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quarta-feira, 28 de maio de 2014

O RIO DA AGONIA

(foto Del Rodrigues - Rio Piracicaba)

poema de Lídia Sendin

O sol desaparece
Na curva do Rio,
Lento como o denso
Manto de espuma
Que flutua sobre a agonia dos peixes.
Ilumina as pedras negras
Que brotam do leito das raras águas.
Pobre Rio de acres odores,
Tristes margens sem flores.
O sol que agora te pinta de mel
Amanhã brilhará,
Como sempre, no céu,
Afastando as nuvens

Das redentoras águas.

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