Comemoração do Dia da Poesia 2012

Tradicional distribuição de poesias no dia 14 de março em vários locais da cidade
Angelica, Maria Helena, Fátima, Elias Jorge, Leda, Ivana e Ruth
As cestas de poemas acabaram rapidamente

Vai uma poesia aí?
Sempre é bom receber uma poesia de presente
Leda Coletti que já havia distribuído poesias na Estação da Paulista, continuou na Galeria Brasil
Distribuição de poemas e sorrisos!
Ruth Assunção, poetisa e artista plástica

Maria Helena Bueloni distribuindo suas poesias

DIA DA POESIA





"O vento traz a poesia aos meus ouvidos... e a inspiração brota e me faz escrever poemas, versos, prosas e às vezes músicas para embalar os sonhos dos apaixonados.
A poesia me move além da imaginação de que um dia vivi sem ela em meus anos de pequeno sonhador.
Faço da poesia um estímulo de energia para pagar a tristeza que meu coração passa.
Por isso escrevo, leio e dedico minha poesias às pessoas que um dia precisaram repor suas energias quando leram algo que as fizessem FELIZES!"

Autor: Evair Sousa - dedica às amigas Carmen Pilotto, Ivana Negri e Ana Marly Jacobino

HOJE É DIA DA POESIA!


Leia uma poesia, declame uma poesia para seus alunos, escreva uma poesia, mande uma poesia por e-mail, poste uma poesia no facebook, enfim, hoje é dia da Poesia!


AFINAL,  O QUE É POESIA?
Ivana Maria França de Negri

Poesia é a maneira de o coração falar. E ele fala diretamente de coração para coração. Para entender a poesia, há que se ler com a alma. É preciso saber decifrar metáforas e ler através das entrelinhas.
Cassiano Ricardo dizia que poesia é uma ilha cercada de palavras por todos os lados.
Um artigo na revista Bons Fluídos explica que a palavra “poesia” vem do grego “poiesis” que significa “fabricar”. Uma fábrica de sentimentos?
O Dia Nacional da Poesia, não por acaso, coincide com a comemoração do nascimento do grande escritor e poeta baiano, Castro Alves. Poeta do Romantismo, autor de belíssimas obras como “ Navio Negreiro” e “Espumas Flutuantes”. Sua arte movida pelo amor e pela luta por liberdade e justiça. Sua obra só não foi mais extensa  porque morreu muito jovem, aos 24 anos.
Carlos Solano diz que tudo o que o homem constrói com o coração pode ser chamado de poesia.
O que afinal é a Poesia? Poesia é o sentimento puro transformado em realidade. É a arte de colocar em palavras aquilo que está no âmago de todas as coisas.
Quem é poeta? Todas as pessoas são poetas em sua essência, todas nascem poetas, mas apenas alguns conseguem traduzir em palavras a poesia que mora desde sempre em seu coração.
Poesia é arte, é dom, é coisa da alma e do coração.


terça-feira, 13 de março de 2012

Primeira reunião do Golp de 2012

Na Biblioteca Municipal, a primeira reunião foi só para matar as saudades e jogar conversa fora. Ninguém escreveu nada!
(foto by Ana Clara - 4 anos)

Vamos escrever, pessoal?

