Raquel
Delvaje
Metade
da minha alma quer a lucidez
A
outra metade quer a loucura.
Metade
quer o sorriso cotidiano
A outra metade quer a solidão.
Metade
quer a paz dos que sonham no travesseiro
A
outra metade quer a devassidão das ruas geladas.
Metade
é alva como a neve
A
outra metade tem o vermelho que corrompe.
Uma
metade minha é obscura
A
outra metade é verve.
Sou
assim, guiada por um anjo do céu
E
puxada por um anjo caído.
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