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terça-feira, 7 de abril de 2020

Conflitantes emoções



Dulce Fernandez

No remoinho traiçoeiro do momento
O grito do CORONAVIRUS soa perverso
Estremecendo todo o Planeta
E, compreender o tempo de Pandemia, de espera,
É um enorme desafio.

De quarentena, no final da quaresma,
Foram dias desumanos, cruéis,
Sem participar dos atos religiosos,
Assistimos perplexos, o rolo compressor,
Esmagador, avançar ceifando vidas.

Então na vasta pulsação da natureza,
O coração da Terra vai batendo devagar, devagarinho.
Parece querer parar de vez.
Anjos curiosos debruçam-se das alturas
Para nos ver como frágeis brinquedos de papel.

Ruas desertas, há medo, desespero, esperança...
Caminho dentro de mim buscando o equilíbrio,
Sei que tudo que tem vida, com o tempo, envelhece,
Enfraquece, enruga, murcha e se torna pó.
E de repente, de repente surgem antigas perguntas:

                                 E agora? E depois? O que vai acontecer?
                                         Serei sombra nua e fria e nada mais

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