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terça-feira, 18 de abril de 2017

CONFLITOS


Raquel Delvaje

Metade da minha alma quer a lucidez
A outra metade quer a loucura.
Metade quer o sorriso cotidiano
A outra metade quer a solidão.
Metade quer a paz dos que sonham no travesseiro
A outra metade quer a devassidão das ruas geladas.
Metade é alva como  a neve
A outra metade tem o vermelho que corrompe.
Uma metade minha  é obscura
A outra  metade é verve.
Sou assim, guiada por um anjo do céu
E puxada por um anjo caído.

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