Daniela
Pachiani de Mello
Crianças deixam o coração mais forte, a casa mais barulhenta, a mãe mais sonolenta. A poupança menor, a noite maior. As roupas mais batidas, a tristeza mais contida, a família mais agradecida.
O carro
mais sujo, a sala mais bagunçada, a vida tão abençoada. A gratidão mais clara
de ver, a oração mais fácil de crer, o caminho mais bonito a percorrer. O
futuro melhor para sonhar, e a alma... a alma muito maior para amar.
Crianças
dão preocupação constante e são totalmente dependentes...
Mas a
casa ganha vida com risadinhas!
O quarto está sempre com brinquedos espalhados indicando que houve diversão por
ali.
Televisão ligada e desenhos animados “animando a tarde lenta “.
O que é um lar sem crianças?
Sejam sobrinhos, netos, filhos, seus amiguinhos de escola e tals?
E o tempo vai passando e quando vemos a casa já não tem mais as risadinhas
ecoando, nem o baleiro mexido, marquinhas de dedo nas portas, e nem choradeira
depois das traquinagens...
Eles cresceram...
O jeito dos móveis, o som da casa, os acessórios, tudo muda também,
acompanhando os ciclos.
Em algumas casas, casos isolados, já tem ausência de corpo físico de vovó, de
vovô, então vem a sensação de nostalgia, de saudade.
Os álbuns ficaram mais lotados e os cômodos mais vazios.
São os ciclos se cumprindo!!!
Mas
prometa que de vez em quando vai molhar os pés na piscina, sair correndo depois
de jogar bola de neve no amigo, gargalhar até doer o abdômen, assistir um filme
da Pixar ou da Disney e se debulhar em lágrimas...
Porque
nunca podemos deixar esse universo que nos transformou se acabar: sermos sempre
crianças em momentos tão caros e inesquecíveis nos enriquece e nos fortalece
para o outros momentos e ciclos!
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