domingo, 11 de março de 2012

Coturnos e Lembranças... *


Ivana Maria França de Negri

Em uma de suas últimas crônicas dominicais, Ésio Pezzato escreveu sobre a época em que serviu no Tiro de Guerra de Piracicaba nos anos sessenta e me fez voltar no tempo e mergulhar em boas recordações.
Há mais de quarenta anos, quando comecei a namorar meu marido, ele também foi convocado para o Tiro de Guerra. Eu tinha catorze anos e ele dezoito. Fiquei triste quando precisou cortar os cabelos à escovinha, pois era a época áurea da Jovem Guarda e os jovens curtiam suas longas cabeleiras.
Sempre que podia, vinha namorar usando a farda cor de azeitona impecável e as botas lustrosas. Quando fazia a guarda ao monumento na praça, com o fuzil sobre os ombros por horas a fio, eu passava por ele, que não podia se manifestar, mas sempre dava uma piscadela e eu ficava feliz.
Durante o ano em que serviu, meu então namorado, até acalentou a possibilidade de seguir carreira militar em Agulhas Negras, mas logo retornou ao velho sonho de cursar Medicina. Em parte ele realizou essa vontade ao fazer a residência médica no Hospital das Forças Armadas em Brasília como tenente médico da Marinha.
Mas o que me moveu a escrever esta crônica foram as botas... Ésio conta que as botas, a farda, o cinto, tudo foi consumido pelo tempo. Mas lembro-me das botas do meu marido sempre brilhantes, engraxadas com esmero.
Aquele ano correu rápido e ao final dele, as botas foram aposentadas. Algum tempo se passou, nos casamos, fomos morar em Brasília enquanto meu marido terminava os estudos. Após alguns anos, retornamos a nossa cidade natal.
Nessa época adotamos o nosso primeiro cachorro, um viralata preto de porte grande que meus filhos, crianças ainda, deram o nome de Lobo. Era um filhotão muito travesso e nada escapava de sua voracidade. Um dia Lobo pegou uma das botas e simplesmente fez a festa. Todos os dias mordia, mastigava, e ficava por horas roendo aquele couro e ai de quem chegasse perto para retirar seu brinquedo. Durante semanas foi sua diversão favorita, e aos poucos, foi sendo consumida, o couro se desfazendo de tantas mordidas até que nada sobrou dela.
O que fazer com o pé que restou? Era mês de novembro e eu começava a pensar nos enfeites de Natal e como aquela bota fazia lembrar a do Papai Noel, resolvi transformá-la em adorno. Usei um resto de spray cor de prata e a bota, que era preta, tornou-se prateada em poucos minutos. Recebeu um cadarço vermelho e uma cascata de bolas coloridas.
Por muitos anos aquele pé de coturno ficou enfeitando nossos natais. Meus filhos também achavam que era a “bota do Papai Noel”.
As crianças foram crescendo, adquiri enfeites novos, uma nova árvore de Natal, e resolvi, mais uma vez, pintar a bota solitária, só que com spray dourado. Novo cadarço e bolas vermelhas plásticas substituíram as antigas que ainda eram de material frágil e se quebravam ao menor toque. Atualmente a bota está mais quebradiça, parece de papelão, mas ainda permanece altaneira alegrando nossas festas natalinas.
Muitas pessoas queridas partiram e já não fazem mais parte dos nossos natais, a não ser na saudade que toca fundo o coração. Mas outras tantas crianças amadas chegaram completando o ciclo e a ordem natural da vida.
Mas a bota, mesmo que mais fragilizada, ainda permanece impassível, parte integrante dos nossos natais, enfeitando, alegrando e com muitas histórias para contar ...

* texto publicado na GAZETA de PIRACICABA em 11/03/2012

sábado, 10 de março de 2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

MULHER MÚLTIPLA


Elda Nympha Cobra Silveira

Ser sensível é a mulher.
Suas mãos afagam
Seu olhar seduz quando quer.
Seus seios nutrem e embalam
Seu corpo recebe o amor
Seu colo é guarida
Seu sorriso acalma a dor,
Seu ventre gera a vida.
Seus braços enlaçam carinho,
Seus cabelos são véus de ilusão
Seus passos norteiam caminhos,
Sua pele é como veludo...
Falar sobre ela não é dizer tudo
Ela é o amor presente no mundo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

História do Dia da Mulher


No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova York, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História:

1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.

1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.

1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas

1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres

1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.

1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças

1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina

1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres

Fonte Mensagens e Poemas

quarta-feira, 7 de março de 2012

MULHER


Ludovico da Silva

Alguém já deve ter visto uma caricatura em que uma mulher é arrastada pelos cabelos por um brutamontes, em direção a uma caverna.
Era assim que a mulher era tratada. Como uma verdadeira escrava.
O homem era o seu dono e podia dispor dela como que quisesse e bem entendesse.
Esse tempo já passou.
Hoje, a mulher se situa, merecidamente, em igualdade de condições com o homem.
Essa posição não foi alcançada ao sabor da luz do sol ou da mudança da lua.
É preciso um recuo até a década de 50 do século XIX, quando mais de uma centena de mulheres de uma indústria têxtil, da cidade norte-americana de Nova Iorque, entrou em greve, por melhores condições de vida. Pagaram com suas próprias vidas, mas seus gritos ecoaram pelos anos futuros e pelo mundo afora.
Essas mulheres fizeram história e hoje merecem ser reverenciadas pelo que conquistaram.
Aos poucos, foram alcançando vitórias, quebraram tabus, garantiram direitos e continuam desafiando e reivindicando sempre posições legítimas, na sociedade como um todo.
E tem mais. Tudo isso, sem se afastar da sagrada missão materna.

terça-feira, 6 de março de 2012

MULHERES DA VIDA


Ivana Maria França de Negri

São tantas Marias
na noite, vadias
São tantas Aparecidas
tão belas, oferecidas
São tantas Helenas
louras, ruivas e morenas
São tantas Martas
com suas formas fartas
São tantas Anas
charmosas, profanas
São tantas Teresas
vulgares suas belezas
São tantas Saras
e suas loucas taras
São tantas Beneditas
e suas sagas malditas
São tantas Sonias
e suas longas noites de insônias
São tantas Joanas
diabólicas, insanas
São tantas Moemas
mulheres-poemas

Selvagens, endiabradas,
nas esquinas, nos bares,
em todos os lugares,
nas longas e frias madrugadas

Mas na essência de cada alma feminina,
todas guardam ainda,
seus inocentes sonhos de menina...

domingo, 4 de março de 2012

HAICAI - Clarice Villac




delicado inseto

em plenitude solar –

hibisco amarelo



Clarice Villac