(rio Piracicaba foto Ivana Negri) |
Daniela
Daragoni Alves
É
agosto, fim de tarde
Pra
esquecer as mágoas da vida
Pedalo
até a Rua do Porto
Pra
ver um rio que entende as minhas feridas.
E
com ele desabafo
Posso
ser quem sou
Caminho
sobre as suas pedras
E
vejo tudo o que ele já passou...
Momentos
de glória e seca
Momentos
de revolta, enchente e calmaria
Momentos
bons e ruins
Como
todos nós já passamos um dia.
Vejo
a sua espera pela chuva
Por
um momento melhor
Vejo
o desespero das pessoas ao olhar pra ele nesse estado...
A
tristeza...a dor...
Talvez
por isso me identifique tanto com ele
Talvez
por isso goste tanto daqui
Somos
parecidos, eu e o rio
Na
nossa capacidade de ressurgir...
Na
nossa conversa silenciosa
Eu
entendo muitas coisas difíceis de entender...difíceis de explicar...
E
como o rio , percebo que há momentos em que não há nada a fazer
A
não ser esperar...
Esperar
pela chuva, por uma benção divina
Coisas
que não podemos controlar
e
como o rio eu espero e compreendo
que
há situações que só Deus pode mudar...
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